Esfrego meu rosto limpando a única lágrima que me escapou e impedindo outras de caírem.
Faço o caminho de volta aos dormitórios. Estou quase chegando na escadaria que leva ao segundo andar do primeiro prédio quando meu braço é brutalmente puxado por algum infeliz.
― Você é muito gatinho, sabia? ― sou girado para trás.
Meu corpo se choca contra outro de porte bem mais forte que eu, ao que fico cara a cara com um rapaz alto e de olhos escuros.
― Ficou louco! Quem é você? ― rosno tentando me desvencilhar dele.
― Você é novo aqui, não é? ― pergunta ignorando a minha pergunta, seu bafo de cachaça soprando no meu rosto me deixa enjoado, viro o rosto.
Eu consigo sentir o hálito desse garoto até de longe. meu Subconsciente aparece fazendo uma careta de desgosto.
Acho que esse é um cheiro que está impregnado na minha memória por causa dos velhos tempos.
― Nunca vi seu rostinho lindo por aqui. ― passeia com os dedos pela minha bochecha, me causando repulsa ― Soube que havia chego um novato no colégio, mas não imaginava ser tão gostoso quanto você.
― Da para me soltar?! Ou eu vou ter que socar sua cara feia? ― o fuzilo perdendo a paciência, o restinho que ainda me resta.
O garoto dá risada como se eu tivesse dito a coisa mais engraçada do mundo. Me solta dando um passo para trás com as mãos para cima, em sinal de rendição. Me movo de modo que eu possa continuar meu caminho até a escada, mas mais uma vez ele me detém.
― Espera um pouco!
― Qual é o seu problema? ― puxo meu pulso ― Me deixa em paz, merda... Eu não te conheço e nem pretendo conhecer. Agora cai fora. ― e o empurrando para longe de mim.
Consigo subir as escadas correndo até o corredor do primeiro andar dos dormitórios. Porém, para meu azar o menino me segue.
O que é que esse garoto quer comigo? Que droga!
Nos deixe em paz, porra! meu Subconsciente se manifesta novamente, gritando em minha cabeça.
Ele não pode te ouvir, se esqueceu? resmungo de volta Apenas eu, seu doido.
Então manda esse energúmeno ficar longe de nós, droga! retruca nervosamente Não gosto do tipinho dele. Traz memórias ruins a tona.
Apresso meus passos, e o rapaz bêbado faz o mesmo conseguindo me alcançar mais uma vez.
― Eu me chamo Seo Kangjoon. ― se apresenta mesmo depois do que falei ― Qual é o seu nome, gatinho?
― Não te interessa. Cai fora!
Bufo apertando meus passos novamente.
― Não adianta correr de mim. ― ele solta uma risada, está apenas a um passo de mim.
― Some da minha frente agora ― paro de repente me virando para encará-lo ― antes que eu realmente soque sua cara.
― Eu gostei da sua valentia, gatinho marrento. ― comenta aproximando seu rosto do meu.
― Você é surdo ou estúpido, garoto? A bebida afetou sua capacidade de ouvir, foi isso? ― questiono irritado, me afastando rapidamente de seu corpo.
Kangjoon solta uma terceira risada, bem mais alta dessa vez.
Mas que menino escandaloso e mais sem noção... meu Subconsciente se faz presente mais uma vez com sua habitual cara de quem não está gostando da situação Por que não mete logo uma mãozada na cara dele e acaba com isso? Se isso acontecesse em outros tempos, já teria espancado esse doente.
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Colegas de Quarto {Vmin}
Fiksi PenggemarO pai de Park Jimin não vendo solução, coloca o filho no Internato Vinci, o melhor colégio de elite de Busan, na esperança dele tomar jeito. No novo colégio, Jimin conhece um grupo de garotos, os quais parecem dispostos a serem seus amigos. Porém...