Assim que chegou de volta em casa, para sua surpresa, Tahyung já tinha acordado, mas ainda se encontrava na cama, como sempre acontece.
O avermelhado tinha certas dificuldades de levantar assim que despertava, e Jimin negava a se estressar pela milésima vez com isso, já que, por anos, tentou mudar o imudável.
-Vem, donzela! Eu trouxe comida, porque diferente de você, eu não sobrevivo apenas com a luz. –Park reclamou.
-Obrigado, Hyung. Te amo. –Tae disse baixo, fazendo o amigo lascar um abraço de urso nele ainda enjoado com seu próprio estado pós cachaça.
-Você vai ficar bem, bobo. Só coma. –Respondeu. –Ah! Olha que louco o que aconteceu hoje... e ontem. –Jimin começou, atraindo a atenção do avermelhado que acabava de colocar o bolinho doce na boca e saboreava os primeiros toques sutis de morango que o invadiam sem pressa. –Quando paramos na conveniência...
-Aquilo era uma conveniência?! A do senhor Shin? Meu deus... Eu achei que estávamos em casa quando vomitei... –Tae o cortou, negando com a cabeça por ter esquecido de praticamente tudo devido a sua embriguez. –Enfim, continua...
-Então, enquanto você estava vomitando e eu te esperando do lado de fora... -Park tentou continuar, antes de ser interrompido novamente,
-Hyung, você não me ajudou?! VOCÊ É UM PÉSSIMO AMIGO! –Taehyung parecia inconformado, e Jimin ria porque Taehyung realmente não se recordava de nada.
-Seu idiota! Você me mandou sair! –Se defendeu.
-E você deu ouvidos a mim? Aish... Continua. –Ele revirava os olhos e colocava outro pedaço da comida para dentro, ainda negando com a cabeça.
-Tinha um cara, e ele estava muito sério e com cara de triste. Eu não sei porquê, mas eu quis ajudar...
-Não sabe o porquê? Você simplesmente não pode ver ninguém mal. –Interrompeu pela terceira vez o loiro, mas logo silenciou-se, deixando que Jimin prosseguisse.
Ele o conhecia tão bem.
Desde que se conheceram foi assim, como num passe de mágica. Se tornaram inseparáveis, e outros até brincavam com a história de que eram almas gêmeas pela proximidade. Ambos riam com qualquer pessoa que citava isso, mas intrinsicamente tinham certeza de que uma amizade como a deles não era fácil de se achar, e muito menos fácil de se perder.
-Aí é que está! Eu falei com ele, e ele nem me deu ouvidos! Daí hoje eu voltei lá para comprar isso –Park apontava para a mesa cheia de coisas onde os dois comiam – E ele ainda estava lá! E quando eu fui embora ele veio falar comigo, me agradeceu e agora eu simplesmente vou fazer um ensaio fotográfico dele.
-Espera... você pulou alguma parte, né? –Tae parecia confuso.
-Sim, nós conversamos e no fim deu nisso. É um resumo.
-Ah... Entendo. E como ele é, fisicamente?
Jimin agora também estava confuso, mas tentou juntar todas as informações que vinham na cabeça quando ele lembrara do rosto de Jungkook.
-Bem, ele é alto... Um pouco mais do que eu, não tanto. –Concluiu ao imaginar que Jeon ficara alguns centímetros acima de si, o que fazia com que seus olhos ficassem em direção a boca do outro. –E tem os cabelos castanhos, quase pretos, lisos e esses estavam na altura de suas bochechas... Os olhos parecem... –Ele ainda tentava buscar adjetivos que se assemelhassem à beleza do outro, porque ele não tinha como negar que aquele homem era muito bonito. E tudo bem achar isso. –Parecem jabuticabas. –Disse por fim rindo de sua própria conclusão. –Já sua boca é pequena, diferente dos olhos, e isso causa uma dissimetria. -Outra pausa, agora Jimin tinha a figura clara do outro em sua tela mental, e até pôs-se tímido por ter o imaginado tão bem. -Mas nada que atrapalhe no conjunto completo. –Completou, seguro de si e ainda imaginando o rapaz. –E ele tem uma pinta. Embaixo dos lábios. É isso.
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O garoto que era bom em tudo | Jikook
FanfictionEsportes, jogos, pintura, música, teatro, dança, na cama, na escrita, na cozinha, na leitura. Jungkook era bom em tudo. Menos em amar.