𝐢𝐧𝐝𝐞𝐬𝐞𝐣𝐚𝐝𝐚 - 𝐑𝐃𝐉

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|Realidade Alternativa|

This the new style with the fresh type of flow. Wrist icicle, ride dick bicycle... — canto com a Nicki Minaj que estoura no meu ouvido — Come true yo, get you this type of blow. If you wanna menage i got a tricycle... — a música pausa quando alguém me liga.

Suspiro choramingando e vejo que é minha melhor amiga, Jenny.
Obviamente atendo a chamada dela, já colocando no viva-voz por conta que deixo o celular ao lado enquanto continuo a desenhar.

— Mulher! — franzi meu cenho pelo tom de voz meio alterado dela.

— Diga, princesa! — digo sendo carinhosa com a Jenny.

— Millie! Eu tô fudida!

Minha mão parou de desenhar ao ouvir a última palavra.

— Por quê?

— Vou te mandar o endereço e você vem, eu não estou na casa dos meus pais! — tenho pressentimento que não é coisa boa.

— O que você fez, Jenny? — pergunto fechando meu caderno de desenho.

— Eu tô grávida! — e ela desliga após me deixar de olhos arregalados e paralisada.

Jenny só tem dezessete e ainda estuda, enquanto já vou completar vinte e estou na faculdade, mas isso nunca atrapalhou já que ela mora perto, ela é uma das poucas pessoas que fazem parte do meu ciclo social desde que cheguei nessa cidade, longe de todo mundo que conhecia.

— Puta merda! — digo me levantando rapidamente.

Os pais dela irão matar e expulsar ela de casa, por serem religiosos do tipo que mandarão ela para um colégio apenas para meninas que tem aqui na cidade ou um colégio interno.

Troquei de roupa, pois vestia uma camisola de dormir, são quase sete da noite, mas eu não iria fazer mais nada, já tava pensando em dormir ou ver algum filme até pegar sono.
Pego uma mini saia plissada xadrez vermelha com preto e blusa preta por dentro.

Fecho as coisas do meu mini apartamento e saio de casa com o celular na mão enquanto peço um Uber que me leve a um endereço que se eu não me engano, é de um primo que a Jenny tem, não lembro muito dele, apenas que era uns sete ou oito anos mais velho do que eu.

Em questão de vinte minutos, já estou na frente da casa onde Jenny disse que está, ao tocar a companhia, logo ela me atende com suas mãos trêmulas.

— O que você fez? — pergunto ao abraçar ela, a mesma corresponde nervosa.

Ela não tem irmãos, sou quase uma irmã para ela, Jenny realmente não tem muitas opções para quem recorrer ou se poder confiar já que todos de sua família são extremamente religiosos e preconceituosos.

— Ei, relaxa! — digo quando nosso abraço acaba, e entro na casa com ela fechando a porta.

— Eu tô calma, mas... — Ela choraminga — Eu não quero ser mãe, Millie!

Ela pega minha mão e me leva até a sala onde não há ninguém, nos sentamos no sofá e logo aparece um jovem homem com um copo de água.

— Ah, oi, Millie, sou Robert... Não sei se lembra de mim, sou primo da Jenny.

Ele se senta ao outro lado de minha amiga e me olhando, não lembrava que ele era bonitinho. Vejo o mesmo que está de terno meio cinzento e ele é um pouco alto, acho estudar direito ou já se formou, óculos com um formato que me lembra muito um hexágono só que meio redondo.
O mesmo tem cabelos castanhos curtos e arrepiados para cima, ele não tem barbas e daria uns vinte e sete para ele com esses olhos de avelã.

𝐋𝐒𝐃 𝐰𝐢𝐭𝐡 𝐑𝐃𝐉Onde histórias criam vida. Descubra agora