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Já era tarde da noite quando Kuroo confirmou que o garoto dormia bem, pegou o telefone e foi até a cozinha.

Ele precisava falar com Ushijima o mais rápido possível, na nuca do garoto tinha uma marca que aparentemente ninguém viu, ele precisava saber mais sobre aquilo.

"Ushi, me desculpe a hora, mas amanhã leve Tendou à prefeitura para ver os registros dos nomes lá. Quero que busquem informações sobre a família Kozume." [03:56 AM]

[...]

Quando amanheceu, fizeram a mesma rotina de sempre e ao chegarem no local de trabalho como sempre kenma foi com Akaashi, o rapaz ainda estava meio tímido depois do beijo e, Tetsurou deveria admitir que também estava, mas isso não importava.

Não agora.

Estava tudo normal, até que seu celular vibrou em sua mesa e o nome de Tendou brilhou na tela, rapidamente o moreno foi ler a mensagem

"Achamos um registro mas é muito estranho, digo é uma coincidência enorme" [10:25 AM]

"Achamos uma família chamada Kozume, a mulher tinha um filho, porém ele e o homem estão mortos."
[10:25 AM]

"
O corpo do filho nunca foi achado, foi um acidente de carro. Eles caíram no rio mas a mulher conseguiu sair a tempo. O nome do bebê era Kozume."
[10:26 AM]

"Kenma Kozume" [10:26 AM]

Kuroo gelou, céus o garoto era o kenma? O seu kenma? Era possível ele ter dado justamente o mesmo nome ao rapaz?

Tirou esses pensamentos da mente quando o mais novo entrou sem jeito em sua sala, sentou na sua frente e encarou o moreno

- Precisa de algo kenma?

- V-você acha que devo deixar meu cabelo crescer ? - ele olhou para baixo vermelho, o moreno não entendeu bem

- Por que? Não gosta dele assim? - sorriu gentil

- Gosto, mas Akaashi disse que v-você gosta de pessoas com cabelo cumprido, então... - cobriu o rosto com vergonha ao ver o sorriso que o outro lhe lançava

- Não precisa fazer isso, mas acho que ficaria ainda mais lindo com ele cumprido kenma.

Seu telefone tocou.

- Oi kuroo, sou eu. Preciso que a minha casa hoje a noite e leve roupas que caibam em alguém de 1.60 de altura. Preciso da sua ajuda em um caso também, e sim você pode levar o número 1102.


Desligou.

Finalmente Kageyama deu um sinal de vida e sentia que agora estavam dando passos na decoração correta.

[...]


- Preciso falar com você. - Bokuto disse chegando perto do chefe e sentando a sua frente - Descobri algo, a família Kozume de fato existiu e era bem conhecida. A matriarca era dona de uma fábrica de brinquedos, ela se chama Sami Kozume e pasme, era a empresa que fabricava aqueles gatinhos de pelúcia, igual ao que você tinha. - Bokuto fala enquanto cruzava os braços

- O que? Onde ela está agora? - Kuroo estava abismado, céus tudo parecia destinado a ligar eles

- Ninguém sabe, após a morte do filho e do marido ela sumiu. Ela simplesmente parou de aparecer em público e teve sua mansão queimada. O que explicaria o registro do garoto não existir.

- Isso não faz sentido, mas e se a morte do Kenma foi planejada desde o início? Pensa comigo, ele "morreu" e ninguém achou o corpo, não se tem registro dele, ele ficava em um lugar "escondido" com uma madame que é cuidadosa com ele. E se sua teoria sobre a família estiver certa? Meu deus. - o moreno levantou e começou a andar de um lado para outro na sala

- Isso explicaria o incêndio, nunca pegaram o culpado porque só acharam o DNA dela e da família na casa. - Bokuto completa de forma calma

- Mas quem faria isso? - Kuroo se pergunta em voz alta

- A própria mãe dele. Veja, a mulher saiu do carro no rio e não pegou o filho que ainda era criança? E como ela ficou viva se estava no banco da frente? O vidro estava totalmente emperrado, não tinha como abrir a janela e sair. - Bokuto termina

- Mas e a pessoa na van com doces? Como isso se encaixa ? - o moreno completa frustrado

- Distração. Ele disse que não lembra de nada após entrar na van, e se na verdade ela forjou um sequestro e em seguida usou o marido para levar o garoto ao hospital do outro lado da cidade, então ela poderia cortar alguns fios e fazer o carro perder o controle, o garoto já estava desacordado então não choraria caso o carro entrasse na água, ela pode ter saido da água junto com ele e entregado ele a algum capanga. - Bokuto completa de forma rápida e olha o amigo que encarava ele espantado - Que foi?

- Caralho, de lerdo você só tem a cara né? - ele sorriu orgulhoso - Faz sentido, bem mais do que eu queria. Isso explicaria o cuidado com ele. - ele concluí com exatidão

[...]


Kuroo estava com Kenma no carro, o garoto estava confuso e totalmente perdido, não sabia o porquê de estar saindo a noite com o homem mas se sentia seguro, estava com kuroo afinal.

Chegando em uma casa grande e iluminada, saíram no carro e kenma sente a mão de kuroo segurar a sua passando confiança, enquanto sorriu para o mais velho eles começaram a andar.

- Kenma, não se assuste ok? Ele pode parecer assustador mas garanto que é um amigo. - o moreno diz antes de abrir a porta

- Olá kuroo, chegou bem na hora. - Kageyama fala de forma calma

- Olá Tobio, esse é o kenma, Kenma esse é meu quase amigo, Kageyama. - Kuroo fala sorrindo para o mais novo que segura a barra de sua camisa

- Ouvi muito sobre você, fique calmo está seguro aqui. Aliás, tem alguém que quer te ver. - ele fala indo em direção a escada - Nana piccolo venha aqui por favor. - logo um rapaz ruivo e quase do tamanho de kenma aparece

Ambos se abraçam felizes o que fez com que os mais velhos sorriem juntos também ao ver a cena.

- Nana, leve seu amigo para a mesa de jantar e eu e o kuroo já estamos indo certo? - disse de forma doce ao rapaz que corou e fez o que lhe foi pedido

- O que você descobriu? - o moreno pergunta

- É muita informação para hoje, mas por enquanto quero que saiba algo, o número... - foi interrompido

- Kenma, o nome dele é kenma. - Kuroo corrigiu

- Certo, o Kenma era considerado uma mercadoria valiosa e exclusiva lá. Ele ficava junto dos capangas da madame quase o tempo todo, nana disse que as vezes eles ficavam dias sem se ver. - Tobio disse baixo para que os meninos não escutassem

- Lá onde?

- No subsolo, eles eram mantidos em uma "cidade" subterrânea.

- Qual é o plano? - Kuroo perguntou determinado

- Por hora, vamos esperar. Preciso que Oikawa traga o que eu pedi. - disse ele calmo enquanto suspirava - Eu pretendo libertar as crianças e acabar com a vida de quem machucou o Hinata. - disse sério antes de seguir até a mesa de jantar

**

Notas da autora: olá pessoal, fico muito feliz em ver toda a animação de vocês em relação a essa história, obrigada de verdade! Tivemos atualização mais cedo porque eu tenho uns trabalhos para fazer então melhor prevenir kkklkk, perdão por qualquer erro!

Piccolo: pequeno ou pequenino em italiano

O desconhecido  - Kuroken [ Em correção ]Onde histórias criam vida. Descubra agora