Cap. XXXIX - No final somos eu e ele

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Nota da autora 1) Sugestão de música: Deja Vu - Olivia Rodrigo. (Não pela tradução, mas porque achei que combina com o clima do capítulo).

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Era por volta das seis horas quando Sarah Kinsella decidiu ler a carta de Harry Potter. A jovem havia passado o domingo tentando compreender seus sentimentos. Ela e Draco Malfoy não haviam se falado desde cedo, quando discutiram pelo pedido de casamento e pela carta que Draco encontrou.

Desde então, o quarto gigante de Draco parecia menor. E a sua ausência parecia mais avassaladora. Com um suspiro, a garota lançou um feitiço para a porta se manter trancada e ajoelhou ao lado da cama. Com os dedos trêmulos, Sarah rasgou o envelope e reconheceu a caligrafia fina de Harry.

"Sarah,

Sei que parece estúpido lhe escrever. Mas preciso te alertar... Novamente. Você não pode confiar em Draco Malfoy ou na sua família. Espero que não tenha se esquecido que ele quase matou Kate Bell com o colar envenenado e que se ele tivesse tido a chance, teria matado Dumbledore também. Ele é um assassino.

Sinto muito por partir seu coração com o nosso término, mas eu precisava fazer isso.

Esse é o meu conselho: Volte para Hogwarts. Volte para casa.

-Harry."

Assim que Sarah terminou a leitura da carta, desejou poder voltar no tempo e rasgá-la. As palavras de Harry apenas ressaltaram o que ela sempre soube: Draco Malfoy não tinha uma escolha. Sua vida fora ameaçada de morte caso ele não cumprisse sua tarefa em Hogwarts.

Tudo que Draco fez foi para proteger a si mesmo e a sua família. E mesmo quando Draco teve a oportunidade de matar Dumbledore, não conseguiu. Sarah presenciou o estado doentio que ele fora colocado: inúmeros pesadelos, choros constantes e sua tristeza eminente.

Imediatamente, Sarah fora tomada por uma onda de determinação. As palavras de Draco ecoaram em sua mente incentivando-a escolher um dos dois mundos. Em sua pele, ela já carregava a mesma marca de Draco. Mas, Sarah ainda precisava assimilar sua decisão no seu coração.

A jovem levantou do chão e correu até a mesa de Draco em uma procura frenética por um pergaminho em branco. Sarah alcançou a pena branca e começou a escrever uma resposta para Harry.

Sarah selou a carta com um pouco de cera e se preparou para enviá-la. Finalmente, ela sentia verdade no que havia escrito: sua vida era ao lado de Draco Malfoy. Sarah estava irrevogavelmente e complemente entregue à esse amor. E uma grande parte dela sabia que esse sentimento era recíproco.

A ideia de abandonar a Mansão Malfoy e retornar à Hogwarts sozinha... Era ensurdecedora. E Harry estava errado. O seu lar era Draco Malfoy. Pessoas podem ser o seu lar, também.

Confiante com a sua certeza, Sarah atirou a carta que Harry lhe escrevera na lareira. O fogo consumiu o papel com ímpeto projetando pequenas fagulhas com a fumaça. Sarah não se arrependeu, afinal ela estava seguindo seu coração.

Com bravura, a jovem pegou a carta de seus pais e jogou na lareira também. Ela não queria saber o conteúdo, pois... Não importava mais. Sarah havia escolhido estar ao lado de Draco Malfoy e só isso valia naquele momento.

Sarah estava observando o desenho que a queima da lareira fazia, quando Draco aparatou perto da sua estante de livros. De imediato, os dois se entreolharam e Sarah sentiu um deja vu ao notar como Draco estava. O loiro vestia uma camisa manchada com marcas de licor e whisky de fogo. Seu cabelo estava bagunçado e um cheio forte de álcool invadiu o ambiente.

O Acordo e o Segredo de Draco MalfoyOnde histórias criam vida. Descubra agora