Acordei e senti que Gustavo já não estava mais do meu lado. Senti um alívio, já que também notei uma ereção e seria embaraçoso se ele me visse assim. Será que era só mais uma ereção matinal ou Gustavo que me deixou assim?
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𝗖𝗿𝗶𝘀𝘁𝗶𝗮𝗻 𝗻𝗮𝗿𝗿𝗮𝗻𝗱𝗼
Meus pensamentos são interrompidos por um par de olhos, uma bandeja recheada de guloseimas e o sorriso mais lindo que já vi na vida em minha frente. Era ele: a única pessoa por quem já senti algo tão puro e genuíno em toda a minha vida. Meu pequeno Gugu. Toda vez que o vejo sinto uma vontade imensa de beijá-lo, de o abraçar e de ficar com ele em meus braços até o fim do mundo e, sendo bem sincero, ele me olhando assim e com o café da manhã perfeito, acho que não conseguirei me controlar.
Abro um sorriso e me sento na cama. Gustavo me acompanha e também se senta. Me aproximo da bandeja como se eu fosse pegar algo com a boca e realmente pego uma rosquinha de chocolate, fazendo com que Gustavo desse uma risada. Fiquei alguns segundos apenas o olhando, ainda com a rosquinha na boca. Apontei para a minha boca para que ele também mordesse a rosquinha. Ainda com as bocas todas sujas e ambos rindo, me aproximo do meu pequeno, que me fitava atentamente.
- Gugu, s-será que posso te pedir algo? - o perguntei.
- Claro que pode, Cris, nem precisava perguntar is... - interrompo Gustavo.
Em um impulso, tomo coragem e finalmente sacio a vontade que eu estava de sentir sua boca colada na minha. O beijei com intensidade, como se minha vida dependesse disso. Ele, após o susto, retribuiu a intensidade e a vontade do beijo, o que me deixou mais animado do que eu já estava. Animado, no caso, é animado lá embaixo, se é que me entendem...
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𝗚𝘂𝘀𝘁𝗮𝘃𝗼 𝗻𝗮𝗿𝗿𝗮𝗻𝗱𝗼
Que susto. Que baita susto. O melhor susto da minha vida. Eu estava sonhando? O cara por quem estou apaixonado realmente acaba de me beijar? Se é sonho ou não, não importa, só sei que é a melhor sensação que já tive.
Quando separamos nossas bocas, ainda ofegantes, o observo. Ele estava eufórico e muito, mas muito vermelho. Cristian costuma ficar sempre vermelho quando está com vergonha e dessa vez estava parecendo um tomate. Será que é por causa do beijo?
- Cris? - o chamo calmamente.
- O-oi - me respondeu desviando o olhar, cheio de vergonha.
- Posso saber por que o senhor está tão vermelho? - brinquei.
- É que... é que... o- o beijo! Eu estava com muito receio de você não gostar ou de... de querer que eu suma da sua vid... - exagerou, como de costume.
Dei muita risada, mas ainda não estava convencido de que era só isso. Me aproximei.
- Primeiramente, eu queria também. Desde as primeiras vezes em que você cuidou de mim e me fez dar tantas risadas, mesmo naquela situação horrível, minha vontade era de te beijar no hospital mesmo, mas sabia que não podia. Outra coisa, mocinho, você não ficou vermelho só por isso, tenho certeza que não, então trate de me contar agora! - brinquei, me fazendo de durão.
- S-sério?! Nossa, Gugu, isso me deixa tão feliz! Eu estava querendo te beijar desde a primeira vez que te vi, você é tão... tão... - o interrompi com um pigarro, para que me respondesse.
- É... sobre eu estar vermelho, é que... - Cristian puxou sua camisa, como se estivesse ajeitando, mas acabou marcando um volume enorme alí.- Ah, então é isso... - desviei o olhar rapidamente.
- Agora quem está vermelho é você, mocinho. - brincou.
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Quando é pra ser
RomanceGustavo, um menino de 15 anos, passa por poucas e boas em sua vida. Geralmente por ser mais fechado e delicado. Gosta de histórias um tanto pesadas, mas que têm romance envolvido? Então acredito que irá gostar de "Quando é pra ser". Esta obra pode c...