Sétimo

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O pequeno sino localizado acima da porta da loja tocou às 17:15, anunciando a chegada de alguém. Como aquele som se fazia ouvir durante todo o dia com surpreendente frequência, Sakura ergueu o olhar em um gesto automático. E com o mesmo automatismo, as batidas de seu coração aceleraram e a pele corou ao deparar com os olhos azuis de Naruto na outra extremidade da loja.

Sakura atendia um cliente, portanto ele não se aproximou. Fitou-a, erguendo uma das sobrancelhas douradas e começou a vagar através das ilhas, examinando as mercadorias, com as mãos enfiadas nos bolsos e o blazer do terno aberto. Naruto afrouxou o nó da gravata, o que lhe deixava expostos uns cinco centímetros de pele abaixo do pescoço. Sakura tentava ajudar a cliente, mas ao mesmo tempo queria observar Naruto. Sentia-se nervosa, ansiosa pela aprovação dele, como uma mãe cuja filha estava estreando em uma peça escolar. E se ele fizesse algum comentário pouco entusiasmado? Não sabia como iria reagir.

A mulher de meia idade, por fim, comprou vários novelos de lã e um livro de modelos de pontos para confeccionar xales. Quando a cliente partiu, Akira emergiu dos fundos da loja e se aproximou de Sakura.

- Coloquei aquela fechadura eletrônica na porta dos fundos e limpei lá atrás. Vai fechar às 18h? Porque nesse caso, só começarei a pintar o outro cômodo amanhã.

Naruto se aproximava lentamente, ainda observando as mercadorias,  Sakura o fitou por sobre o ombro de Akira.

- Sim, fecharei às 18.

- Eu a acompanharei até a sua casa, sra. Uzumaki - Ofereceu Akira, mas o tom firme mostrava que aquilo era mais que um oferecimento.

- Não é necessário - disse Naruto em tom leve, aproximando-se por trás do rapaz. - Ficarei aqui até ela fechar a loja, se quiser ir para casa.

Akira girou. Os olhos castanho-dourados encontrando os de Naruto. Vira-o um dia, à distância, portanto soube imediatamente quem ele era, mesmo sem terem sido apresentados, o que Sakura providenciou de imediato.

- Naruto, este é Akira  Hashimoto. Akira, este é meu marido, Naruto.

Naruto estendeu a mão e trocou um aperto de mãos com o garoto, que não esperava outra coisa.

- Senhor Uzumaki. - disse, com esmerada educação.

- Fico feliz em finalmente conhecê-lo - retrucou Naruto. - Sakura fala muito bem de você. Pelo que ouvi dizer, ela não seria capaz de abrir a loja tão cedo sem a sua ajuda.

- Obrigado, senhor. Fiquei feliz em ajudar. Gosto de trabalhos manuais.

Obviamente, percebendo que havia dito tudo que era necessário, Akira se voltou para Sakura.

- Vou para casa, então. Liguei para minha mãe quando saí da escola e ela me disse que está trabalhando em um artigo, o que significa que, provavelmente, esqueceu de comer. Então acho melhor forçá-la a comer um sanduíche antes que fique tão fraca até mesmo para digitar. Vejo-a amanhã, sra .Uzumaki.

- Está bem, tome cuidado - advertiu Sakura. Akira exibiu um sorriso tão luminoso que a surpreendeu.

- Sempre sou cuidadoso. Não posso me arriscar a ser pego.

Quando ele se foi, Naruto se referiu a Sakura em tom suspeito.

- Como ele vai para casa?

- Dirigindo - respondeu ela sorrindo.

- E só tem 15 anos?

Sakura anuiu.

- Mas nunca foi pego, porque aparenta ser mais velho. Esse garoto dirige muito bem. Não esperava outra coisa dele. - E então, sem poder esperar mais, acrescentou: - Muito bem, o que achou?

Eternal LoveOnde histórias criam vida. Descubra agora