22 ▪ Becca

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Dia 15

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Dia 15

Nate estava caído no chão. Uma poça de sangue estava se formando na gola da sua camisa. O carro iria trombar em mim, mas no último segundo o tatuado se jogou na frente, me empurrando contra os outros três garotos. Sammy estava me segurando firme, me impedindo de chegar perto do tatuado.

— ME SOLTA! — gritei aos prantos.

Cada vez o moreno me segurava mais firme, de forma a impedir que eu me aproximasse. Eu só conseguia gritar e chorar. Ao redor várias pessoas olhando assustadas e preocupadas. Aquilo não foi um acidente.

— Liguei pra ambulância. — JJ falou chorando e tremendo. — Gilinsky está tentando falar com um médico amigo da família.

JJ veio ao meu encontro e me abraçou. Só assim Sammy me soltou, o que me fez rodear os braços ao redor do loiro e o apertar forte. Nate estava no chão, de olhos fechados. Imóvel. Eu não aguentaria se ele morresse. Não tinha essa opção.

— Por favor... — falei chorando. — me deixa ficar com ele.

— Becca... — Sammy falou calmo. — Não podemos encostar nele.

— Por favor...

Meu corpo perdeu a força e eu comecei a cair em cima do JJ. Sammy passou o braço na minha cintura e, com a ajuda do loiro, fomos até o banco do canteiro central nos sentar. Gilinsky estava perto do corpo do tatuado, impedindo que as pessoas se aproximassem. Eu só conseguia chorar. Não tinha forças para mais nada. Aquilo era culpa minha. Eu tinha certeza que era.

A ambulância chegou, parando todo o trânsito ali. Saíram duas pessoas com uma maca e foram rapidamente de encontro ao tatuado. Eles estavam conversando com o Gilinsky, que aparentava ser o mais calmo entre nós quatro. Eu era a pior, sem sombra de dúvidas.

Depois de pouco tempo, eles entraram de volta na ambulância e Gilinsky foi com eles até o hospital. Eu ainda não sentia minhas pernas e tinha certeza que não era a única. JJ estava desolado, chorando igual um bebê. Sammy estava atônito, ainda sem acreditar no que estava acontecendo.

Os celulares dos garotos apitaram e eles tiraram do bolso para conferir a mensagem.

— Vamos. — Sammy falou enquanto se levantava — Eu tenho o endereço do Hospital.

— Eu não sinto minhas pernas. — falei sem encarar os garotos, tentando conter as lágrimas.

Sammy abaixou o corpo na minha altura, ficando agachado para me encarar.

— Você precisa de alguma coisa? — ele tentou soar calmo, sem mostrar todo seu sofrimento.

Encarei seus olhos, mas não conseguia falar nada. Eu só queria estar com o Nate. Precisava disso.

— Quero ver o Nate. — disse desviando meu olhar.

— Vamos para o hospital... Eu te ajudo. — o moreno respondeu.

Califórnia ▪ Nate MaloleyOnde histórias criam vida. Descubra agora