19 ▪ Becca

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Dia 10

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Dia 10

Não esperei a sua resposta. Apenas dei meia volta e entrei no quarto, trancando a porta em seguida. Abaixei o corpo até me sentar no chão, ficando escorada na porta. As lágrimas insistiam em cair, cada vez mais. Eu não sabia porquê estava chorando tanto. Aquilo deveria ser culpa da gravidez. Malditos hormônios.

— Becca? — Nate gritou quando tentou abrir a porta e não conseguiu — Me deixa entrar, por favor. — ele pediu, mas eu só conseguia chorar — Vamos conversar, só abre essa porta.

Ele bateu algumas vezes na porta, mas eu não respondi. Me afastei dali, indo direto para a cama. Nate continuou batendo até eu adormecer.

(...)

Dia 11

Acordei no dia seguinte e estava tudo silencioso. Não esperava que o maconheiro passasse a noite toda batendo na porta. Fui direto para o banheiro fazer minha higiene. Depois de cinco dias, sentir meu pé assim era estranho, mas nada que não fosse me acostumar depois de alguns segundos.

Hoje era um dos dias mais quentes desde que cheguei, então resolvi colocar um vestido mais curtinho. Não sei o motivo, mas estava gostando mais de me vestir assim. Provavelmente era pela facilidade. Depois que terminei de me arrumar, abri a porta do quarto, o que me gerou uma surpresa.

Nate estava escorado ali. Com o meu movimento de abrir, o tatuado perdeu o local onde estava escorado, tendo o corpo chocando com o chão de uma vez.

— Porra! — ele soltou um gemido sem entender ainda o que estava acontecendo. — Becca!

Nate falou assim que me viu parada próxima à ele. Fiz um aceno com a cabeça e saí do quarto, indo direto para as escadas.

— Espera, Rebecca.— o tatuado gritou enquanto corria para me alcançar. — Podemos conversar?

— Eu estou com fome, Nate. — disse evitando contato visual.

— Pode ser depois do café. — ele disse dando de ombros. — Já esperei a noite toda, alguns minutos não farão diferença nenhuma.

— Acho que não temos nada para conversar. — disse me afastando novamente.

Ele não respondeu, apenas me acompanhou até a cozinha, onde Cindy já havia deixado preparado nosso café da manhã. Parecia que o destino queria me deixar a sós com o Nate, já que a casa estava silenciosa e deserta.

Comemos rapidamente, mas sentia os olhos do tatuado em mim. Nate parecia nervoso, igual quando ele chegou na fazenda. Parecia o mesmo menino com medo do futuro e do que aconteceria com ele. Tinha horas que ele parecia tão frágil.

— Já terminou. — ele afirmou. — Vamos conversar.

— Nate, eu ainda estou comendo. — disse apontando para o prato.

Califórnia ▪ Nate MaloleyOnde histórias criam vida. Descubra agora