⛓️🔥[Scars, matches & cigarettes]🔥⛓️ - A Reki x Langa fanfic

[🌓] Cap. 3 - Bem, já que preferes assim, que assim seja.

Q.D.T

"Onde..... Onde eu estou?" Essa pergunta circulava a mente de Langa, enquanto olhava envolta de si. Estava em um lugar escuro e parecia que um holofote apontava para o mesmo. Logo, foi como se outro holofote acendesse perto de Langa, mostrando um tipo de gaiola de ferro, havia uma pessoa encapuzada dentro....

O Hasegawa se aproxima cuidadosamente da jaula, até perceber que havia uma parede de vidro o impedindo de seguir em frente. Foi então que Langa escutou uma voz, uma voz familiar e masculina, ecoando pelo local, a voz pedia ajuda... Foi apenas nesse momento que o de cabelos azuis viu que a pessoa na "gaiola" estava de costas para si, reparou também nas várias cicatrizes nas costas da pessoa -provavelmente dona da voz-. Como a voz era masculina, deduziu ser um garoto. O garoto chorava e implorava por ajuda, mas Langa não conseguia falar ou se mexer. 

Então outras vozes começaram a trovejar impropérios, tais como "inútil", "idiota", "monstro", "aberração", "pecador" entre outros milhares, enquanto o garoto enjaulado implorava aos prantos para que parassem. Isso continuou por o que pareceu uma eternidade....

O Hasegawa anteriormente citado acorda em sobressalto, suando frio e ofegante, fazia dias que estava tendo esse tipo de sonhos. Sonhos?.... Não, pareciam mais pesadelos do que sonhos. Sua mãe logo entrou no quarto.

— Filho? Já está acordado?

— Sim... — Responde o azulado recuperando o fôlego — Que horas são?

— 6 da manhã.

— Então já vou começar a me arrumar para a escola.

— Ok então, querido. — A mãe fala e sai do quarto.

Langa se levanta da cama indo direto para o banheiro embutido em seu quarto e tira seu pijama se preparando para tomar seu banho. Ao terminar, veste o clássico uniforme de seu colégio (o qual eu tô com preguiça de descrever) e termina de arrumar sua mochila. Tudo isso pensando no ruivo garoto que senta ao seu lado.

Langa estava na escola a quase um mês, mas ainda não conseguira descobrir o nome do ruivo que tanto o intrigava e o dava curiosidade. Vivia tentando o encontrar nos intervalos para que conversassem e se conhecessem, mas o garoto dos cabelos vermelhos era como um fantasma, desaparecia mais rápido do que os olhos podiam acompanhar e voltava a aparecer na mesma velocidade. Isso era algo o qual impressionava o azulado, ficava curioso, como alguém podia aparecer e desaparecer em tal velocidade sem deixar rastros? Ele não sabia e ficava curioso só de pensar sobre isso.

Após terminar de arrumar a mochila escolar, o garoto dos cabelos similares à neve segue para a sala de jantar, encontrando sua mãe e seu padrasto conversando e tomando café da manhã. O menino se junta a ambos, um tanto hesitante e nervoso com a presença da nova figura paterna.

— Ah, bom dia Langa, dormiu bem? — Diz o homem sentado a sua frente.

— Sim, pai, e você?

— Bem também, algum sonho estranho envolvendo um ruivinho desconhecido? — Seu padrasto brinca e dá risada, sendo seguido por um riso tímido e meio desconfortável do de cabelos azuis.

Os três pareciam uma família normal aos olhos de muitas pessoas, talvez não de todas, mas da maioria com certeza. Infelizmente, as lembranças que Langa guardava a sete chaves em sua consciência das várias noites as quais sua mãe ficava até mais tarde no trabalho diziam algo um pouco diferente. Nunca quis fazer nada que fez nessas noites, mas era obrigado a fazê-las. Depois do café da manhã e de escovar os dentes, o estudante já entrava no carro do padrasto com relutância.