18 ▪ Maloley

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Dia 10

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Dia 10

— Eu acho que deveríamos decidir o nome. — Falei quando a garota estava abrindo os olhos.

Volta a dormir, Maloley. — Becca falou enquanto se virava para o outro lado.

O quarto estava começando a clarear, o que indicava que ainda era muito cedo. Eu passei quase a madrugada toda em claro, pesquisando nomes para meninas. Becca, depois que se virou, voltou a respirar pesado, o que indicava que estaria dormindo. Estava observando as costas da loira até que algo me chamou atenção.

Becca tinha uma marca vermelha, quase roxa, no pescoço. Que merda era aquilo?

Aproximei a mão da região, afastando a camisa dali. Seu pescoço e ombro estavam todos marcados. Quando ela teve tempo para se pegar com alguém? Só tinha uma explicação lógica para aquilo tudo.

Saí do quarto apressado e fui até a cozinha. A casa ainda estava em silêncio, o que indicava que quase ninguém tinha acordado. Por sorte, quem eu queria estava de pé, preparando o café da loira que em breve acordaria.

— Quem saiu com a Rebecca ontem? — perguntei bravo, o que fez a senhora dar um pulo.

— Paul. — ela respondeu quase que instantâneamente.

— Vou sair. — disse seco, sem esperar que ela falasse mais alguma coisa.

Eu estava com a calça de moletom que dormi e sem camisa. Fui assim mesmo em direção ao carro. Tinha coisas mais urgentes para resolver. Dirigi o mais rápido que o carro permitia, sem parar em nenhum sinal. A cidade estava vazia, já que mal tinha amanhecido o dia. Parei em frente a uma casa que eu conhecia bem e desci, indo direto para a porta.

Toquei a campainha e comecei a esmurrar a estrutura de madeira, até escutar alguém resmungar do outro lado da porta. Paul abriu a mesma e me encarou confuso, tentando entender o que estava acontecendo.

— Tá tudo bem, skate? — Paul perguntou atordoado.

— Não acredito que está comendo a Rebecca. — disse bravo enquanto o empurrava.

Paul, mesmo sonolento, conseguiu girar nossos corpos e me segurar. Eu comecei a me debater, o que fez o segurança me segurar na posição mata-leão. Quanto mais me debatia, mais forte ele me segurava, até que relaxei um pouco o corpo e ele afrouxou o braço, mas ainda sem me soltar.

— A única Rebecca que eu conheço é a que está esperando seu filho. — Ele disse me soltando aos poucos e se afastou — E eu não tô comendo ela.

— E por que ela está com o pescoço cheio de roxo? — Falei com raiva enquanto alisava meu pescoço.

Paul fez uma cara de confusão, tentando entender sobre o que eu estava falando.

— Pra onde vocês foram ontem? — Perguntei ainda bravo.

— Fui levar a garota no hospital. — ele se justificou — Se não acredita em mim, pergunta pro Sebastian. Ele foi ajudar na rota. A garota já tentou fugir uma vez, eu não iria sozinho. Mesmo sendo a Cindy que pediu, eu não iria arriscar. Se eu perdesse ela de vista, eu sabia que estava ferrado. — ele falava desesperado — Liga pra ele, confirma, é verdade. A gente só levou ela para o hospital e a garota tirou a faixa. O único momento que ela ficou sozinha foi quando pediu pra ir ao banheiro. Ela falou que a gravidez deixava ela com a bexiga solta. Mas ela não demorou nem cinco minutos. Eu disse que se demorasse muito tempo eu entraria ali.

Califórnia ▪ Nate MaloleyOnde histórias criam vida. Descubra agora