Vidas Cruzadas | Spin-off Trilogia Amores

Epílogo

Dois Anos Depois

Vincent

Senhor Beaumont comprou uma casa na praia há cinco meses, em Angra dos Reis para ser mais exato e prometeu que quando a reforma terminasse iríamos todos para o Brasil curtir um pouco o sol e conhecer a cidade.
A luz da manhã entra pelas cortinas do quarto, me sento na cama e esfrego os olhos me acostumando com a claridade, os meninos e Natacha dormem tranquilamente, só Louise que já está acordada sentada no colchão, brincando. Eu pego a minha princesa e saio, indo direto para o banheiro do corredor depois de pegar a bolsinha com nossos produtos de higiene e roupas, arrumo ela e escovamos os dentes, não tomamos banho porque iremos à praia e nos banhamos depois para tirar a areia.

— Está com fome, querida? — pergunto descendo as escadas com ela em meu colo, minha filha assente.

Louise é a cópia de Natacha, os cabelos são crespos iguais o da mãe e os olhos são escuros, a pele é negra e o que eu mais amo é quando ela sorri e as covinhas nas bochechas aparecem. Entro na cozinha e Pierre já está acordado preparando o café, Lorenzo está com ele arrumando a mesa com os mantimentos.

— Bom dia! — saúdo.

— Bom dia, Vincent! — eles respondem em uníssono.

— Só vocês acordaram?

— Papai, Noah e o senhor Clair estão lá fora arrumando a área da churrasqueira, estão planejando fazer um churrasco à noite — Pierre fala.

— Vamos ao supermercado depois do café, tem alguma encomenda?

— Posso ir junto? Natacha pediu para comprar algumas coisas para as crianças e eu posso ajudar com a conta.

— Sim, pode. Vou perguntar para Rebecca se ela quer alguma coisa também, porque a conheço bem o suficiente para saber que quando eu voltar vai pedir porque esqueceu de avisar — meu cunhado murmura.

— Não se preocupe, amor, vou fazer uma lista para você das coisas que preciso — Rebecca aparece com Alícia e Yohanna.

— Eu já falei para você que elas brotam do nada — Lorenzo zomba.

Eu preparo a mamadeira da minha filha e subo para o quarto, Natacha e os meninos já estavam se arrumando para descer, ela pega Louise e a enche de beijos. Nunca vou esquecer o momento do ultrassom que revelou para nós que o bebê era uma menina, minha esposa parecia não acreditar e pediu para a doutora conferir várias vezes se não estava enganada, ela chorou de soluçar, foi muito emocionante.

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Chegamos no supermercado, Noah veio junto. Adentramos o lugar e eu com Lorenzo fomos para uma sessão e os outros dois para outra, cada um com a lista de coisas para comprar, a maioria foi meu pai e senhor Beaumont que pediu, eles serão os responsáveis pela carne assada e os outros pelo resto do jantar, as meninas encomendaram o que vão utilizar para cozinhar.

— Pelo menos está escrito em inglês também nas placas porque eu não entendo nada de português — Lorenzo diz enquanto escolhemos alguns legumes.

— Se não tivesse teríamos que usar o tradutor.

— A gente não pensou, Rebecca tinha que ter vindo também porque se não acharmos alguma coisa ela poderia perguntar se tinha.

— Talvez tenha algum funcionário que fala em inglês, a cidade é turística, não? — assentiu.

— Você tem razão, devem ser preparados para receber todo mundo — concordo com a cabeça.