Corte de Fantasias e Sonhos (fanfic Feyre e Lucien)

⭐Capitulo Único⭐

Alis escovou meu cabelo com delicadeza, que caia sobre meus ombros como uma cascata. Em seguida amarrou-o no alto de minha cabeça, com um pouco de rigidez.

—Obrigada, Alis—, agradeci, sorrindo para ela. 

Ela sorriu de volta, agora concentrada em minhas roupas.

—Vai dar um passeio hoje, senhora?

Assenti. 

—Sim... Com Lucien—. Senti meu rosto corar violentamente e cobri minha face com as mãos. A simples menção do nome daquela raposa infernal era o suficiente para me deixar quente, o coração acelerado.

Tamlin não podia nem sonhar com aquilo, com o desejo faminto que eu sentia por seu amigo. Nos últimos dias, ele estava nervoso, irritado com tudo e com todos, e descontava em mim quando Lucien não estava por perto.

Mas quando Lucien estava... Eu via as marcas roxas por seu corpo, os olhares amendrontados que lançava à Tamlin. Meus olhos se enchiam de lágrimas e eu precisava me segurar para não gritar, para não deixar meu ódio e meu amor esvairem.

—Se vai andar a cavalo—, disse Alis, me tirando de meu devaneio, —Recomendo que use couro. Esse seu vestido é profundamente inadequado para tal ocasião.

—Não se preocupe, vamos apenas caminhar—, tranquilizei-a. 

Alis apenas acenou com a cabeça. Não parecia muito interessada no que faríamos, afinal. Mas antes de sair de meu quarto, ela me lançou um olhar significativo. Eu sabia no que estava pensando.

Ela sabia exatamente o que estava acontecendo ali; em meu coração, mesmo que ninguém mais soubesse.

Fui à entrada da casa, ajeitando o vestido azul leve como uma nuvem. Aqueles momentos em que estava com Lucien, sozinhos, haviam se tornado raros. Tamlin não me permitia ficar longe por muito tempo.

Mas Tamlin não estava em casa hoje.

Por fim, Lucien apareceu, sorrindo. Dei o braço a ele e caminhamos juntos, até estarmos definitvamente longe. 

Onde ninguém nos ouviria.

Adentrando a floresta, eu podia sentir meu coração batendo com força, os olhos fazendo força para não olhar para Lucien —os olhos, a boca; principalmente a boca.

—Como você está hoje?—, ele perguntou, segurando minha mão e me convidando a sentar no chão.

—Estou bem, acho—, respondi, ao lado dele. Encostei as costas na árvore atrás de mim. 

—Tamlin não tocou em você de novo, tocou?

Estremeci com o tom de voz dele. Era gelado, perigoso. 

Mas eu sabia me defender de Tamlin. Eu o Mantia longe. Quebraria seus dedos se tentasse encostar uma unha em mim sem minha permissão. 

—Não se preocupe comigo. Está tudo bem. Está tudo ótimo. Tenho você.

Apoiei meu braço em seu ombro e aproximei minha boca de seus lábios, esperando permissão. Enquanto Lucien se aproximava, nossa respiração se misturou, tornou-se única, e uma sensação morna, calma e selvagem tomou conta de mim quando ele enfim me beijou.