amante à moda antiga

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   Oi! Tive a ideia desta one-shot enquanto ouvia a música que lhe deu o título, "Good Old-Fashioned Lover Boy" da banda Queen, e o meu objetivo era escrever algo simplesinho, sem conflitos, algo calminho e agradável de se ler. Então, foi o que fiz! Com isso, trago-lhes este capítulo único, que gostei muito de escrever, e espero que gostem igualmente de ler!

   Agradecia que deixassem comentariosinhos para saber o que vão achando e se gostaram, que deixem um voto ★

   Perdoem qualquer erro que me possa ter escapado, e sem mais delongas, boa leitura!

♡︎

   Sob o azul que ainda ocupa o seu lugar no céu, numa amena tarde de verão, e quando o único som na rua são os pneus dos carros sobre o asfalto, daqueles que voltam para casa depois de um dia de trabalho longo, os passos de alguns pedestres no piso calcetado e o canto de passarinhos que se preparam para adormecer, alojados nas copas das poucas árvores há muito plantadas ao longo do passeio, podemos refletir em como cada um vive a sua própria história. Como seria o conto em que aquela senhora que passeia o seu golden retriever, vestida em roupas confortáveis e largas, é a personagem principal? Ou a narrativa onde quem protagoniza é aquele velhinho senhor, sentado num banco e olhando para o mar, que certamente já viveu aventuras suficientes para uma trilogia cinematográfica magnífica?

   Taehyung poderia divagar e acabar por se perder em viagens nos seus próprios pensamentos, como era seu costume, já que sempre achava interessante pensar e refletir sobre as inúmeras histórias que estavam naquele preciso momento a ser escritas. Poderia, realmente, se não estivesse entretido demais a viver a sua própria, à medida que tinha a mão delicadamente segurada pelos dedos suaves e branquinhos daquele que caminhava um pouco à sua frente, guiando-o por um caminho que na realidade já sabia de cor, pela quantidade de vezes que o haviam percorrido. Logo, não havia necessidade em andarem de mãos dadas, mas não o incomodava, de longe, então não contrariava quando saíam da escola e a sua mão era logo puxada com cuidado.

  Com a mão livre segurava na alça da sua bolsa, onde guardava cadernos, lápis, e claro, a sua preciosa câmara, numa tentativa de diminuir os balanços e movimentos da mesma enquanto andavam. Acompanhar os passos um pouco apressados, quando comparados com o ritmo que gostava de ter quando caminhava sozinho, era uma tarefa um tanto complicada. Mas por ele, fazia uma exceção.

   — O meu pai tem uns discos novos lá na loja. — começou por dizer, atraindo o olhar de Taehyung para si, antes ocupado em admirar as suas mãos entrelaçadas. 

   O toque já era algo costumeiro, mas achava que nunca se habituaria realmente a ter a sua palma junta à de outra pessoa. Especialmente quando a pessoa em questão fazia o seu pobre coração, antes sem grandes motivos para se desconcertar e sair dos eixos, dar cambalhotas sem grande fundamento.

   Talvez fosse para compensar todas aquelas cambalhotas que nunca foi capaz de dar nas aulas de educação física quando tinha 10 anos. A sua destreza motora não era, de todo, invejável, do seu ponto de vista realista e, por vezes, com tendências auto - depreciativas.

   — Devem ser bons... — Respondeu, sorrindo de forma um tanto doce, mesmo que o outro não conseguisse ver a sua expressão. 

   Para além de responsável pelas palpitações na sua caixa torácica, também tinha sobre si a responsabilidade dos seus sorrisos para o nada. Sorrisos tolos. Mas bonitos para quem visse, porque, convenhamos, sorrisos apaixonados são tolos, mas também trazem consigo traços de genuinidade de lhes proporcionam uma distinta beleza.

   — E são mesmo!

   — Confio no teu bom gosto, então mal posso esperar para os ouvir.

♫︎ old-fashioned lover boy Onde histórias criam vida. Descubra agora