Capítulo 14

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Depois de uma vida, a Kaari surge do nada com uma att dupla... 

Desculpa gente! Só tava limpando as pastas e achei esses capítulos parados. Resolvi postar ^^

Espero que gostem! Bom, se ainda tiver alguém por aqui kkkk 

***

(Mila)

Fiquei tão nervosa que mal consegui comer. O molho cheio de queijo, frango, creme de leite e com o tempero que só Peter sabia fazer era incrível, porém meu coração não parava de palpitar, minhas mãos suavam, e até meus pensamentos estavam gagos. Peter tomou banho enquanto eu surtava sozinha no quarto me perguntando se estava tudo bem ser tão espontânea.

Já deitada em seu braço em minha cama, quis rir da piada que ele fez sobre sempre usar meu shampoo e querer comprar um igual. Apenas o abajur estava aceso, mas a luz era suficiente para nos enxergar com clareza.

— O que foi? — Perguntou quando sentei abraçada aos meus joelhos.

— Estou me sentindo muito nervosa mesmo que não estejamos fazendo nada ainda. — Murmurei. — Eu quero muito, mas...

— Não precisamos fazer nada hoje. — Ouvi sua voz e olhei para trás vendo-o deitado me observando. — Vem aqui.

— Eu vivo estragando tudo. — Choraminguei depois de me encontrar novamente em seus braços. — Demorei de me declarar e agora não consigo dar passos adiante...

— Já te disse diversas vezes que você não enxerga o quanto é incrível.

— Só você me diz coisas assim, Peter.

— Você é incrível. — Ele virou-se ficando de frente para mim e logo me beijou.

Nunca tínhamos nos beijado naquela posição, com tanta sugestividade do ambiente, e com tanta insistência da minha mente em ir além da minha coragem.

— Eu quero. — Falei baixinho.

— Relaxa. — Murmurou mantendo o ar entre nós muito quente.

— Tá bom.

Ele tirou sua camisa depois de outro longo beijo, e eu deixei que tirasse minha blusa. Peter tinha o talento de suavizar o clima, pelo menos entre nós, apesar do meu coração palpitando, era confortável. Nenhum homem me tocou com tanto cuidado e carinho, e foi melhor do que minha cabeça conseguiu imaginar, quase alcancei meu ápice antes mesmo de algo definitivo acontecer.

Foi natural, sem cobranças de nenhum dos lados. Lembrei de pegar o preservativo na gaveta ao lado, e ele riu por ter problemas para abrir a embalagem.

— Você abre embalagens e potes todos os dias. — Brinquei vendo-o discutir com o pacote. — E não consegue abrir este pacote?

— Eu costumo ter uma faca na mão. — Ele respondeu atrevido.

Expostos demais. Já tinha visto Peter sem camisa várias vezes, mas nunca o tocado e visto-o inteiro e completo para mim. Meu corpo, que achei que estaria tímido, na verdade mostrou-se atrevido, e senti desejo de ser vista e apreciada.

E então fizemos, e foi bom. Tá, mais do que bom. Foi ótimo! O prazer me atingiu sublimemente. Eu conhecia bem meu corpo e sabia muito bem como chegar lá sozinha, mas foi diferente chegar lá com alguém, com Peter.

— Uau! — Ele se retraiu ao meu lado, com a respiração descompassada. Senti meu coração estalar quando virou seu rosto me encarando com seus olhos azuis explodindo em energia. — Você...

— Se disser algo eu vou ficar vermelha. — Gaguejei tentando me cobrir com as mãos, sentindo a vergonha me alcançar.

— Você já está corada, Mila. — Riu sem tirar os olhos de mim. — Está linda.

Ia dizer que o amava, mas tive de medo de não ouvir de volta.

— Você é tão bom em tudo. — Gaguejei. — Me deixa com inveja.

— Isso... — Ele se apoiou no braço. — Foi incrível. Por que nunca fizemos isso antes?

— Porque você me deu um fora, bonitão. — Ri.

— Eu sou muito idiota. — Beijou-me.

Resolvi que queria tomar banho e fiquei pensando sobre como tudo tinha sido especial para mim, queria que fosse para ele também. Enquanto ele tomava banho observei o quarto tentando imaginar a cena que havia acabado de acontecer.

— Só eu acho que o momento pede uma sobremesa? — Peter surgiu no quarto com a toalha nos ombros, usava apenas a calça, nem havia se dado o trabalho de vestir a camisa.

— Pode ser. Mas não sei se tenho nada na geladeira para fazer isso...

— Tudo bem, vamos nos permitir pedir delivery.

Peter riu e foi para a sala.

— Certeza que vai ficar criticando a comida dos outros. — Comentei vendo-o mexer no celular ainda com a toalha no ombro. Meu coração derreteu pela visão. — Te conheço.

— Vou mesmo. — Ele assentiu rindo. — Pronto!

Tentei ser natural e depois que a sobremesa chegou tivemos outro momento doce, e Peter parecia animado demais para criticar qualquer coisa.

— Peter... — Murmurei já deitada novamente. Precisava dormir, porque de qualquer forma ainda tinha que ir trabalhar até meu aviso prévio acabar.

— Hum?

— Você acha que alguma coisa vai mudar agora? Quero dizer, é só sexo, não é? — Ri sem jeito.

— Não é só sexo. Você forneceu as regras... Pode mudá-las quando quiser.

— Só vou mudá-las quando tiver certeza. — Sussurrei nervosa. — Vou tentar dormir.

— Isso pode? — Ele murmurou me abraçando na cama.

— Pode. — Sorri.

— Boa noite, Mila.

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