Parte 35

1.3K 102 19
                                    

• Nyssa Al Ghul •

Fazia um pouco mais do que dois meses que eu estava em National City e era de longe muito mais tempo do que eu planejava ficar, porém cá estou eu, não querendo ir embora da cidade.

— O que tanto você pensa? — Laurel pergunta se ajeitando ao meu lado na cama.

Nós duas estávamos na minha casa, no meu quarto. Ela estava ficando para dormir aqui pela terceira vez e eu já estava começando a me acostumar com isso.

— Que eu preciso voltar para casa. — sussurro e ela me olha para lá de confusa — Eu não moro aqui, só estava à negócios mas fui ficando e ficando...

— E comprou até uma casa? — pergunta chocada e eu rio, negando.

— Já a tenho à alguns anos. — digo, não me prolongando muito no assunto.

Laurel e eu estávamos saindo à alguns dias e estava sendo de longe uma das experiências mais tranquilas e satisfatórias em todos os sentidos possíveis. Ela era leve, engracada, gentil, inteligente e do tipo que vivia a vida espontaneamente, o que era apaixonante.

— Então onde exatamente você mora? — pergunta se afastando, deitando sobre o travesseiro e encarando o teto do quarto.

— Roma. — respondo e ela vira, deitando de lado e olhando para mim.

— Uau... — murmura e eu fico quieta — Quando você volta?

— Eu... — começo a falar, mas alguém bate na porta do quarto, eu aproveito a deixa e saio da cama, indo ver quem é.

— Senhora, desculpe interromper mas a sua sobrinha... — o meu seguranra barra modormo fala em um tom descrente — Está lá embaixo.

Automaticamente olho a hora no relógio ao lado da cama, não passavam de umas 22h da noite, o que era estranho, já que no meio da semana Brooklyn não podia ficar fora de casa tão tarde.

— Já estou indo. — digo para George e ele assente, saindo e eu me viro para Laurel — Já volto, ou não... ela não deveria estar fora de casa à essa hora. — explico preocupada.

— Vá! — ela gesticula também levantando.

Eu pego um hobby e o visto, saindo do quarto. Brooklyn estava me esperando na sala e ela usava nada além dos pijamas. A expressão em seu rosto também não era das melhores, os olhos estavam avermelhados, claramente ela havia chorado, o que me fez apressar o passo e ir até ela, a segurando pelos ombros, checando se estava machucada.

— O que houve? O que aconteceu? Alguém fez algo contigo? Vamos ligar para Sara e...

— Minha mãe descobriu que eu sou lésbica. — me interrompe, me abraçando.

— Merda, Talia. — murmuro a apertando em meus braços.

A minha irmã é uma mulher incrível, uma mãe extraordinária, mas quando se tratava disso, Talia regressava uns duzentos anos. Um dos motivos dela e eu termos nos afastados foi porque ela nunca foi capaz de entender a minha sexualidade, segundo ela, o fato de eu gosto de homens e mulheres era puro mal caratismo, usando as palavras dela: eu era uma vagabunda.

— Não quero ir para casa, posso ficar aqui? — pede se afastando para me olhar.

Talia não sabia que eu andava me encontrando com Brooklyn e as vezes Bryan com a ajuda do marido dela, Bradley e se descobrisse... Eu não quero nem pensar nisso.

— Hã... Claro. — respondo a soltando — Eu vou pedir para o George arrumar o quarto de hóspedes. — aviso e ela assente, indo sentar no sofá enquanto eu saio em busca do homem.

Resiliência (Supercorp)Onde histórias criam vida. Descubra agora