Capítulo 4

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Foi o pior dia da minha vida, sem dúvida nenhuma. Nunca fui tratada com tanto desrespeito como hoje. O Gallagher soube que eu era virgem mas nem por isso foi mais cuidadoso. Palmada pós palmada, ele rasgou minha calcinha com uma das mãos enquanto com a outra tapava minha boca para calar os meus gritos de dor. Seu membro nojento entrava e saia da minha intimidade, nunca senti dor parecida, era como se estivessem me rasgando por dentro. Deixei as lágrimas bobas vazarem pelo meu rosto quando ele chupou a pele do meu pescoço e depositou um beijo suave no mesmo local, me liberando em seguida.

Eu terminava de vestir a minha saia, me sentia vazia por dentro. O meu sangue estava exposto sobre a cama do Gallagher, ele estava sentado em um canto em uma cadeira, analisando papéis em sua mesa, mas às vezes eu tinha a estranha sensação de que ele estava me olhando. Por isso tratei de me trocar rapidamente.

Eu me sinto cansada, não durmo há mais de 36 horas? Estive ansiosa antes da viagem e mal conseguia dormir antes na noite anterior de pegar o avião. Durante o vôo eu devo ter cochilado por quinze minutos, eu nunca tinha voado antes e fiquei nervosa até a hora do pouso. Definitivamente eu preciso dormir.

- S/n? - o Gallagher chamou antes que eu pudesse pedir para ele me dispensar. Me virei para ele e encarei seus olhos azuis a me encarar fixamente.

- Sim - respondi nervosa.

- Qual é a sua idade? - ele perguntou curioso,se levantando da cadeira.

- 19 anos - respondi em um tom alto.

Gallagher se aproximou de mim, ficando a uma distância que me incomoda um pouco.

- Uma garota americana de 19 anos ainda era virgem? - ele questionou surpreso e eu assenti, fazendo-o rir debochado. - Só virando prostituta mesmo para despertar a sua malícia.

- Minha malícia? Gallagher, eu nunca fui maliciosa. - o encarei, me arrependendo em seguida assim que as regras do May começaram a soar na minha mente. Beauchamp sorriu discretamente e não pude deixar de notar suas covinhas

- Nunca foi maliciosa. Inocente, não é? - Beauchamp me puxou pelas mãos até a cama, onde pediu que eu sentasse, porém ele continuou de pé.

- S-sim. - gaguejei.

- s/n...ninguém é totalmente inocente. Todos temos malícia, só é preciso alguns minutos para que qualquer um desperte a sua. Eu, por exemplo, acabei de despertar a sua, não estou certo? - ele me questionou novamente, passando as mãos macias em meu cabelo cacheado.

- Não sei. - respondi mais uma vez, agora mais timidamente.

- Se sente diferente depois do que acabamos de fazer? - perguntou.

- Tenho que admitir que sim. - dei de ombros, respirando fundo.

- Escute, todos temos uma camada de pureza que pode ser facilmente retirada. Você pode não ter percebido ainda, mas eu acabei de retirar a sua. É por essa razão que você se sente diferente agora.

- Isso não faz sentido. - comento cabisbaixa.

- Sim, faz. E você vai perceber isso logo, eu garanto. - ele diz convencido, se afastando de mim.

- Eu me sinto diferente, Gallagher. Mas ainda sei que sou a mesma garota que era antes de entrar nesse quarto. - expliquei.

- Bem, talvez eu tenha que fazer você mudar de idéia. - Gallagher volta a se aproximar, me deixando nervosa. - Você já pode ir. Procure algum empregado, ele vai te levar de volta ao galpão.

- Certo. - dito isso eu rapidamente me levanto da cama e escuto a voz do Gallagher atrás de mim antes que eu deixe o quarto.

- sn, tome cuidado naquele galpão. Aquelas garotas são invejosas e querem atenção. Se você ganhar um mínimo de atenção a mais do que elas, é capaz você parar em um hospital. Se acontecer alguma coisa só avise o Luther, ele dá um jeito. Lembre-se, nesse mundo que você foi imposta, ninguém é amigo de ninguém. Você pode ser baleado pelas costas a qualquer momento, e o atirador pode ser aquela pessoa que te salvou um dia antes. Já pode ir.

Não olhei para o Aidan, apenas concordei e sai daquele quarto com suas palavras sérias a soar na minha mente.

Não olhei para o Aidan, apenas concordei e sai daquele quarto com suas palavras sérias a soar na minha mente

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Inocente / 1 - Aidan GallagherOnde histórias criam vida. Descubra agora