22. De volta à Dávia

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Assim que a chuva parou e começou a escurecer, o quarteto decidiu voltar para Dávia de manhã por conta do tempo frio. Horas se passaram e o dia amanheceu, clareando o interior da caverna. Enrich acordou e percebeu que Milana não estava lá, então decidiu sair para procurá-la.

Saindo da caverna, ele observou o belo céu azul em contraste com a mata com um tom de verde vívido. Não muito longe do local de onde saiu, Enrich viu a princesa treinar arco e flecha e acertar alguns troncos de árvores. O jovem decidiu se aproximar silenciosamente, mas quando iria tocar em seu ombro, Milana se virou abruptamente e apontou a flecha em direção ao rosto de Enrich.

Com um suspiro de alívio, ela abaixou o arco e disse.

— Você me assustou, Enrich.

— A intenção é essa, Alteza. -ele respondeu com um tom de brincadeira e sorriu ao ver a expressão séria de Milana.

Enrich se aproximou em uma flecha que estava fincada em um tronco de árvore e a retirou do lugar.

— É uma pena que meu tio não esteja aqui para vê-la acertar musgos de árvores.

— Poderia ser pior, eu poderia ter acertado o seu rosto. -a princesa respondeu e pegou a flecha que Enrich segurava e guardou em uma bolsa de couro que estava em suas costas.

Os dois deram um leve sorriso e o jovem comentou.

— Estou feliz que você, Adrian e Elora estejam bem. Fiquei desesperado com a possibilidade de eu não conseguir encontrar vocês... Ou de você estar morta.

— Mas eu não estou, estou melhor do que nunca.

— Nota-se. -Enrich suspirou de forma tensa e disse. – Dávia está um caos, Milana. Oliver está sendo o pior governante que o reino já teve.

— Não se preocupe, Enrich, hoje mesmo já estamos voltando e vamos tirar o meu tio daquele posto e exilá-lo novamente.

Com a confiança transmitida por Milana, Enrich sorriu novamente e os dois voltaram para a caverna. Fora dela, eles encontraram Adrian e Elora segurando algumas frutas.

— Bom dia ao belo casal. -o antigo príncipe comentou e Milana revirou os olhos e pegou uma fruta da mão dele.

— Eu que deveria dizer isso.

— Onde está o seu bom humor matinal, Milana? -Elora falou entregando uma outra fruta para Enrich. – Infelizmente não temos muita comida para o café-da-manhã, mas acredito que essas frutas ajudarão.

O quarteto se alimentou e, em seguida, preparou os cavalos para irem à Dávia. Pouco tempo depois, já estavam a caminho e ficaram conversando sobre assuntos aleatórios. Felizmente não houve nenhum imprevisto no caminho, como chuva ou ladrões, então a viagem ocorreu de forma tranquila. Horas depois, quando o cansaço começou a se instaurar, Milana viu de longe o castelo de Dávia e comentou de forma alegre.

— Estamos chegando.

Milana fez Triton ficar rápido e os demais fizeram a mesma coisa. Poucos minutos depois, eles chegaram na entrada do vilarejo, no entanto encontraram dois guardas reais em dois cavalos no local. Confusos, Adrian, Milana e Elora olharam para Enrich, que ficou à frente do grupo.

— Soldado Enrich? -um dos guardas perguntou surpreso. – O que está fazendo de Dávia? E com eles?

— Cassius me designou em uma missão. Deixe-nos entrar. -ele respondeu com um tom sério.

— O rei Oliver não autoriza entrada de forasteiros em Dávia. -o outro guarda falou.

— Forasteiros? -Milana questionou indignada. – Eu sou a princesa de Dávia!

Os dois guardas olharam atentamente para Milana e, mesmo com o cabelo curto dela, eles a reconheceram.

— Alteza! -eles fizeram uma breve referência.

— Achávamos que estava morta, todo o reino estava à sua procura.

— Mas não estou morta. Saiam dessa entrada e voltem para o castelo imediatamente.

— Não podemos, o rei Oli...

— Oliver não é o governante de Dávia. -Adrian finalmente disse. – Precisamos urgentemente entrar no reino.

— Sinto muito, Adrian... Você abdicou ao trono e foi exilado, não pode entrar mais em Dávia.

O quarteto deu um longo suspiro e olharam uns para os outros. De repente, Elora teve uma ideia e disse com um om decepcionante.

— Já que o rei de Dávia não nos quer em vosso reino, acredito que teremos que voltar para Olympa e deixar que Oliver governe esse reino.

Adrian, Milana e Enrich olharam confusos para Elora, que lhe deu uma rápida piscadela. Todos entenderam o plano dela e a deixaram terminar de falar.

— Pelo menos em Olympa, os impostos são menores e o governante é querido pela população. Além disso, os guardas ficam em torno do castelo e não na entrada do vilarejo.

Os guardas se olharam entre si e deram passagem para o quarteto. No fim, o poder de persuasão de Elora acabou ajudando todos. Assim que entraram no vilarejo, eles perceberam que não estava tão movimentado e não haviam mais tantos comércios abertos e haviam diversos protocolos atualizados pregados nas paredes. Esses protocolos se referiam ao aumento de impostos, o que explicava alguns comércios fechados.

Alguns plebeus reconheceram Adrian e Milana e fizeram a fazer reverências e gritaram animados "Eles voltaram!". O povo começou a se aproximar deles, assustando os cavalos, então o quarteto fez com que os cavalos saíssem rapidamente do local e fossem para um local mais seguro.

Todos desceram dos cavalos e acalmaram os animais. Em seguida, Adrian disse.

— Apesar de tudo, é bom estar de volta ao lar.

***

Olá gente bonita, tudo bem com vocês? Gostaram do capítulo de hoje? Como vocês acham que será o plano do quarteto? Será que vai dar certo? Deem suas opiniões e obrigada por lerem o capítulo ❤️

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