Capítulo Único.

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Estávamos deitados em sua cama, seu rosto estava bem próximo de minha orelha enquanto eu brincava com seus dedos, como desenhar círculos e outras coisas em sua mão, vez ou outra entrelaçando nossas mãos, o silêncio estava predominando o ambiente até sua voz sussurrada ser ouvida.

- Diz que me ama - ele sussurrou em meu ouvido, instantaneamente um sorriso foi estampado em meu rosto, mas acabei disfarçando.

- Mas eu digo sempre - respondo sério e ao me ouvir, vejo ele abrir os olhos e olhar para mim, não pude compreender o que o olhar dele dizia.

- Mas eu queria ouvir agora - sua voz travessa encantou em meus ouvidos e rapidamente eu me virei ficando em cima dele, nossos rostos estavam distante por centímetros. Olhei em seus olhos e eles estavam mais brilhantes que o normal.

- Eu te amo - sussurrei e o sorriso mais belo que eu já vi em minha vida apareceu em seu rosto e o sorriso que eu havia disfarçado apareceu novamente. Deitei novamente ao seu lado abraçando-o.

- Eu também te amo, te amo muito - assim que ouvi seu sussurro, meu rosto foi de encontro ao seu pescoço e aconchegou-o mais ainda em meu abraço.

- Ama mesmo? - perguntei rindo e o senti entrelaçar nossas mãos, ainda no abraço.

- Amo tanto que o meu amor por você é maior que o do Mark-hyung por melancia - o quarto que até então era silencioso e os únicos sons eram os sussurros e nossas respirações, foi palco para risadas altas e escandalosas.

- Irei acreditar em você então - respondi tentando recuperar o fôlego.

- E você? Me ama mesmo? - seu tom foi tão sério que me fez sorrir.

- Eu te amo tanto que o meu amor por você é maior que o do Jaemin-hyung por café - novamente o silêncio foi banhado por risadas.

Risadas essas que se intensificaram quando comecei a fazer cócegas em sua barriga.

- P-por favor! Eu não aguento mais Park! - ele pedia tentando se livrar de mim, mas seus esforços para tentar sair de meu abraço de cócegas era cada vez mais falho, visto que ele ria tanto que perdia a força.

- Minha barriga está doendo Jisung! - assim que ouço, mesmo rindo comecei a cessar as cócegas.

O garoto de cabelos escuros em minha frente sentou na cama, abanando a parte de baixo de sua camiseta e recuperando seu fôlego.

Isso me faz sorrir. Me faz sorrir grande.

- Você está parecendo um bobo sorrindo assim pra mim - sua fala foi direta, ainda que sua voz estava falhada por causa da falta de fôlego.

- Eu sempre pareço um bobo perto de ti -ele ri enquanto me empurra para deitarmos de novo.

Nós dois deitamos de um jeito desengonçado, eu estava com a barriga pra cima com meus braços acima da minha cabeça, enquanto ele estava deitado de lado com seus braços apoiados em minha barriga. Comecei a sentir um ar gelado em meu pescoço, então olhei para baixo e notei ser a respiração do mais velho.

Depois de uns minutos direcionei o olhar que estava no Zhong para o teto, as estrelas coladas ali já brilhavam.

- Diz que me ama - quem fala sou eu, e ao invés de uma resposta, acabo ganhando um selar em meu pescoço.

- Eu te amo, amo em inglês, em mandarim, coreano e em todos os outros idiomas - ele responde e pude sentir um calor em meu pescoço por causa da fala dele. E novamente, aquele sorriso estava estampado em meu rosto.

- Eu também te amo, amo em português, em espanhol, alemão e em todos os outros idiomas - assim que finalizo a resposta, sinto seus braços em minha cintura agora como um abraço.

Ficamos assim por um tempo, não sabia determinar se passavam minutos ou horas.

Ficar abraçado com ele em sua cama olhando as estrelas de seu teto sempre foram meus momentos preferidos com Chenle. Acho que estar com ele já se torna meu momento favorito, mas momentos assim aquecem meu coração mais que o normal.

- Eu te amo - sussurrei sem nem ao menos perceber.

- Eu também te amo - sussurrou e a sua respiração se acalmou, o olho e vejo que ele de olhos fechados, provavelmente acabou pegando no sono, então eu aconchego-o para mais perto de mim e começo a fazer cafuné em seu cabelo.

Eu amo Zhong Chenle de inúmeras formas e jeitos, em diversos idiomas.

Todas as vezes que ele diz que me ama ou me pede para falar isso, eu sempre direi que o amo. Sempre.

- diz que me ama.Onde histórias criam vida. Descubra agora