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- Calma, Si! Não é só porque ele é sócio de lá que você vai vê-lo sempre - Heyoon fala invadindo meu quarto

Respiro fundo massageando as têmporas implorando para Heyoon ter razão. Por mais segura que eu pareça ser na frente dele, me sinto extremamente intimidada em sua presença.

Aqueles olhos verdes intimidadores. Minhas paradas podem apenas ser minha autodefesa.

Um tempo antes de eu me mudar namorei Pedro. Ele era perfeito para mim, eu amava aquele cara horrores.

Ele definitivamente fazia de tudo para ele, namorávamos há 2 anos. Ele recebeu uma proposta de emprego fora do país, teria que escolher a mim ou ao emprego no exterior. Eu sinceramente achei que ele me escolheria, já que aqui no Brasil ainda teria seu emprego no qual ganhava muito bem, aliás.

Infelizmente nao foi o que aconteceu, talvez eu amasse mais a e do que ele a mim. Eu sofri muito, ligava e ele simplesmente recusava minhas chamadas e até mesmo mensagens.

Depois disso, nunca mais vi homens de outra forma a não ser monstros pervertidos aproveitadores. Demorou muito para eu perceber que precisava me amar mais do que amar qualquer outra pessoa.

Então, eu ergui a cabeça e sai do estágio horrível em que minha vida se encontrava. Comecei a viver, claro, com ajuda da Heyoon, sempre.

Ela sempre me mostrou o lado bom de tudo. Mais depois disso, eu não quis conhecer outro homem dessa forma. Eu não queria me apaixonar novamente, essa vida definitivamente não serve para mim.

- No que você tanto está pensando? - ela me tira do transe.

- Que temos muito trabalho a partir de amanhã, já estou cansada só de pensar, boa noite.

- Ainda são nove horas, vamos assistir a um filme

- Se eu fosse você dormiria também, o dia amanhã vai ser longo

Pedir demissão da loja de instrumentos foi de partir o coração. Eu ja tinha me acostumado por demais a trabalhar ali, amava de verdade. Porém, finalmente agora iria trabalhar na minha área, e em uma das empresas mais bem reconhecidas pelo mundo, e isso não tinha preço.

Eram 7h30 da manhã qua do o meu despertador começou a tocar como louco. Entraríamos as 9h30, mas até fazer o café, me trocar e esperar a dona preguiça acordar, era capas de nós atrasarmos.

Fiz minhas higienes, coloquei uma roupa confortável e fui fazer minhas higienes. Bati com força na porta de Yoon e ouvi ela resmungar alguma coisa.

Quando estava tudo posto na mesa ela pareceu arrumada, mas com cara de poucos amigos.

- Quanta animação ein? - digo.

- Nada que um bem café forte não resolva.

Apenas ri dela.Quando terminamos de comer, ela já estava eufórica e falante do jeitinho que conheço. Parece que a matraca não fecha por muito tempo.

Depois de limpar tudo, escovei os dentes com Heyoon na porta do banheiro.

- Se ele aparecer por lá. Eu dou um pé na bunda dele, ok? Literalmente - ela diz.

- Não me culpe se for mandada embora por justa causa porque bateu no patrão.

- Eu digo que foi você quem pediu - deu de ombros.

Reviro os olhos saindo com pressa do banheiro. Peguei minha bolsa no quarto e apaguei todas as luzes.

Estamos dentro do carro a 89 por hora e uma moça gritando para tudo mundo que passava devagar atrapalhando ela.

𝐂𝐡𝐚𝐧𝐜𝐞 •Noart Onde histórias criam vida. Descubra agora