「 𝐅𝐢𝐧𝐚𝐥𝐢𝐳𝐚𝐝𝐚 」
Namorar um tatuador não era fácil. As horas dedicadas aos desenhos nos tiravam bastante tempo juntos e, além disso, tínhamos que lidar com o preconceito. Era sempre a mesma careta direcionada a mim quando descobriam que eu...
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— Calma aí... — Jeon me olhava com o cenho franzido. — Adultério? Cláusula? O que você está falando, (s/n)?
— Na teoria, você me traiu com a Marie — iniciei. — Um fotógrafo registrou um beijo entre vocês dois, entregou as imagens para o advogado que está responsável por esse caso e ele deu entrada em um processo de descumprimento de cláusula — falei rápido, já sabendo que não explicava muito bem e que provavelmente só o deixaria mais agitado e confuso. — Você foi acusado de adultério e isso tira todos os seus bens, Jeongguk! — Aumentei o volume da voz, impaciente. — Se não falar com o Jin nas próximas horas, você vai perder a Softway.
— Mas que... Mas que porra! — Gritou. — O que você bebeu? — Levantou-se da sua cadeira com rapidez. — Não acredito que se ocupou de ir ontem até a minha casa apenas pra tirar a minha paz! Que tipo de brincadeira idiota é essa, (s/n)? — Aproximou-se de mim e, no impulso, eu me levantei também. — O que porra você está me dizendo? Como tem coragem de mentir assim?
— Eu queria que fosse mentira, mas não é.
— O Jin não incluiu cláusula alguma sobre adultério — rebateu. — Eu tenho certeza disso porque estive perto quando ele conferiu tudo — disse alto, nervoso. — De onde você tirou isso? — Ao ver a sua expressão de revolta, eu já não pude segurar o meu choro. — Para de ceninha! — Gritou novamente. — Conta o que diabos está acontecendo aqui, porra!
— Tinha a cláusula de adultério! — Insisti em meio ao choro.
— Então como? Como essa maldita cláusula surgiu de repen... — calou-se e, entre as minhas lágrimas, eu pude ver a sua expressão de pura surpresa ao me encarar. — Não... Você não...
— Jeongguk! — O grito de Jin, que ainda estava no corredor, interrompeu a fala de Jeon. — Você não vai acreditar no que eu recebi lá no escritório — a voz do advogado estava trêmula e envergonhada, escondi o rosto entre as mãos. Seokjin abriu a porta com grosseria e eu não via, mas podia imaginar a sua expressão de horror naquele momento. — (s/n) entrou com um processo de reinvindicação contra você! Ela quer os seus bens!
— Então é verdade mesmo, (s/n)? — Jeon perguntou baixo, com a voz falha. — Você está tentando tirar a Softway de mim?
— Desculpa — sussurrei enquanto me permitia chorar ainda mais.
— E você ainda tem a coragem de vir até aqui? — Kim gritou. — O que fez? Armou contra nós dois, não foi? — Pude ouvir os seus passos na minha direção. — Agora me diz, (s/n)... Como você conseguiu? O Taehyung está no meio dessa podridão, não é?
— Ele não tem ligação alguma — eu disse rápido, erguendo o rosto para encará-lo. — Deixa o Taehyung de fora.
— Você conseguiu alterar o documento antes de assinarmos? — Jeon agora falou alto. — Essa é a única explicação porque o Jin não me trairia. Nada faz sentido, há uma lacuna gigante.
