Capítulo 22

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Kai dormiu, finalmente, e Billie ainda o encara como se o garoto fosse explodir. Apenas para não enlouquecer, revolvendo todos os acontecimentos de hoje em minha mente, várias e várias e várias vezes, reuni todos os utensílios de jardinagem e fiz o que pude com as flores já adubadas, podadas e regadas e, por fim, sentei no último degrau da pequena escada que leva até a estufa improvisada de Nicholas.

    Simplesmente não há como agir com naturalidade após ver o que vi, a coisa-demônio que Kai se tornou, todas as pessoas que ele matou em minutos. É tudo grande demais para processar. Grande demais para meu cérebro já bem atingido por todas essas coisas-monstros que me rodeiam.

    Garotos que matam lobos com as mãos, tudo bem, mas garotos que se transformam em lobos… Isso já é pegar pesado demais.

    Olhei para as madeiras muito bem vedadas, para as flores, para os botões ainda por abrir, tirei as luvas de jardinagem e encarei minhas mãos, o sangue de Kai ainda em minhas unhas, tão vermelho quanto as tulipas de Nicholas.

    Billie tem razão.

    Há uma bomba explodindo em Minnesota, uma bomba com pensamentos e vontades, uma bomba com tempo reserva e coragem em demasia. Eu sei, estarei na linha de fogo, estarei ao alcance da explosão… Quando tudo acabar, irei junto.

Verão Taciturno (livro dois)Onde histórias criam vida. Descubra agora