Azul Oceano

Oceano

Praia

Um lugar que sempre fui desde pequeno. A brisa, o barulho das ondas, o sol, a água... Não consigo colocar em palavras a paz e tranquilidade que esse lugar transmite. Por um momento esqueço de tudo ao meu redor, esqueço tudo sobre minha vida e os meus problemas.

Mas o lugar que mais me faz esquecer de tudo é dentro do mar. Ainda pequeno comecei no surf e desde então nunca parei. Ali... fazendo parte da onda, em contato com o mar é onde eu realmente me sinto vivo.

Livre

Sinto que ali, nada pode me parar. Claro que o mar tem seus perigos, mas quando estou de frente para ele, os perigos desaparecem da minha mente, sobrando apenas o melhor que o oceano tem a oferecer.

Nesse momento, estou arrumando minhas malas para uma semana na praia. Vou sempre que tenho oportunidade. Vou com meu meio-irmão, minha irmã adotiva, o primo mais velho dela e mais quatro amigos.

Falando um pouco mais deles, Mikasa é minha irmã adotiva. Seus pais morreram em um acidente de carro na estrada quando ela tinha seis anos e trouxemos ela aos sete. Só foi descobrir que tinha um tio e um primo dois anos depois da adoção, mas isso não os impediu de ter uma relação familiar até que boa.

Zeke é meu irmão mais velho por parte de pai. Fruto do primeiro casamento dele. Às vezes quero jogar ele na estrada com o carro em movimento. Quando ele não tá sendo um chato, nós somos capazes até mesmo de manter uma conversa normal. Fora a implicância com a família biológica da Mikasa. Ele e o primo dela, Levi, já brigaram várias vezes durante reuniões de família e foi bonito ver Zeke "apanhar".

E finalmente meus amigos. Nos conhecemos ainda pequenos na escola e estudamos juntos até hoje. Connie e Sasha às vezes parece que dividem o mesmo único neurônio. Me pergunto todos os dias como eles se formaram sem repetir nenhum ano. Até me impressiona quando Sasha come alguma coisa. Se deixar, come o dela, dos outros e ainda diz que está com fome.

Jean e Marco namoram. Estão em um relacionamento desde os quinze anos. Claro que já aconteceu brigas e ficou um clima desconfortável para todos, mas nada tão grave. Apenas brigas por ciúmes, mas nada violento, só uma situação chata. Implicâncias, pra ser mais exato.

Resolvemos viajar para comemorar nossa formatura e – sem abertura para debate – vamos para a praia. Meus pais pediram para Zeke ir junto por não me acherem responsável.

Se eles soubessem...

Tentei convencê-los de que o primo da Mikasa, que já tem uns vinte e tantos anos (só aqui, ok? Eu sei que na obra original já passou dos quarenta), ia junto. Eles aceitaram, mas Zeke quis ir junto só para me atormentar, certeza! Se ele estragar minha viagem, eu transformo ele em comida de peixe!

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Em pouco mais de três horas de viajem, já conseguia ver o mar. Minha vontade de pular daquele carro estava imensa. Depois de tudo arrumado, peguei minha prancha e corri para a praia.

As ondas estavam muito boas, tinha tudo para ser uma viajem perfeita, um dia perfeito... se não fosse por uma onda maior do que eu estava esperando.

Sentia a água me jogando de um lado para outro não me deixando respirar. Não conseguia abrir os olhos por causa do sal. Na movimentação, a cordinha que me mantinha preso na prancha arrebentou. Continuei a ser lançado para todos os lados possíveis até que não senti mais nada.

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