𝐉𝐎𝐆𝐎 𝐎𝐁𝐒𝐄𝐒𝐒𝐈𝐕𝐎, 𝐬𝐮𝐧𝐚 𝐫𝐢𝐧𝐭𝐚𝐫𝐨𝐮

𝓒𝓪𝓹𝓲𝓽𝓾𝓵𝓸 𝓭𝓸𝓲𝓼, 𝓚𝓲𝓵𝓵𝓮𝓻 𝓢𝓬𝓪𝓻𝓵𝓮𝓽𝓽

   A vida da garota mudou completamente após chegar ao Japão, era a cidade do crime por assim dizer, conflitos entre máfias a gangues eram normais, polícia tampouco se importava com isso já que sabia que não poderiam contra eles, drogas entravam e saíam da cidade com uma incrível facilidade era quase normal, exceto por alguns ataques de outras máfias que viravam os caminhões e roubavam as cargas. Kira não era tão burra ao ponto de usar seu nome verdadeiro por isso a primeira coisa que fez quando chegou ao Japão foi arranjar uma identidade falsa, com o nome de Katrina Itsuki, com sua foto, digital e assinatura obviamente.

   Ela usou o dinheiro de Keita para se manter viva e comprar uma casa no bairro mais isolado do centro da cidade que tinha, seu objetivo era uma nova vida e ela estava tentando, mas parece que vida que ela pensava ter no Japão era nada parecido com a realidade. Kira nem cogitou a possibilidade de trabalhar em lojas ou em cafés da cidade, era monótono demais pela sua visão, não era o que desejava.

   Com o passar dos anos ela desenvolveu um trabalho não tanto legal dentro da lei mas haviam muitas coisas ilegais naquela cidade. Seu trabalho era de tudo um pouco, vender equipamentos, matar pessoas quando a grana era boa, vendia quase todo tipo de equipamentos para aqueles que precisavam de revólveres até granadas. Quando lhe pagavam bem o bastante ela aniquilava uma pessoa ou outra, não era de seu interesse saber o motivo de seu recebedor quer ver a pessoa morta, apenas fazia o trabalho sujo.

   Kira nunca se envolvia com outras gangues ou máfias, isso tudo para sua própria sobrevivência pois sabia dos riscos que correria caso tivesse de ter um acerto de contas com eles, provavelmente não seria nada bonito de se ver, por esse motivo se mantinha o mais afastada disso possível.

   Alguns dias atrás, uma mulher a procurou para que tirasse a vida de um homem, um homem que havia estuprado a filha da mulher e queria vingança, Kira concluiu com sua pesquisa já que a mulher não havia falado absolutamente nada sobre o porquê de quere-lo morto. Ela havia oferecido 50 mil ienes a ela que se surpreendeu com o valor e logo aceitou o trabalho, Kira estava de olho no homem a dois longos dias, quase não saia de dentro da cabana, a não ser para comprar comida para sua próxima refeição. Ela observava tudo o que o homem fazia dentro de casa através das câmeras que pediu para um conhecido que lhe devia um favor colocar ao redor da residência do homem.

   Ela passava boa parte dos dois dias sentada na cadeira tomando xícaras de café e observando as atitudes do homem dentro de sua casa, ele abusava sexualmente da própria filha e batia na esposa definitivamente seria melhor para o mundo um criminoso a menos no mundo. Ela sorriu ao pensar que era uma hipócrita por tirar a vida de mais uma pessoa, afinal quem era ela para decidir quem vive e quem morre?

   Ninguém, mas a grana oferecida pelo serviço seria tão boa quanto o gostinho de matar um homem como aquele. Ela viu que ele saía para trabalhar no banco de manhã cedo, mas sempre passava em uma cafeteria antes não tão no centro da cidade, essa era sua brecha para que conseguisse agir e colocar em prática seus serviços.

   Vestiu uma calça jeans preta, coturnos pretos e uma blusa cinza de manga curta que cobria parte de suas coxas, colocou a máscara que sempre usava dentro da mochila preta para que ninguém conseguisse indetifica-la, logo em seguida prendendo o cabelo em um rabo de cavalo para que não atrapalhasse e pegou um rifle com mira já que não pretendia se aproximar muito de seu alvo. Era óbvio que o rifle não era sua única arma, havia uma faca escondida em de seus coturnos juntamente de uma pistola em sua cintura e um canivete em seu bolso de trás da calça logo se dirigiu até um prédio a frente da cafeteira, o homem saia de casa cedo para passar no local, tão cedo que nem estava aberto ainda mas não era exatamente para tomar café que ele ia até lá mas sim para visitar sua amante, dona do lugar.