Único.

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A primeira vez que o vi, ele era tão pequeno que eu tinha certeza que poderia quebrá-lo se o segurasse forte demais. 

A imagem da inocência, tinha inveja da luz da lua que poderia tocar sua pele. E a magia, ah, a magia. Você era tão graciosamente cheio dela que me fazia salivar.

Eu precisava de você ao meu lado. Custe o que custar. 

Andando pelos terrenos de Hogwarts assim, desprotegido, não poderia deixar que Dumbledore lhe roubasse de mim. 

Infelizmente, nosso belo encontro foi interrompido e eu não o vi mais. 

Entretanto, sua figura não saía da minha mente e eu sabia que você era um presente da magia para mim. É a regra do tabuleiro, todo rei tem sua rainha. 

E você seria a minha. 

Por incompetência de Quirrell, não consegui recuperar meu corpo por meio da pedra filosofal, mas eu iria conseguir outra forma. 

E, depois disso, traria você para mim, ao meu lado, como deve ser. 

Dois anos foram necessários para isso. Barty estaria em Hogwarts e eu poderia finalmente saber a identidade da minha rainha. 

Hadrian — Harry — Le Fay. Quarto ano de Hogwarts e da Corvinal, melhor amigo de um Malfoy e infelizmente amigo do Potter.

Isso era um problema. Dumbledore já tinha pego você? Não, não era possível. Harry Le Fay seria meu, é natural, é como deve ser. 

Queria estrangular o menino Malfoy por ousar colocar as mãos sujas na minha preciosa ninfa, mas tive que me controlar, a linha dos Malfoy tinha que continuar como meus servos fiéis. 

Mas poderia dificultar a vida do herdeiro, um acidente em uma missão sempre poderia acontecer, não é? 

Apesar de saber o quão poderoso ele era, não queria colocar minha ninfa em perigo, o nome do Potter sairia do cálice e então eu poderia resolver dois problemas de uma só vez. 

Harry Le Fay seria meu amuleto da sorte, a rainha que poderia se mover livremente pelo tabuleiro, servindo ao seu rei com todo o seu ser e colocando os inimigos aos seus pés.

O velho Dumbledore e seu menino de ouro não teriam chances. 

Contava os dias nos dedos para a minha ressurreição e que finalmente poderia ver minha ninfa novamente, continuar nossa doce história de amor que foi interrompida pelo destino.

Harry era um pouco jovem, mas isso não era um problema, quanto mais jovem mais fácil de m̶ɑ̶n̶i̶p̶u̶l̶ɑ̶r̶ amar. 

Eu sou o grande Lord Voldemort, tenho que manter os bons costumes e tomar um consorte, a idade não importava. 

Tinha apenas quatorze, mas era meu escolhido, sua mentalidade deve ultrapassar sua idade. 

Pela sua ninfa, fez alterações no ritual, iria renascer parecendo mais humano, não queria assustá-lo. Além disso, os humanos são escravos da beleza. 

O Potter escapou por entre meus dedos, subestimei o garoto. Isso não aconteceria uma próxima vez, é claro que seu inimigo escolhido a dedo pelo destino não poderia ser tão fraco. 

Mas, eu ainda tinha você, bem protegido atrás dos muros da mansão Malfoy. Seu desaparecimento faria um alarde, mas seria simples resolver isso depois. 

Harry era lindo, até mesmo dormindo. Como uma pequena fada inocente e imaculada. Eu queria tanto tocar você. 

Era estranho, nunca senti esse magnetismo por ninguém, mas eu tinha autocontrole o suficiente para não tocar em você agora. Entretanto, não sabia se poderia me controlar por muito tempo.

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