Capítulo 1

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Boa noite mafiosas, quem aí está ansiosa para mais capítulos do nosso mafioso? 

Como prometi, vamos de capítulo para encerrar o fim de semana com chave de ouro. 


RAF

Semanas depois

— O que anda acontecendo com você Rafaello? Anda disperso. Estou falando com você e não me responde. — Giovani me inquiriu com rispidez.

Sei que estava longe, vivendo meu dilema dentro da minha bolha, ainda não tinha contado sobre a doença de Ali para ninguém e pretendia deixar como estava. Toda a família estava envolvida no problema dele e no que poderia acarretar para todos e para a Camorra. E por mais que estivesse focado em tudo que estava acontecendo comigo ainda me dividia com as tabelas e os caixas, tentando procurar qualquer brecha que a polícia pudesse encontrar e usar contra ele, e felizmente não estava encontrando nada. Confesso que tinha horas que achava que não conseguiria, estava vivendo no meu limite. Nenhum ser humano normal estaria conseguindo seguir em frente com tantos problemas como eu.

— Não é nada Giovani. Só estou cansado, não tenho praticamente dormido, procurando alguma falha minha.

— Ainda bem, por que essa era sua responsabilidade deixar tudo em ordem. — O encarei, não entendendo a forma agressiva como estava me tratando. Entretanto, imagino que deve estar sendo muito difícil para ele enfrentar todo um conselho colado no seu traseiro e junto ainda o FBI querendo sua cabeça, mesmo que isso não fosse motivo para me tratar assim eu o compreendia.

— Tudo bem Giovani — devolvi mostrando que não entraria na mesma frequência na qual ele estava.

Na verdade, eu estava sem ânimo algum para entrar em qualquer discussão.

Ignorando-o, peguei os papéis que ele havia me mostrado e que estavam sobre sua mesa. Me levantei e quando lhe dei as costas, estando prestes a sair da sua sala meu celular tocou. A chamada acusava o número da minha casa. Não esperei estar no privativo da minha sala e sem me importar onde estava atendi.

Receber a ligação da minha casa era mais importante que qualquer um neste momento.

— Arminia, aconteceu algo? — Não perguntei quem era e deduzi. Se fosse a própria Alícia, ela me ligaria do seu celular.

Ali não está se sentindo bem, queixou de falta de ar. Ela está deitada, Pry está ao seu lado. — Tudo em mim congelou no mesmo instante, senti ao meu redor tudo sair de órbita. A doença estava avançando a passos de um maratonista.

Estava indo tudo tão rápido, que mal conseguimos visitar outros médicos e tentar outras opções de tratamento. Toda semana era um sintoma novo. Alícia já estava com início de catarata, sendo controlada por medicações e ainda apresentou disfunção hormonal pancreática. A distonia muscular já estava atingindo os músculos da sua face. E pelo visto agora atingiu o músculo diafragmático.

Estou indo agora. Qualquer coisa chame uma ambulância. Estarei ligando para o médico — designei o que ela deveria fazer caso algo de mais grave acontecesse.

Sentindo minha respiração tentar seguir as batidas do meu coração me dei conta que Giovani estava atrás de mim e apoiava sua mão em um dos meus ombros.

— O que está acontecendo, quem está doente? — Por segundos não respondi, me mantendo calado e desesperado. Eu associava tudo que havia pesquisado e o que havia conversado com o médico dela e isso me dava tão poucas esperanças, que não conseguia expressar quaisquer reações ou responder a outra pessoa que não fosse os meus próprios pensamentos. — Rafaello? — Ele tornou a me chamar.

Rafaello Valentino  - Livro 5 (SEM REVISÃO) Onde histórias criam vida. Descubra agora