Capítulo 23

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*Esta obra é uma adaptação autorizada. Todos os créditos são da autora original @LouTommo-Styles.*


– Não é melhor voltarmos? – perguntei preguiçosamente.
Ainda estávamos no escritório, praticamente sem roupas, deitados no sofá, com nossas pernas emaranhadas e corpos suados. E não havia nenhum outro lugar que eu quisesse estar.
– Pra que? Aqui é bem melhor – ele respondeu acariciando as minhas costas.
– Mas e os nossos amigos? – perguntei rindo.
– Eles estão se divertindo do jeito deles e a gente do nosso – Max me puxou e me beijou.
– Eu gosto do jeito que a gente se diverte – eu disse entre os nossos lábios.
– Eu também gosto muito – Maxiin me puxou para seu colo, abraçou a minha cintura e voltou a me beijar – Você não tem ideia do quanto eu gosto disso... De você... Do seu corpo...
– Gosta? – eu rebolei de leve no seu colo.
– Na verdade não gosto – ele falou e eu parei o que estava fazendo. Como assim? Max me puxou e sussurrou no meu ouvido – Eu amo! Amo você inteiro.
– Nunca mais me assuste assim! – eu bati nele e ele riu.
– Tão bobo - ele me provocou.
– Bobo? Vamos ver quem vai ficar com cara de bobo agora – falei rindo, me levantei e coloquei minha camiseta – Vamos Maxiin, temos que nos vestir e descer.
– O que? Tuly – ele falou de forma manhosa – eu estava brincando, vem cá.
– Não – eu escapei das mãos dele – isso é para aprender a não me provocar!
– Não seja mau – ele choramingou.
– Tão bobo – eu me inclinei e o beijei, Maxiin se aproveitou e me puxou pela cintura. Uma de suas mãos foi para os meus cabelos, os segurando e os puxando levemente – eu falei sério, melhor se vestir – disse batendo no seu ombro e ele praguejou. Me levantei rindo, Max começou a se vestir, me xingando, mas se vestiu. – Sabe, você parece um gatinho bravo - falei analisando seu rosto.
– Você não quis dizer "leão"?
– Não, gatinho mesmo – eu confirmei e ele estreitou os olhos.
– Vamos ver quem é o gatinho quando chegarmos na nossa cama – ele me beijou com força, sendo intenso – Vamos logo ou eu não vou te deixar sair daqui.
– Ok – respondi já arrependido.
Nós voltamos para a No Control, Max não soltou a minha cintura e me manteve grudado a ele o tempo todo. A casa noturna continuava energética, as pessoas dançavam como se nunca fossem cansar.
Mesmo que eu soubesse que tínhamos passado bastante tempo no escritório, parecia que nada tinha mudado por ali e isso era muito legal.
– Tudo bem? – Max perguntou. Ele sempre estava preocupado comigo e eu ainda estava me acostumando com ter alguém que realmente se importasse.
– Só admirando o lugar – eu sorri – eu realmente gostei daqui.
– Depois de hoje, eu gosto ainda mais – ele beijou meu pescoço, me dando um arrepio – Que bom que você gosta daqui, a No Control também é sua.
– Mas...
– Tuly, por que você simplesmente não aceita de uma vez? Você é o meu soulmate, qualquer coisa que eu tenha é sua também.
– Max, você construiu praticamente um império, é muita coisa, como você quer eu aceite tudo isso? – eu tentei ser razoável.
– Qual a parte mais importante da sua vida?
– Lin – eu respondi sem hesitar.
– E você me permitiu fazer parte da vida dela, ela até me chama de pai. Você dividiu sua família comigo, mas tem problemas de eu dividir meus negócios com você? – Max falou e eu fiquei sem resposta. Estávamos na parte lateral do bar, mesmo com toda agitação a nossa volta, eu só conseguia prestar atenção nele, principalmente quando ele colocou uma de suas mãos na minha nuca, mantendo nossos rostos a centímetros de distância – Tuly, você dividiu comigo a parte mais importante da sua vida, mas vocês dois se tornaram a mais importante da minha, então dividir os meus negócios é até pequeno.
Ele realmente acreditava que qualquer coisa que fizesse por mim, não seria nada comparado ao que eu tinha feito por ele. O cara tinha salvo a minha vida, literalmente!
– Dinheiro é o mais importante para você ou sua família é? – ele perguntou sério.
– Minha família – eu respondi – ok, eu já entendi. Se o dinheiro não é o mais importante para mim, porque seria para você? – falei e ele riu.
– Exatamente – ele acabou com a distância entre nós e me beijou.
– Você vai sempre fazer isso para encerrar as discussões? – perguntei sorrindo entre seus lábios.
– A ideia é essa – ele sorriu e voltou a me beijar – Vamos para o camarote, porque se formos para a pista de dança e você dançar daquele jeito de novo, dessa vez eu vou te arrastar de volta para aquele escritório e vou fazer jus ao nome desse lugar.
– No control? – eu o provoquei.
Max estreitou os olhos para mim, fingiu que ia me beijar, mas atacou o meu pescoço e deu chupão seguido por uma leve mordida. O que fez minha perna tremer.
– Vamos – ele me puxou de volta para o camarote.
Novamente, aquele mar de gente ia se abrindo quando ele passava. Eu vi pessoas apontarem para mim, cochicharem, mas desviavam quando eu olhava para eles.
Max não se importou de olhar para o lado em momento nenhum, ele não hesitava no seu andar e eu tinha certeza que se não saíssem do seu caminho, ele os atropelaria.
Perto da escada alguém esbarrou um pouco forte no meu braço, quando esse rapaz se virou para mim, seu rosto ficou branco.
– Me perdoe – ele repetia e gaguejava.
– Tudo bem – eu falei para ele.
– Tudo bem mesmo? – Max me perguntou, ignorando o rapaz que parecia que estava prestes a desmaiar de medo.
– Sim, não foi nada – eu disse olhando do rapaz, que respirou aliviado, e Max, que concordou com a cabeça.
– Ok – Maxiin deu de ombros e se virou para o rapaz – Pode ir – falou para o rapaz, que disse vários "obrigados" e sumiu no meio de todo mundo – Acho que quero uma cerveja e você?
– Prefiro um refrigerante – falei rindo da cena que tinha acabado de acontecer.
– Tuly – Gulf gritou quando me viu e veio me abraçar – Você veio aqui, que legal! O que está achando?
– Eu estou gostando muito daqui – eu ri da alegria dele, Gulf parecia um pouco bêbado.
– Muito mesmo – Max disse com um sorriso de canto.
– Estou vendo pelas marcas no seu pescoço – Gulf disse para mim e eu congelei no lugar – Cheerny me convidou para a noite de ômegas, mas ela disse que vai ser só no mês que vem, perto do Natal, porque a Samantha vai vir para cá e aí podemos sair todos juntos.
– Noite de ômegas? – Max perguntou.
– Marcas? – eu perguntei de volta.
– Sim, para as duas coisas – Gulf disse feliz.
– Baby, você já está causando a discórdia? – Mew chegou, abraçando seu ômega.
– Sempre, mas dessa vez foi sem querer, eu juro.
– Tudo bem, não aconteceu nada falei.
– Ainda não aconteceu – Max resmungou mal humorado – noite de ômegas...
Um garçom veio nos atender na hora, Max pediu sua cerveja e eu pedi meu refrigerante. Maxiin nos levou para o sofá que ficava a frente e dava para ver toda a casa noturna.
Ele se sentou e me puxou para seu colo, me prendendo com seus braços e me impedindo de sair dali. Eu ainda estava me acostumando com esse tipo de coisa e ficava um pouco constrangido com esse tipo de demonstração, mas Max não parecia se importar nem um pouco.
Mew se sentou ao lado de Max e eles estavam conversando, Gulf se jogou no colo do seu alfa e não havia nada demais para ninguém. O garçom voltou com nossas bebidas e eu percebi que apenas esse garçom nos atendia. Haviam outros camarotes, mas nenhum possuía um garçom exclusivo.
– Aqui estão senhores Nattapol, senhores Suppasit – o garçom disse ao deixar a bebida na mesinha a nossa frente.
– Obrigado – Mew e eu fomos os únicos a responder.
O garçom estava saindo, quando Max o chamou de volta. O beta, bem mais velho que nós, pareceu ficar um pouco preocupado com a situação.
– Se acalme, você não fez nada de errado – Max falou calmamente – Eu só quero saber se o seu filho, ele estava doente, não é?
– Sim – o beta parecia aliviado – Somboona teve pancreatite, ficou uma semana internado, mas teve alta nesta manhã.
– Se o seu filho teve alta, você deveria ter ficado em casa com ele – Maxiin disse após beber um gole da sua cerveja – tire a semana de folga para ficar com a sua família.
– É muita generosidade, mas eu preciso do máximo de horas extras que eu possa juntar.
– Por quê? – acabei perguntando.
– Somboon tem que fazer um exame semana que vem que custa muito caro e agora que roubaram o carro da Aim...
– Espera – Max o interrompeu – Aim não é a sua filha? Ela foi assaltada e você não nos falou?
– Perdão, foi durante essa semana. Estávamos nos dividindo entre o Hospital Infantil, para ficar com o Somboon, e os outros afazeres. Foi uma semana conturbada.
– Não é desculpa, deveria ter me avisado assim que aconteceu – Max falou bravo. Eu apertei sua mão levemente, desejando que ele se acalmasse, então ele suspirou fundo – Segunda feira você vai até o galpão, leve todas as informações sobre o assalto, vamos resolver isso. Leve seu filho também para que Mew o examine.
– Não esqueça a ficha médica dele, assim já vou me inteirando do assunto – Mew falou tranquilamente enquanto bebia.
– Se a sua filha quiser ir junto, ela já escolhe um dos carros do estoque para usar enquanto não achamos o dela – Gulf disse enquanto dava de ombros.
– Oh... muito obrigado... Eu não sei o que falar, só muito obrigado!
– Não precisa agradecer, só continue trabalhando bem – Maxiin falou – lembre que você vai tirar essa semana de folga e cuide da sua família. Avise Pavel antes de sair, fale para ele que se tiver alguma dúvida é para ele vir falar comigo. Você quer falar ou perguntar algo? – meu alfa falou comigo, me incluindo na conversa.
– Hã, na verdade eu só queria perguntar se vocês tem dinheiro para passar essa semana – eu falei um pouco tímido e Max pareceu interessado na resposta do beta, que estava um pouco envergonhado.
– Sim, temos um pouco – ele respondeu.
– Eu sei que seu filho deve estar com uma dieta restrita, vocês tem dinheiro para comprar todo o necessário para ele e para vocês? – perguntei de novo e o beta ficou mais desconfortável.
– Eu não sei, mas tenho certeza que daremos um jeito e ...
– Três anos trabalhando para mim e ainda não entendeu que é para me falar quando precisar – Max resmungou, então pegou a carteira do seu bolso e se virou para mim – Quanto você acha que precisa? 400 libras está bom?
– Sim, acredito que sim – eu ri da cara de assombro do beta.
– Certo – Maxiin concordou comigo e ofereceu o dinheiro para o beta, que tentou recusar, mas meu alfa deu um olhar sério e foi o suficiente para o beta entender que deveria aceitar o dinheiro – considere isso um bônus ou algo assim. E que isso não se repita, Somporn, se algo acontecer você deve nos avisar imediatamente. Todos vocês tem os números de Pavel, Jennie e Janistar exatamente para isso, ou podem vir falar comigo diretamente, se for muito urgente.
– Sim, eu... – ele parecia não saber o que falar.
– Tudo bem, seu filhote precisava de você, por isso você não conseguiu pensar direito – eu disse o tranquilizando – agora vá e cuide da sua família, aproveitem bem a semana.
– Sim, eu vou – ele sorriu emocionado.
– Quando sair, avise Pavel para mandar um garçom aqui para cima – Max falou e eu olhei feio para ele, então ele revirou os olhos e acrescentou – por favor – o que me fez sorrir.
– Piyaburt! Chame Piyaburt! – Gulf falou empolgado.
– Não mesmo – Mew falou na mesma hora – Você sabe que Benjamin tem ciúmes do Piyaburt com o Nine, pode parar de querer causar intriga! – Gulf cruzou os braços como uma criança birrenta.
– Peça uma ômega ou beta – Max falou.
– Sim senhor – Somporn saiu e eu me virei para Max, ficando de costas para o outro casal que já se beijava fervorosamente.
– Por que uma ômega ou beta? – eu perguntei.
– Você não está com ciúmes, não é? – um sorriso preguiçoso se espalhou pelo rosto do meu alfa.
– Não, é só curiosidade – juro que era.
– Ok – ele riu, então me puxou para mais perto – é porque você está aqui e eu não quero nem um alfa te cobiçando. Eu ainda não cheguei ao meu limite de ciúmes e não estou querendo colocar isso a prova.
– Quer dizer que você não deixará nenhum alfa chegar perto de mim – o provoquei, minha boca a centímetros da sua.
– Claro que vou, só alfas marcados – Maxiin me puxou e me beijou.
Independente de tudo o que tínhamos feito no seu escritório, ele parecia disposto a mais. Aquilo não parecia um beijo, parecia mais como se fosse sexo. Era intenso, eu sabia que meus lábios ficariam inchados, mas quem se importa? Mal nos distanciávamos nem para respirar, não queríamos perder o contato.

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