✓Agradecemos a quem está por aqui, lendo e curtindo nosso trabalho.
✓Capítulo +18
✓Boa leitura!
ººº
Kara chegou ao galpão, localizado no distrito de Earth-38, às 20h10. Estava atrasada.
O prédio ficava em uma rua deserta àquela hora, fracamente iluminada. O cheiro forte de urina e álcool, entrando pelas janelas abertas do veículo, denunciava que a viela devia ser o refúgio das pessoas em situação de rua.
O local parecia ideal para a prática de toda sorte de delitos. Kara pensou que era o tipo de lugar, o qual os policiais responsáveis pela área conheciam como a palma da mão, por terem que atender vários chamados no dia vindos de lá. Havia alguns desses na sua jurisdição.
Imaginou também que aquele deveria ser mais um fetiche de Lena: transar em locais inseguros. Pois, logo depois do encontro na cabana isolada, sugerira outro ainda mais perigoso. Pelo menos, dessa vez, estava com sua arma no porta-luvas.
Estacionou seu carro em frente à entrada principal e desceu, olhando para todos os lados.
Quando mandou a localização, Lena dissera que deixaria uma chave na parte superior da porta. Então, tateou por ali, procurando-a. Ao encontrá-la, colocou-a na fechadura e girou a maçaneta, entrando no prédio.
Estava escuro a ponto de não conseguir enxergar nada. Por intuição, deslizou a mão pela parede junto à entrada e conseguiu achar um interruptor. A luz era meio opaca e não clareava tanto, mas já era suficiente para que fosse possível se nortear.
Deu alguns passos a frente e, percorrendo o olhar pelo galpão, viu Lena sentada sobre uma mesa de madeira clara, as pernas cruzadas. Usava um vestido negro, com um casaco vermelho por cima, sapatos de saltos altos e meias calças escuras.
A primeira coisa que notou depois da própria mulher foi a cela atrás da mesa. No passado, provavelmente era usada para guardar mercadorias, porém, hoje, assim que a viu, Kara teve a certeza que ela serviria para compor a fantasia. Dentro havia um catre, com um colchão em cima.
Kara caminhou lentamente na direção da advogada, já estava "no personagem", como ela lhe pedira. Agora era a própria Xerife Danvers. E, ao contrário do que Lena havia sugerido ela não usava roupas parecidas com as de Rick Grimes. Tinha seu estilo pessoal: jeans skinny, botas de cano alto e jaqueta azul com um suéter preto por dentro, além, é claro, da reluzente estrela de Xerife presa no cinto.
— Relapsa como sempre, Xerife Danvers. — Lena apontou, descendo calmamente da mesa, personificando a Prefeita Luthor.
— Qual é o novo problema, Sra. Prefeita?
— Por onde você quer que eu comece? — ladeou a cabeça — Pela impontualidade, por sua incapacidade de usar um simples uniforme. — olhou Kara de cima a baixo. — Ou pela inaptidão em fazer o seu trabalho direito? Há dias espero os relatórios. — Enumerou de forma irônica.
Kara reprimiu um sorriso. Aquilo que estavam fazendo parecia engraçado, mas não queria estragar o clima.
— Se a senhora não viesse com tanta frequência aqui me atrapalhar, poderia já ter terminado há muito tempo. — A "Xerife" provocou.
A "Prefeita" aproximou-se, diminuindo a distância entre elas.
— O que está querendo dizer com isso, Xerife Danvers? Insinua, por acaso, que a minha presença a incomoda? — Lançou um olhar provocativo.
— Sim. Principalmente quando está assim tão próxima. — Devolveu a mirada.
— Srta. Danvers, poupe-me dos seus lampejos lésbicos. Eu sou uma mulher muito bem casada e você não me interessa em nenhum nível.
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O Amor é Um Jogo [KarLena]
Fiksi PenggemarKara Danvers, uma agente do MET (Polícia Metropolitana), fanática torcedora do West Ham, e Lena Luthor, uma advogada bem-sucedida, se conhecem em um pub na cidade de Londres, onde moram. Uma aposta e uma proposta levam-nas a passarem a noite juntas...