DRAMIONE

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- Eu não acredito que fez isso! – grito jogando minha bolsa no chão, encarrando aquela cena.

- Elena, por favor espere lá fora. Logo falo contigo. – diz ele carinhosamente como se eu não estivesse na frente dele.

- Mas que porra, Ronald! – esfrego minhas mãos pelo rosto. – Não podia esperar até eu me mudar?! Por que merda do inferno tinha que fazer isso na nossa cama?!

- Hermione, - diz ele ficando vermelho até as pontas das orelhas – eu respeitei todas suas decisões até agora. Mas essa casa é nossa – ele alonga essa última palavra. – Eu não tenho como esperar minha vida passar só porque você não quer mais esse relacionamento.

Olho para ele e tento segurar as lágrimas de raiva, porque ele tinha razão.

- Eu sei – desculpa. – Bem, só vim avisar que estou me mudando.

- Hoje? – ele olha surpreso.

- Hoje. Então, bem... desculpa pelo piti. Mas é estranho, por mais que tenha sido minha decisão.

- Eu sei, Hermione. Porém nossa decisão foi a correta – diz ele se aproximando de mim, enfatizando nosso acordo.

- Porra Ronald, você está pelado. – coloco as mãos na frente dos olhos abrindo uma fresta para olhá-lo entre os dedos de forma brincalhona – Vá colocar uma roupa antes de vir querer me abraçar – ele ri e esfrega a nuca. – E aproveita e tome um banho antes, não vou te encostar com fluídos corporais estranhos. – Rio de sua careta.

É estranho pensar que depois de 6 anos juntos finalmente percebemos que não éramos certos um para o outro. O primeiro mês foi o mais difícil para nós dois, mas ambos sabíamos que éramos melhores como amigos. Se passaram quase 4 meses desde a decisão e hoje finalmente eu iria me mudar.

Com um gesto da varinha recolho todos meus itens e os encanto até meu malão, então sento em cima do mesmo enquanto espero o meu ex-ruivo sair do banheiro.

- E o que você vai fazer? Vai para onde? – pergunta ele preocupado. – Você tem certeza que não quer ficar com a casa? – arqueia uma sobrancelha.

- Ron, nada mais justo que você ficar com essa casa. São seus sonhos construídos em cima dela. Você sabe que...

- você quer construir uma vida por si só, ter o mérito por tudo que construir, blá blá blá – ele ri e para perto de mim, puxando meu queixo para cima.

- É. Você me conhece... Eu vou sentir sua falta – digo, deixando uma lágrima escorrer.

- Eu sei, eu também vou. Fomos bons juntos enquanto durou, não fomos?

- Sim, mas a gente sabe que não é o suficiente. Nós dois temos o direito de sermos felizes.

- Eu sei – ele acaricia meu rosto, limpando minha lágrima solitária.

- Elena? Ela é boa para você? – pergunto curiosa.

- Ela é legal, mas acho que não. Foi uma forma de me distrair disso tudo e ver se eu conseguiria te esquecer.

- E esqueceu?

- Ninguém será tão gostosa quanto você, mas eu sei o que quer dizer agora com "somos melhores como amigos" – ele ri de lado de uma forma sacana, me arrancando uma gargalhada.

- Você é ridículo.

- Eu sei – ele revira os olhos rindo comigo.

- Te vejo logo – digo me levantando e puxando o malão para a entrada. – Trate de arrumar uma namorada que não se importe por termos tido um relacionamento, ou vou ficar muito muito, mas muito puta da cara. Você será eternamente meu, não me interessa quem vier depois de mim.

After party - DramioneOnde histórias criam vida. Descubra agora