• capitulo cinco •

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《YO! Voltei galera. Sentiram minha falta? Essa semana foi cheia, e provavelmente ficarei mais dois dias off na próxima semana. Desculpem 🤧. Como estão? Andaram se cuidando? O capítulo de hoje vai ser curtinho, sorry. Boa leitura!》

𖦹𖦹𖦹

Sentia um desconforto no braço. Não, eram dois desconfortos em ambos os braços. Sentia minha garganta seca. Minha barriga parecia dolorida. Abro os olhos lentamente. A claridade faz meus olhos doerem de dentro pra fora. Tento piscar mais algumas vezes, me acostumando a luz ambiente. Estava deitada. Coberta por uma manta. Era um local cinza, meio morto.

Notei que alguém estava sentado próximo à uma fila de cadeiras. Seus cabelos brancos estavam bagunçados. Satoru parecia estar tirando um cochilo. Dava para ver seus longos cílios brancos, pareciam flagelos. Pareciam puros. Algo que contrastava com a personalidade ruim dele. Reviroi os olhos e gemi de dor. Satoru abriu seus olhos lentamente, parecia com muito sono. Ele olhou para mim e sorriu. Pela primeira vez não era um sorriso ladino, nem brincalhão, era um sorriso caloroso. Era aquele tipo de sorriso que tiraria o fôlego de uma pessoa. Bom, nesse caso, quase tirou o meu.

Ele esticou os braços para frente e se espreguiçou, estalando os dedos e o pescoço em seguida. Se levantou e caminhou lentamente até mim — Finalmente, pensei que precisasse beijar a princesa. — diz sarcasticamente e eu acabo por sentir minha boca forma um sorriso. Que referência. — Quando tempo eu apaguei?

Minha voz estava meio fraca, um pouco rouca. Mas dava pro gasto. Satoru se sentou na maca ao meu lado e ficou pensativo. — Uma semana.

Não era tanto tempo assim. Ufa. — E como vocês apareceram por lá? Quem era aquele cara? — as palavras saem da minha boca rapidamente. Satoru presta atenção nelas e faz um som com a boca — Hum, recebemos uma ligação local sobre uma suposta casa meio assombrada, mas senti que algo estava errado e decidi vascular melhor o local — ele fez uma pausa, parecendo lembrar com mais detalhes do ocorrido — Bom, eu deixei pro Suguru fazer. Depois que eu acabei chegando aqui, vi uma pequena maldição que estava  de escolta. Pelo menos deu pra matar ela a tempo de mandar um sinal para aquele xamã. — Satoru gesticulava uma vez ou outra, com um semblante tedioso. Como se aquilo tivesse sido nada complicado pra ele lidar.

— Você quis dizer, o Yukio? — disse ainda tentando digerir que ele era um xamã. — Então esse era o nome dele... — ele pareceu divagar um pouco em seus pensamentos — Deve ser um dos xamãs que não aparecem nas escolas, mas são treinados pela família. — Satoru diz se levantando de onde estava sentado, indo até a minha maca e se sentando na beirada — Então...

Ele pareceu hesitar, mas logo trouxe aquele sorriso que ele sempre carrega em seu rosto. — Já pensou sobre entrar na escola? — ele indaga sorrindo. Eu apenas tinha pensado um pouco, contudo, naquela altura do campeonato, eu tinha que pensar rápido. Agir rápido. Era realmente isso que eu quero para minha vida? Viver em risco? Lutar com coisas que podem te matar com facilidade? Eu não sabia. Eu estava curiosa, queria saber mais sobre a minha avó. Sobre aquele mundo que parecia estar entrelaçado na minha vida sem eu notar. Mas acima de tudo, eu só queria ficar viva.

Eu sei, é egoísta da minha parte. Entretanto, era a verdade. Só queria conseguir me livrar daquelas coisas que ameaçavam a minha vida. Óbvio que a minha percepção sobre poderá mudar, mas por hora, é essa. Essa é a mais sincera razão para eu entrar nesse mundo.

Não morrer.

— Sim — Eu disse depois de alguns minutos — eu pensei muito... — Satoru parecia interessado na minha resposta. Dava para notar a animação naquele par de olhos que, sinceramente, deveriam ser presos por serem lindos demais. Sinto meu rosto corar com a armação na minha cabeça. — S-sim, eu vou entrar na escola.

𝑶𝒕𝒉𝒆𝒓 𝑾𝒐𝒓𝒍𝒅 |ᵍᵒʲᵒᵘ•ˢᵃᵗᵒʳᵘ|Onde histórias criam vida. Descubra agora