Clichê; sukhoon

único.

Eu nunca fui muito chegado à clichês, embora não possa negar que já me peguei em meio à vários. Já tive aquela paixãozinha de fundamental, e mais outra na pré-adolescência. Até meu primeiro beijo foi atrás do muro da escola, numa quinta-feira. Hoje eu sei que nem gostava daquela menina, mas bem, aos 12 anos eu realmente não sabia de muita coisa.

E pra ser bem sincero, continuei levando minha vida assim, sem procurar saber mais do que me era apresentado, tudo meio que na base do empurrão e da conveniência. Era confortável. Estava tudo bem. E se ficasse ruim, bom, eu levantava e seguia.

Posso me gabar de ter nascido num lar respeitador, e gosto de dizer que meus pais me ajudaram a lidar com essa bagunça que me foi jogada tão de repente. Pois na minha vida rotineira, conveniente e confortável, sempre estive à mercer do ditado: " Não se mexe em time que está ganhando. "

E eu nem gosto de futebol.

Mas, você sim.

E você, Choi Hyunsuk, definitivamente tinha outras táticas em mente.

E não demorou muito para que eu entendesse a euforia de um gol nos 45 do segundo tempo, e foi bem quando você sorriu para mim.

Entendesse a vontade de querer explodir fogos de artifício no ar quando me beijou pela primeira vez.

A me sentir conquistando o título nacional quando fodemos no seu quarto cor de berinjela.

A perceber que o êxtase de ganhar a copa não chega nem perto do que sinto em ter você virando do avesso minha cabeça e meus lençóis.

Seu sorriso, seu toque.

Nosso primeiro encontro no cinema.

Nossa primeira briga que terminou em mais uma foda.

Nosso beijo na chuva.

Nosso clichê.

E de todos os que já vivi, você é, e sempre será o meu preferido.