02 - Aquele é o tal cara.

4.2K 485 255
                                    

Gulf mal via a hora daquele maldito contrato acabar. Não aguentava mais a boate, não aguentava mais todos aqueles velhos nojentos o olhando todas as noites, pedindo para que ele tirasse suas roupas enquanto dançava e principalmente, ele não aguentava mais um segundo sequer perto do seu pai.

Um contrato de cinco anos para ficar livre pelo resto de sua vida, foi considerado até justo. Mas ainda o restava um ano nas mãos de seu pai e ele não via a hora daquele pesadelo acabar. Já havia feito de tudo para romper o maldito contrato, mas infelizmente, seu chefe que também era seu pai não deixava que Gulf pensasse que haveria maneira de negociar o rompimento do contrato, pois ele sempre viria com uma desculpa ou lição de moral e Gulf já estava farto das "lições" de seu pai.

Havia se tornado dançarino na Be Mine há exatos quatro anos. Por não dançar no tubo como seu melhor amigo Prem, não havia a necessidade de que ele tirasse suas roupas. Já houveram situações em que algumas aulas com Prem foram necessárias pois às vezes Gulf o substituía, mas sempre usando roupas confortáveis e que cobrisse seu corpo para não mostrar o que não devia.

Naquela noite ele teria que ir para o tubo já que seu querido pai decidiu que Prem assumiria o bar durante toda a noite. Gulf e Prem são amigos desde o colegial e se formaram recentemente na faculdade. Mas para seguir com a tão sonhada carreira profissional, ele precisava sair da maldita boate.

— Gulf? Tem certeza que pode fazer isso? Sabe que não me importo de dançar naquele tubo velho, mas sei como você fica desconfortável fazendo isso.

— Eu estou bem. Daqui a um ano, estarei fora desse lugar e nunca mais vou precisar dançar na minha vida.

— Não descobriu nada que possa o ajudar?

— Não. Aquele infeliz do meu pai não reage a absolutamente nada. Tirando a cara de susto que ele faz quando vê o...

Quase como um choque cerebral, naquele momento, Gulf se lembrou de algo e teve uma ideia. Uma ideia bem estúpida, e que ele se arrependeria de contar ao amigo, mas ainda sim, era uma ideia.

— É isso Prem. Meu se pai caga de medo do senhor Jongcheveevat.

— Valha meu Deus. Até eu tenho medo daquele homem Gulf.

— Não vejo o porquê, ele é só um homem comum.

— Só um homem comum? Gulf...você caiu do tubo e bateu a cabeça da última vez que me substituiu? O cara é líder da Dragon Flower.

— É sério Prem. Eu o vi essa manhã, ele me pareceu um homem bom. Caguei se ele é líder de algo.

— O cara é um mafioso. Onde ele pode ser um homem bom criatura?

— Não sei. Mas eu não senti um pingo de medo dele.

— Eu te venero então. Já que ele não te assusta, seduza ele.

— O que? Ficou louco?

— Então como acha que ele poderia te ajudar? Chamando-o pra um café, Dona Florinda?

— Pensei em um drink pra falar a verdade. Bloody Mary não é uma má escolha.

— Não pode estar falando sério. Você precisa é mostrar seu potencial, olha essas coxas... — Prem apertou as coxas de Gulf que ficou vermelho no mesmo instante.

— Prem, já deu sua hora né? Vai, o bar te espera.

— E você tem duas danças hoje. Não se esqueça. Vista o conjunto vermelho pro tubo. Era o que eu ia usar. — Prem grita para Gulf, enquanto corre para o bar.

— Certo. Agora vá. — Gulf sorriu. — Só não usarei o conjunto curto.

Seduzir o senhor Jongcheveevat, para o dançarino era algo que estava fora de cogitação. Não se sentia confortável para seduzir alguém dessa forma, nunca havia feito isso. Ele de fato dançava sim, e às vezes no tubo, mas era tudo coreografado. Agora seduzir alguém? Não se achava capaz de fazer isso sem bater a cabeça ou quebrar um pé. Gulf nem mesmo sabia se o senhor Jongcheveevat gostava de homens.

Você leu todos os capítulos publicados.

⏰ Última atualização: 5 days ago ⏰

Adicione esta história à sua Biblioteca e seja notificado quando novos capítulos chegarem!

Dançando para um MafiosoOnde histórias criam vida. Descubra agora