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Kuroo se mexia na cama, estava com sono mas não conseguia dormir por algum motivo.

Sentia falta de algo ou melhor, alguém ali.

Lembrou -se do rapaz e abriu lentamente os olhos notando que ele não estava ali, olhou ao redor e ele também não estava, sentiu então seu peito apertar.

Desceu as escadas de forma tão frenética que nem colocou uma camisa, ao chegar na sala viu o rapaz  encarando a rua pela janela e suspirou aliviado.

- Oi, por quê não está na cama?  - ele diz gentilmente ao se aproximar do rapaz que sorri pequeno em sua direção

- Tive um sonho ruim, não consegui dormir na cama, tentei dormir no sofá mas também não deu certo. Então eu tô olhando esses pontos de luzes brilhantes. - ele sorriu e kuroo sentiu borboletas no estômago, o garoto era simplismente fofo

- Estrelas. Elas são estrelas, te conto sobre elas depois agora me responda, que tipo de sonho teve? - sentou -se ao lado do rapaz

- Bom, foi uma lembrança na verdade, quando eu tava lá, eles faziam tudo aquilo comigo na c-cama, então eu me senti estranho. Desculpa  - sussurrou a última parte

- Ei, olhe para mim.  - levantou lentamente o rosto do garoto que agora encarava seus olhos escuros  - Não precisa se desculpar, não foi sua culpa e tá tudo bem se sentir assim ok? Quando tudo isso acabar, você vai se sentir melhor então até lá, eu vou cuidar de você.  - ele sorri e por um segundo jurou ver as bochechas vermelhas do mais novo

- Certo, mas agora me diga, o que são estrelas ?

O resto da madrugada foi tranquila, conversaram sobre as estrelas e como elas brilhavam.

Contou também sobre outros fenômenos naturais que achava incrível e ao que parece o rapaz também gostou de saber porém, já estava quase na hora de irem ao escritório.

Enquanto o rapaz tomava banho, Kuroo preparou algo rápido para comerem e em seguida foi tomar um banho, após a refeição foram ao local de trabalho do mais velho.

Quando chegaram ao local, encontraram Akaashi e Bokuto na recepção e logo o rapaz correu abraçando Akaashi fazendo os outros dois sorrirem com a cena, entraram e viram Tendou e Ushijima conversando de forma animada, se cumprimentam e então foram trabalhar, Kageyama não tinha entrado em contato e eles não sabiam de nada sobre o rapaz ou seja, ainda estavam na estaca 0.


[...]


Já era hora do almoço e Tendou se encontrava com uma dor de cabeça terrível, tinha ficado a manhã toda procurando informações em papeis e no sistema digital sobre o garoto mas ainda não tinha nada sobre ele.

Enquanto comiam, conversaram sobre coisas aleatórias do dia a dia e então um estalo veio na mente de Bokuto, o rapaz não tinha nome registrado mas porque não deram um nome a ele?

- Gente, qual o nome dele? - apontou para o menino que encarou ele confuso

- Não sabemos gênio, por que? - Tendou disse

- Por quê não damos um nome a ele? Ficar chamando ele de 1102 não é legal!  - fez um biquinho adorável enquanto cruzava os braços

- Ele tem razão, vemos isso mais tarde.  - Akaashi sorriu de forma doce

- Vamos bebé, sigue comiendo, sí?  - Kuroo disse com uma voz um tanto quanto sexy para os demais presentes, claro que o garoto achou diferente mas não sabia explicar direito o que sentiu

- O -o que? Eu não  entendi.  - Ele disse corando

- Kuroo fala em outros idiomas as vezes, eu acho que é porque ele é meio doido.  - Tendou disse vendo o moreno o encarar de forma mortal

- Ah, e em qual idioma você falou agora?  - ele pergunta animado

- Espanhol, te ensino umas palavras depois, agora coma ok? - disse sorrindo e o garoto voltou a comer animado

Era estranho ver kuroo assim, não que ele fosse alguém ruim mas geralmente não era gentil com pessoas que não conhecia e muito menos com quem era envolvido em seu trabalho.

Estranho, muito estranho.

[...]

- Vamos, preciso que tire a camisa para limpar e passar pomada nos ferimentos. - Kuroo disse enquanto colocava uma luva

- Mas você vai me ver... assim?  - o rapaz olha para baixo

- Sim, algum problema?  - ele pergunta levantando a sobrancelha

- V-você vai me achar ainda mais feio assim, posso tentar fazer sozinho e... - não terminou de falar pois kuroo o interrompeu.

Ele selou seus lábios de forma gentil e rápido aos do garoto

- Você não é feio e nunca vai ser, não repita isso por favor. Eu não me importo com suas marcas, então me deixe cuida de você, eu prometi fazer isso não foi?  -sorriu fazendo carinho na bochecha do garoto

- C-certo.

Rapidamente ele tirou a camisa azul que usava e deixou o corpo -nem tão- magro a mostra, sentiu o látex da luva em sua  pele e arrepiou logo sentiu também o álcool ser passado e em seguida, a pomada.

Ao terminar colocou a camisa de forma rápida, como olharia para kuroo agora?

Estava nervoso.

Não entendia bem o porque disso, sempre que beijou alguém era por ser forçado, dessa vez foi diferente mas por quê?

O rapaz não planejava aquilo, não fora forçado, claro, mas não imaginou tal coisa.

Não agora.

Kuroo notando a confusão do garoto sorriu para ele e segurou sua mão  o fazendo sentar na cama ao seu lado, o rapaz ainda não olhava para ele e ele estava achando aquilo bem fofo.

- Sabe, você gostou da ideia de ter um nome ? - ele pergunta

- Sim, eu queria ter um nome  - ele sorriu

- Quer que o Akaashi escolha?

- Você. Se você escolher, sei que vou g-gostar.  - ele corou de novo

- Certo, sabe você me lembra um gatinho de pelúcia que eu tinha, o nome dele era kenma. Ele foi a coisa mais preciosa pra mim durante muito tempo, o que acha? Gosta de kenma?  - ele fazia carinho nos cabelos alheios

- Kenma, é bonito. Gostei  - o menino sorriu novamente

- Certo, então a partir de hoje você é kenma tudo bem? 

- Sim, obrigatórios tudo kuroo  - surpreendente o rapaz pulou nele e o abraçou tendo sua cintura segurada pelos braços fortes de kuroo

Kenma se sentia seguro e se sentia em casa finalmente.

Mas a calmaria iria passar em breve e então, a tempestade iria começar.

O desconhecido  - Kuroken [ Em correção ]Onde histórias criam vida. Descubra agora