33- Uma semana

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Dan

Já tinha amanhecido, o sol na janela já chegava em meu rosto, e assim que levantei vi o meu avô na nossa frente nos observando, e eu estava com o Oscar no sofá, em sequência o abuelo vai para a cozinha. Vou até o banheiro, já faço minhas higienes e vou até a cozinha, onde o meu avô se encontrava, não falei nada, apenas passei por ele como se ele não tivesse visto nada.

— Vocês estão juntos? - meu avô pergunta enquanto me via colocar o café.

— Não assumimos nada ainda, não achei que era o momento para isso. - digo sentando a mesa e lhe entrando o café.

—  As vezes eu me vejo no Spooky, quando eu era mais jovem. Mas em vez de cuidado do irmão, precisei cuidar de dois filhos e de uma gangue, e pelo visto não consegui criar eles bem. - ele diz bebendo um pouco do café.

— O senhor não foi um pai ruim, não era isso que meu pai falava, e cada um decide sobre a sua própria vida. Só não sei o porquê disso vindo do Gael. - reviro os olhos ao falar do meu tio.

— O seu pai nunca ligou para dinheiro, ele prefere viajar assim como eu, mas ao contrário dele, eu assumi minhas responsabilidades como pai. O Gael sempre foi ambicioso e queria as coisas muito fáceis, apesar de ser meu filho, eu suspeitei dele assim que veio para Los Angeles depois de todo esse tempo fora, por isso pedi a proteção do Spooky. - ele diz com um ar de decepção.

Meu avô disse isso tudo pela primeira vez, ele nunca disse antes o quanto foi difícil pra ele chegar até onde chegou, ele sempre me contava as coisas boas da vida dele, tipo as viagens que ele fazia. O telefone do meu avô toca quebrando o silêncio que tinha se formado, o abuelo parecia preocupado ao olhar o celular tocar, ele sai para fora e começa a conversar com alguém.

— Tá tudo bem? - Oscar diz pegando no meu ombro.

— Acho que sim. Não te vi levantar. - digo levantando e o abraçando.

Mas logo saio do abraço assim que escuro a porta bater.

— Acabei de receber uma ligação do banco. - meu avô respira fundo antes de continuar a falar. — O Gael foi até lá e fez um saque, ele só não conseguiu sacar mais dinheiro por não ter a minha presença e minha assinatura lá.

— Bom, os santos já devem estar vindo, o que quer fazer? - Oscar pergunta para o abuelo que estava pensativo.

— O Gael já deve estar longe com o dinheiro que ele conseguiu, eu só vou explicar para todos da gangue o que realmente estava acontecendo já que não são todos que sabem. E também pedir para que alguns nos acompanhe por segurança. - Meu avô diz indo em direção a sala onde a Ana já se encontrava assistindo.

(...)

Meu avô já tinha conversado com todos os santos, então resolvemos ir para a nossa casa acompanhados de alguns membros da gangue. Foi bom ter voltado para casa e ter de volta a sensação de segurança, por mais que eu soubesse que o Gael estivesse por aí... isso passou à ser minha única preocupação.

Estávamos em casa e a primeira coisa que resolvi olhar foi a minha moto, ela estava suja, mas do jeitinho que eu havia deixado. Estava na garagem limpando a minha moto quando o Oscar chega.

— Finalmente vai poder andar nela. - ele diz encostando na entrada da garagem.

—  Tô ansiosa pra andar, e vai ser bom pra esquentar depois de tanto tempo sem ser usada. - digo animada.

Tão perigosa quanto você (Oscar Diaz)Onde histórias criam vida. Descubra agora