#Sarah POV
- 4 meses atrás -
Sou acordada pelo despertador do meu telemóvel que não para de tocar. Sem abrir os olhos tento alcançar o telemóvel, às apalpadelas, para desligar o despertador. Como não tenho sucesso, procuro pelo interruptor do candeeiro. Pressiono o pequeno botão de plástico mas nenhuma luz se acende. Tento várias vezes, mas nada se acende.
Levanto-me da cama e cuidadosamente ando pelo quarto às escuras. Visto um casaco que se encontrava no cadeirão do meu quarto, e tento chegar à porta. Vou contra algumas coisas mas finalmente alcanço a maçaneta da mesma. Abro-a devegar, fazendo alguma luz solar entrar pelo mesmo.
Esfrego os olhos várias vezes para me habituar à subita claridade, que invadio todo o espaço. Após habituar-me á luz, única coisa que vejo são sombras. Esfrego os olhos com as mãos, mais vezes ... mas nada ... continuo a ver só sombras e silhuetas!
Vou até à casa de banho e lavo a cara, mas ainda não consigo ver nada ... Será que fiquei cega?!? ... Começo a entrar em pânico e chamo pela minha mãe.
"MÃE!" - grito já com lágrimas nos olhos - "MÃE..."
Começo a ouvir passos apressados no corredor e logo oiço a voz preocupada da minha mãe."O que é que aconteceu filha? Estás bem?"
"N-não consigo ver mãe ... nada! ... A-acho que fiquei c-cega!" - As minhas mãos começam a tremer, e encostada à parede, sento-me no chão da casa de banho a chorar enquanto esfrego os olhos. Trago os joelhos ao meu peito tentando controlar o choro. A minha mãe agacha-se ao meu lado e abraça-me. Ela murmura palavras como 'Vai correr tudo bem' e 'Eu estou aqui' enquanto dá pequenos beijos no cocuruto da minha cabeça.
Um choro incessante invade-me e a única coisa em que conigo pensar é ... .... Nunca vou voltar a ver o pôr do sol, ou o mar ... nunca vou poder ver os meus filhos nascer ou mesmo a darem os primeiros passos ...
O que é que eu fiz de mal, para merecer perder a visão?
(...)
- Passados 2 dias -
O cheiro a desinfetante do consultório do Dr. Marteins enjoa, após duas horas de espera pelos exames. Estive a tarde toda enfiada neste hospital, com os meus pais que não saíram de ao pé de mim. Eles têm tratado de mim, desde que isto aconteceu. A minha mãe pediu ao gerente para não ir trabalhar durante este mês, e embora o meu pai ir trabalhar, está em casa todos os dias apartir das quatro da tarde ...
Para mim estes últimos dias não têm sido fáceis; Ando costantemente a descarregar na minha mãe o meu stress, pois como não consigo ver , não posso fazer absolutamente nada... Eu sei que ela não tem culpa do que me aconteceu e embora ela não o demonstrar eu sei que ela também está a sofrer.
Oiço a porta a abrir e pelo sutaque latino deduzo que é o Dr. Marteins. "Já tenho os resultados dos exames! Mas tive que pedir ajuda a esta oftalmologista a Dr. Maria, e a este oncologista, o Dr. Fillipe ... para descubrir qual o problema da Sarah."
"Quais são os resultados Dr. ?" - pergunta o meu pai enquanto aperta o meu ombro num gesto carinhoso e reconfortante. Pela sua voz reparo que ele se encontra bastante nervoso, até mais nervoso do que eu.
"Tenho boas e más notícias..." O Dr. suspira e diz " As más notícias são que a Sarah tem cancro chamado retinoblastoma, devido a um tomor que ela tem no olho esquerdo ... " sinto os olhos molhados e apercebo-me que estou a chorar "As boas notícias são que a Sarah não está completamente cega ... Como o tumor só se encontra no olho esquerdo, o olho direito poderá ficar bom ... mas para isso ..." Posso ficar bem! ... Um sorriso estúpido escolpe-se no meu rosto.
"Sim Dr. ?" a minha mãe fala; Ela pode estar atentar fazer-se de forte mas a sua voz tremula não engana ninguém;
"Para o tumor não se alastrar para o outro olho, e ela continuar a ver pelo olho direito, teriamos que fazer uma operação para retirar o olho e o tumor..."
Consigo ouvir os meus pais a sussurrarem um com o outro mas não consigo perceber o que dizem. Pelo tom de voz deles percebo que eles estão a considerar a ideia.
"Mas Dr. isto não pode ter acontecido do nada!" O meu pai fala indignado.
"É verdade... Mas, alguns casos não apresentam sintomas como o caso da Sarah!"
"A operação é mesmo a única opeção?" A minha mãe pergunta.
"Temo que sim..."
"Mas o que é que poderia correr mal na operação?" finalmente falo.
"Após retirar-mos o tumor, não temos acerteza se o cancro se espalhará por outras zonas." o outro homem fala. A sua voz é grave e podesse notar algum sutaque australiano.
"E se não fizer a operação?"
"Se não fizer a operação, as hipóteses de o tumor se espalhar são muito mais elevadas enquanto que se fizer a operação as hipóteses de o tumor se espalhar são quase nulas."
Passos são ouvidos pelo pavimento e depois a porta é aberta. "Vamos deixar-vos a sós para poderem discutir o que querem fazer." o Dr. Marteins fala. Alguém fecha a porta e o silêncio instala-se na sala. O silêncio deixa-me ainda mais ansiosa pela resposta, então decido falar.
"Eu sei que uma operação e sempre assustadora ... mas se o cancro se espalhar vai ser pior e para além disso se fizer a operação só fico sem o olho esquerdo; E posso continuar a ver com o olho direito ... " suspiro "Por isso é que quero fazer a operação." afirmo decidida.
"Tens acerteza, filha?" a minha mãe pergunta receosa. Aceno afirmativamente com a cabeça e respondo.
"Sim mãe não podia ter mais certeza!"
Continua...
***
Hey !!!
☯ Esta fic é toda feita pela minha imaginação ... e por mim claro!!! LOL
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LOVE U ALL,
Mariana Correia
xAdore_Youx
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Blind. || harry styles
Fanfiction"We are born in one day. We die in one day. We can change in one day. And we can fall in love in one day. Anything can happen in just one day" -Gayle Forman ☯ Dedico esta história a todas as crianças/adolescentes que têm esta doença e que luta...