Eu ia acordando aos poucos, minha cabeça estava pesada e as coisas que eu via eram diferentes, estava tão macio e tinha uma luz acima de mim, quando finalmente minha cabeça para de girar eu percebo estar em um lugar completamente diferente quando fechei meus olhos e logo tomo coragem para me levantar.
- Que bom que acordou! - Diz alguém ao meu lado.
Quando eu olho para o lado, vejo minha mãe ali, sentada ao meu lado.
- Mãe? - Pergunto confusa.
- Sim querida, sou eu mesma, seu pai já está vindo aqui para te ver! - Diz ela em um tom calmo.
Eu estava tentando entender como eu estava vendo ela ali na minha frente, mas logo percebi que eu estava em uma enfermaria.
- Como eu vim parar aqui? - Pergunto. - Eu estava na floresta quando apaguei, mas depois não lembro mais nada!
- A equipe de Exploração! - Diz ela. - Acharam você caída na beira da trilha, disseram que quando se aproximaram para ver você, você estava com a cabeça sangrando, então deduziram que você caiu e bateu com a cabeça!
- Agora eu lembrei, eu escorreguei na beirada da trilha e caí! - Falo passando a mão na cabeça.
- Mas eu estou tão feliz que você esteja bem minha filha! - Diz ela me dando um abraço apertado. - Você não sabe o quanto eu fiquei rezando para que você estivesse viva, eu estava morrendo de saudade!
- Eu também tive saudade mãe! - Falo devolvendo o abraço.
Eu e minha mãe estávamos curtindo o momento, mas alguém acaba nos interrompendo, era meu pai.
- Você finalmente acordou, não estava aguentando mais! - Diz ele se aproximando de mim.
Ele vem até mim e me dá um abraço mais apertado que o da minha mãe.
- Você falando "finalmente", você me deixou meio confusa! - Falo para ele. - Por quanto tempo fiquei desmaiada?
- Foram só algumas horas, seu pai que está sendo dramático demais! - Diz ela. - Bom, já que está acordada e parece perfeitamente bem, acho que já podemos ir para casa numa boa!
- Sim vamos! - Diz meu pai.
Mais tarde:
- Pode repetir? - Pergunta ele espantado.
- Já repeti três vezes, não vou falar de novo! - Falo para ele.
- Você literalmente pulou um penhasco de quinze metros? - Ele pergunta outra vez.
- Foi por uma questão de sobrevivência! - Falo calmamente.
- Você é louca igual a sua mãe! - Diz ele.
- EU OUVI ISSO! - Grita minha mãe do outro cômodo.
- Mas então, o que aconteceu depois disso? - Ele insistia no assunto.
- Eu lembro que acordei na margem do rio e depois entrei na floresta, eu estava muito vulnerável ali e... - Faço uma pequena pausa ao lembrar de Gordon e Alex. - Foi uma loucura o que aconteceu depois...
Eu ainda estava processando as coisas na minha cabeça, se minha mãe e meu pai quiserem saber de tudo que aconteceu comigo até eu parar naquela trilha, eu teria que acabar contando de Gordon e Alex para eles, mas não sabia se era uma boa ideia, eu estava entre contar a verdade ou inventar alguma história por cima, eu não sabia como iam reagir.
- Está tudo bem querida? - Pergunta minha mãe. - Você ficou quieta e triste de repente!
- Eu vou me deitar um pouco, minha cabeça está doendo um pouco e amanhã a gente continua, eu conto o resto das coisas amanhã! - Falo me levantando da mesa.
- Tudo bem, então boa noite! - Diz meu pai.
- Boa noite! - Respondo a ele.
Saio da cozinha e vou direto ao meu quarto onde eu poderia ficar sozinha com meus pensamentos, eu só tenho até amanhã de manhã para pensar em uma solução dessa história toda. Assim que olho pela janela, vejo a tempestade de neve caindo lá fora e eu fico me perguntando, será que Alex e Gordon estão bem?
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Tropa Dinossauro
PertualanganO que fazer quando dinossauros voltam a vida e querem reivindicar o mundo que já os pertenceu? Iniciada: 30/11/2020 Terminada: 27/06/2021