would it be enough if I could never give you peace?

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NOTA DA AUTORA: Olá, pessoas lindas!!!

Tudo bem com vocês?

Bom, aqui estou participando de mais um projeto de fanfics e podem esperar muita movimentação da minha conta nos próximos dias, porque há muita coisa vindo por aí. Sou uma grande entusiasta da família Delacour-Weasley e uma das maiores defensoras do ícone injustiçado chamado Fleur Delacour. Sendo assim, só posso agradecer às organizadoras do Delacour's Month por esse projeto feito sob medida para me deixar muito feliz. Estou apaixonada por todas as fanfics que li até o momento e louca para ler as que ainda virão. Então, recomendo muito que passem na página do DM no Twitter (@delacoursmonth) e aproveitem essa maravilha.
Dito isso, Bleur é basicamente o meu OTP de Harry Potter, mas fazia muito tempo que não escrevia sobre o casal e, na verdade, sempre hesitei um pouco em fazer isso, por sentir medo de estragar toda a perfeição que esses dois emanam. Ainda assim, enquanto ouvia "peace" da Taylor Swift senti que essa música gritava Bleur e que precisava escrever algo sobre isso. Talvez tenha me empolgado um pouco no processo, mas essa foi uma fanfic que escrevi com muito carinho e espero mesmo que vocês gostem! ♥

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{peace}

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Ela não havia planejado aquilo. Não havia sequer imaginado que poderia acontecer. Deveria ser algo rápido, descompromissado, puramente físico. Fleur Delacour gostava bastante de flertar, de encantar, de se entreter. E por que não deveria gostar? Era linda e jovem e tinha o direito de se divertir. Se os corações continuavam a quebrar por onde passava, como se um rastro de destruição a seguisse, não era realmente culpa da garota. Fleur, afinal, não era o tipo de pessoa adepta a falsas esperanças ou a mentiras. Pelo contrário, sua sinceridade cortante estava sempre lhe causando problemas. De uma forma ou de outra, ela sempre fora honesta com todos com quem se envolveu, nunca fez promessas que não pretendia cumprir e jamais falou sobre amor. Se os rapazes eram tolos o bastante para se apaixonar, bom, esse era um problema inteiramente deles.

Talvez essa opinião soasse fria e cruel, no entanto, era tudo o que a moça poderia oferecer se quisesse sobreviver. Era fácil ser transformada na vilã da história, quando se era uma mulher. Ainda assim, nenhum daqueles garotos era inocente ou digno de qualquer lamento. Fleur havia aprendido, há muito tempo, que homens sempre iriam querer algo dela. Iriam querê-la. Não por sua personalidade, sua inteligência, seu talento em feitiços, ou qualquer qualidade intrínseca a sua persona, mas por sua beleza. Pelo sangue veela que queimava em suas veias. A desejavam como desejariam um objeto. Algo belo e precioso que poderia ser admirado, tocado, manuseado, porém que não deveria ter qualquer individualidade ou opinião. Para eles, ela era apenas uma coisa que deveria ser usada e possuída.

Fleur sabia de tudo isso desde que era apenas uma criança, quando os olhares começaram e o medo também. A noção de que a qualquer instante alguém poderia tentar forçá-la a dar algo que ela não desejava dar. A certeza que o perigo a rondava e de que jamais estaria segura. A sensação constante de ser a caça em um festim sangrento. Então, foi obrigada a se tornar uma caçadora.

Sendo assim, não, Fleur Delacour não sentia pena ou nutria qualquer simpatia pela galeria de rapazes que alegavam ter tido seus corações destruídos por ela. Que bradavam para o mundo sobre sua vilania ou crueldade. Que achavam que tinham qualquer direito sobre ela ou sobre seu corpo. Que cuspiam em escárnio quando ela passava e a chamavam de vadia ou vagabunda. Não tinha espaço em seu coração para empatia por quem a destruiria sem hesitar. Não era tão evoluída.

Tudo isso, é claro, não queria dizer que se privaria de atender aos seus próprios desejos ou de alguma diversão com alguém bonito e descartável. Aquele era um jogo que duas pessoas poderiam jogar, afinal. E era justamente isso o que pretendia fazer quando Bill Weasley entrou em sua vida. Ele havia atraído a atenção da garota no instante em que se viram pela primeira vez, ainda no Torneio Tribruxo. Era alto, musculoso, ruivo, dono de incríveis olhos azuis e parecia ter acabado de sair de um show de rock. Havia algo nele que gritava rebeldia e que instigara a rebelde silenciosa que habitava a Delacour. Ela sabia que a recíproca era verdadeira. Tinha bastante consciência de sua beleza avassaladora e detestava falsa modéstia.

PeaceWhere stories live. Discover now