Draco Malfoy era.. Um garoto mal, mimado e muito mal educado. Ele berrava sobre coisas que nem sequer tinham defeitos apenas por atenção, ou talvez gritasse com os elfos apenas para se sentir superior mas tudo isso só comprova o quão ruim Draco é.
Ele não é inocente.
Porém algo ocorreu, e Narcisa Malfoy junto a Lucios Malfoy - seus pais -, estavam preocupados e quase não pregavam os olhos desde que o menino parou de reclamar das coisas ou de gritar com os outros, fazer birra ou xingar alguém. De início, eles viram isso como uma mudança para melhor, que Draco finalmente estava aprendendo com seu pai a ser um homem mais reservado embora é claro, desde que sempre mantivesse o título de sua família e ciência de que era um nobre, sangue puro; Que jamais deveria ser insultado.
A preocupação veio então com o passar dos dias e um desenho, um desenho de um garoto loiro com uma possível marca da morte, segurando uma varinha com uniforme da sonserina e olhos opacos para o chão, indescritívelmentes tristes. De início, Narcisa tentou se consolar que era um desenho de Lucios. Logo, quando perceberam que se tratava de Draco retratando a si mesmo criaram o processo de negação, juraram que era impossível seu filho ter desenhado aquela arte, até porque era bem feita demais, perfeita demais, com detalhes, cores, sentimentos, lágrimas verdadeiras de mais; E Draco era só um menino, não seria capaz de tal façanha mesmo sendo o prodígio Malfoy.
Realmente, ele é só um garoto ou: ele era só um garoto.
Quando os partriarcas Malfoy's não conseguiram negar que o menino desenhou a si mesmo num futuro meio distante - ele tinha apenas dez anos -, e resolveram indagar a criança sobre a criação e sobre a mudança de humor, a resposta que eles obtiveram foram um grande enigma, sem contexto talvez mas de certa forma arrepiava a espinha.
"- Azul e verde são parte de olhares que jamais conseguiram mistur-se um ao outro. -"
Ok, os olhos de Draco eram azuis e o uniforme da sonserina tinha verde então.. Não, era confuso demais. E por mais que Lucios não admitisse ele queria que seu filho voltasse a ser a criança mimada que falava tudo que lhe cabia a cabeça.
Narcisa até tentou dar uma resposta a fala enigma de seu filho.
"- Azul e verde formam azul esverdeado ou verde água..- "
"- mas não se misturam mãe, continuam sendo mais verde ou mais azul.. Nunca uma cor só -"
"-Talvez seja por culpa das cores que esses olhares, jamais conseguiram ser misturar. - "
"-Filho, meu Draco querido, de que olhares estamos falando? -"
"-... Estou com sono, por que estão tão preocupados com essa pintura? É inrrevelante para vocês..- A última parte foi mais um sussurro"
Lucios concordou ainda relutante que Draco precisava de ajuda medi-bruxa e foi um segredo absoluto quando o menino passou a frequentar médicos de áreas psicológicas. Quer dizer, os médicos iam até o quarto do herdeiro na mansão.
De início alguns achavam que o menino estava fazendo drama para parecer-se misterioso e ter mais atenção, como nos livros que mostrava aqueles personagens deslocados que todas as garotas amavam. Depois, de mais algumas terapias com o menino a primeira remessa se demitiu falando que o caso do menino Malfoy não era algo normal ou que eles fossem capazes de compreender.
Lucios xingou até Merlim se revirar no túmulo naquela quarta feira, porém logo novos e mais competentes vieram alguns foram deixados para trás por serem inexperientes ou sentirem medo do garotinho com o passar do tempo.
Com alguns meses, só restou uma medi-bruxa mental que insistia no caso Malfoy e se recusava a se deixar levar pelo medo como os outros médicos.
Draco em si não era assustador, era o que tinha dentro dele. No que ele avia se transformado, mal sabiam que aquela obra de arte irreconhecível que eles tentavam concertar se tornou assim através de si mesmo.
Seu eu mais velho, que relatou que o amor para eles eram um jogo perdido, e que ambos eram pessoas ingênuas em sociedades macabras. Que máscaras e mentiras, prisões, mortes, sorrisos tudo isso podia se fundir exceto o verde e o azul.
Eles não nasceram um para o outro. Eles eram opostos iguais - segundo seu eu mais velho -, que faziam um jogo perdido e fingiam não perceber que mesmo sendo opostos eram iguais. Talvez esse foi o erro, a falha na matrix, o código que deveria ser apagado porém a linha onde ele estava registrado não existia.
Um tinha tudo o outro também porém ao mesmo tempo não tinha nada, e quando ambos não tinham nada um dos dois tinha tudo - de alguma maneira -.
Eles eram rasgos que tinham a capacidade de se juntarem, porém algo tornava tudo irregular, naquela tela de duas cores e eles voltavam a estava zero. Eles eram os opostos da mesma moeda mais ao mesmo tempo de tempos diferentes, uma mais gasta e suja porém com grande valor, outra brilhante e esbelta porém não valia nem a metade da outra - era em situações assim que ambos eram opostos -.
Foi em momentos de lamentações assim se sua parte mais velha que Draco se deixou afundar, sem realmente saber quem era o verde daquela parte da história. Ele se viu completamente diferente do que se imaginava no futuro.
Um dia ele quis mandar seu eu mais velho calar a boca pois ele era só um garoto e não tinha.. não merecia aquilo a qual iria passar.
Ele nunca, realmente entendeu seu eu mais velho e sempre o mirou como um enigma desfragmentado.
E que todos os fragmentos estavam perdidos na floresta verde e vasta ao invés do rio e mar azul. Não eram só difíceis de se entender pois eram fragmentos de algo maior como também estavam em lugares errados.
Foi quando Draco tentou chegar a uma conclusão e falou e voz alta assustando a medi-bruxa em seu quarto.
- Talvez o azul não seja um riacho, o fragmento caiu do céu e se perdeu nos musgos e árvores.. Sim, o céu.. Ele é o início de tudo, porém ao mesmo tempo a terra o verde também. Logo, o verde não existe sem o azul, e o azul não faz sentido sem o verde. -
Draco falava poucas palavras em suas consultas e tudo aquilo que ele relatou fora quase a quantidade de palavras que conseguiam arrancar em três semanas árduas e insistentes de consultas.
Foi quando a medi-bruxa tentou entrar no mundo do garoto, porém ela se perdeu. E quando ela viu que iria enlouquecer se tentasse entender, ela percebeu que era melhor falar com os pais que o menino tinha apenas enlouquecido. Mas ela jamais teve coragem de relatar isso, logo continuou sem dormir tentando juntar os restos de fragmentos que o menino deixava para trás.
Ela se alimentava deles, mas nunca era o suficiente. Nunca tinham uma resposta.
Talvez ela tivesse que enlouquecer para entender o menino.
Draco recebeu sua carta para Hogwarts no mesmo dia do aniversário de onze anos. Seus pais aviam feito uma festa mais caseira se assim possamos dizer, apenas para a família em si o que resultava os três numa mansão com um bolo enorme.
O tudo do nada.
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Eu não vou deixar esse plot escapar de minhas garras, nananinãnão.
Pra quem não me conhece eu sou a Moon e escrevo Fanfics Drarry e isso é resulto de um surto.
Literalmente, como não é uma história fixa com o plot certinho ( apenas engrenagens com brocas faltando ), as vezes vai ter um capítulo, e outro a solta por aqui.
Mas não prometo nada.
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I need to save you
FanfictionTer uma versão mais velha de si te dando concelhos e com uma missão que você nem entende, lhe trás muitas aventuras. Ou talvez, seja apenas o fato que você é Draco Malfoy que deixa sua vida conturbada. azul e verde são partes de uma mistura de olhar...