Mira
Eu corri atrás dele. Ele estava ferido por minha culpa, eu tenho que evitar que ele se machuque mais.
Eu não havia reparado no caminho que havíamos feito até aquela casa abandonada. A rua era de um tipo de cascalho grosso e as casas vizinhas também aparentavam estar abandonadas. Não havia nenhum civil na rua.
Os pássaros ainda voavam para longe por causa da explosão e vários outros animais fugiam desesperados. O ar estava quente e com cheiro de enxofre. E Riku encarava aquelas três pessoas.
O maior vestia roupas coladas na cor vermelha, com labaredas escuras desenhadas, ele tinha o cabelo platinado e desgrenhados e um olhar esquisito, ele tinha pelo menos uns 20 anos , se fosse em outra situação eu riria muito da sua aparência.
A garota tinha o cabelo escuro, tanto quanto o meu. Seus olhos eram mais escuros ainda, sua pele mais pálida do que eu já tinha visto. Seu cabelo estava preso em um rabo de cavalo. Ela vestia uma calça e uma blusa escura e seu olhar estava despreocupado. Ela não parecia ser muito mais velha que a gente, talvez uns 15 anos?
O mais assustador, era um pouco mais alto que eu. O cabelo dele era azul? Era difícil ver dessa distância. Ele olhava o Riku com um sorriso no rosto. Sua roupa era comum, uma calça escura e uma camiseta branca. Quando eu olhava para ele eu sentia uma coisa ruim.
Riku estava eufórico. Não parecia que ele estava ferido. Chamas azuis passeavam entre os seus dedos.
Eles perceberam a minha presença e olharam diretamente para mim.
— A outra apareceu. – Falou o platinado.
A garota suspirou.
— Vocês podem se entregar logo? Eu tenho mais o que fazer.
— Você é muito estraga prazer, Dena. Ele quer lutar. Vamos dar isso a ele.
— Você sabe como isso vai ser cansativo Paiku? Eu tenho a minha novela para assistir. Finalmente o casal principal vai se beijar.
— Dena! – Ele pareceu chamar a sua atenção. – Faça o seu trabalho, quanto antes terminarmos logo você poderá voltar para essa sua novela estúpida.
— Não chame Além dos Elementos de novela estúpida. – Ela disse chateada.
O platinado estava ficando impaciente.
Fiquei do lado de Riku.
— Vamos embora. – Cochichei.
— Não adianta, Mira. É para isso que eu vim. A vida em Republic City anda muito pacífica, e ficar livre dos inibidores e daquele governo me deixa mais feliz.
Um tipo de felicidade que eu não consigo imaginar.
Ele deu um passo para frente e atacou. A explosão azul atingiu o grupo a nossa frente. Eu protegi meus olhos.
A fumaça se dispersou. E uma parede de água protegeu o grupo. Eu não vi quando eles fizeram isso. Foi tudo tão rápido.
— Viu por que não poderemos fazer isso com pressa? – O platinado continuava a explicar para a garota. – Se ele pode fazer isso. Imagina a menina, os soldados com os mechas não tiveram chance contra ela.
— Tá , você me convenceu, vamos acabar logo com isso.
O céu se fechou e se iluminou por um segundo. Minha nuca se arrepiou. E o ar ficou pesado.
O clarão me fez fechar os olhos. Quando eu abri novamente, o relâmpago havia sido refletido.Os dedos de Riku estavam apontados para eles. Ele havia redirecionado o raio.
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Avatar - A lenda de Mira ( Repostando)
MaceraO mundo não é mais o mesmo. O número de dobradores está caindo a cada geração. O mundo está em paz. A tecnologia evoluiu muito e os dobradores não são mais necessários. Mas quanto mais raros eles ficam, mais poderosos e influentes eles são. O últi...