Capítulo 3: Entre a guerra de poder

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- Elisabeth Lunck Stens, 19 anos, correto?. - as palavras saiam da boca de Andréz como um código aos ouvidos de Leonard. Tudo parecia distante, uma ilusão monocromática ao seu redor.

A varanda sem vida, um espaço aberto apenas coberto por uma grama artificial sem cor, apenas mais um vazio sendo preenchido por uma desordem.
Desnorteado, seria a palavra que o definiria, em menos de 18 horas seu mundo havia caído de uma forma brusca. Podia ser qualquer outra coisa, outras situações ou até mesmo uma perda, mas um suposto sequestro de sua filha desencadearia um inferno em sua vida dali em diante.

- Correto. - respondeu friamente Leonard.

- Pedimos a permissão da quebra do sigilo telefónico de sua filha, assim podemos tentar encontrar algo para que possa contribuir na investigação. - Andréz encara com exatidão em seus olhos.

- Façam o que for necessário!

Andréz acenou com a cabeça e e deu meia volta, retornando assim que Leonard o chama novamente.

- Peço que sejam os mais discretos possíveis, se uma informação como essa vaza para a midia, pode nos deixar mais vulneráveis como nunca.

- Fique tranquilo senhor Stens, faremos o nosso possível para que tudo seja sigilosamente coordenado.

E encerrou a conversa com um agradecimento, Leonard voltou seu olhar para Margareth que estava do outro lado do jardim ajoelhada em meio a um canteiro seco de rosas, aos prantos e desorientada estava sendo falhamente consolada por Otto, que tentava ajuda-la, confortando com palavras.
"Uma maluca descontrolada como sempre", pensou ele.
Mal sabia que ela transmitia mais sinceridade em suas lágrimas que jamais ele derramara em suas palavras em vida.

O seu peito doía e a mente não se calava por nenhum segundo sequer, ela sentia suas mãos molhadas quando tocava seu rosto, mas não sentia o choro. Somente aquela dor terrível que manisfestava com ardor seu coração, Elisabeth era sua dose diária de carinho e afeto desde que nascera, um remédio sem efeitos colaterais que a motivava a viver.
Sabia que não era uma mãe tão presente quanto queria ser, por isso tentou cria-la para ser forte e independente, uma garota madura e sem medos.

Agora ela estava vulnerável e correndo perigo...

A culpa extravasa um uma desordem ligeira, naquela manhã ela sentia que poderia ter feito algo. Se agarrar a ela e prendê-la em seus braços como antigamente, ter pelo menos a privado que aquela desgraça caisse sobre Elisabeth.
Seus joelhos estavam sangrando por conta da sua pele delicada estar entrando em contato com a areia rochosa do jardim, tudo que ela escutava era Otto dizendo algumas palavras solenes.

- É tudo minha culpa... - repetiu Margaret 3 vezes seguidas.

- Mãe, ninguem tem culpa disso! - Otto pousou sua mão nos ombros de sua mãe a acariciando. - Ela está bem, eu tenho certeza disso.

- Ela falou comigo antes de ir. - soluçou com o choro e continuou. - Ela é apenas uma criança... - foi a última frase que ela disse antes de começar a soluçar.

Ela era sempre a criança aos olhos de todos, para Otto aquilo foi um choque como foi para seus pais. Tudo aconteceu tão rápido e... De uma forma tão idiota.
Um bilhete na praia? Um tal de Dominus... Parecia roteiro de filme infantil.
Elisabeth era inteligente o bastante para cair numa cilada assim, não tinha como alguém fazer algo do tipo sem testemunhas. A praia era movimentada, câmeras de segurança e identificação de um suposto carro.
Aquilo tinha que ter uma saída, alguma brecha ou qualquer coisa que fosse possível dar uma justificativa para aquilo.

Ele se levantou e resolveu contribuir para algo na investigação, querendo ou não, Otto tinha uma boa influência socialmente


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⏰ Última atualização: Jan 03, 2022 ⏰

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