Paraiso ao lado de um louco

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Chegamos no carro e ele me amarrou no cinto. Eu jurava que ele me vendaria, mas nada, mesmo que lê falando que não me mataria, eu estava com medo . O único motivo de deixar os reféns ver as coisas é que ela n vai durar pra contar para ninguém.
Como se lesse meu pensamento, ele disse:

— Não te vendei pq n tem motivo de vc n ver para onde estamos indo, já que lá vai ser seu novo lar! — Eu realmente estava com medo

Andamos por horas, até que ele parou em um posto de gasolina quase deserto. Mas ainda tinha chances de fugir.

— Nem pense em conversar com ninguém. Não esqueça que eu posso matar o seu amorzinho a qualquer momento— Disse com um tom de nojo e desprezo.

E lá se vai a minha chance de fugir. Não vou arriscar a vida do Lucas assim.

— Preciso ir no banheiro Luan

— Que merda Ana Clara — Ele pensou — Se você tentar fugir já sabe né!? Adeus Luquinhas

— Eu não vou tentar nada! Já entendi, não precisa ficar repetindo toda hora!

Entrei no banheiro e torço para ter alguém lá. Precisava arrumar um jeito de avisar onde eu estava, mesmo sem conversar com ninguém.
Uma moça saiu da cabine e eu fui pedir uma caneta para ela.

— Moça será que você teria uma caneta para me emprestar?

— Tenho sim! Aqui. — Disse me entregando a caneta.

— Obrigada!

Corri para dentro de uma cabine e escrevi no papel higiênico, que eu estava bem e para que rumo estávamos indo. Então sai do banheiro, depois de entregar a caneta para a mulher.

— Podemos ir embora ou você quer mais alguma coisa? — O Luan disse bravo.

— O que eu quero você não vai me dar, então não.

— Que bom que você está começando a entender Ana. Você é minha agora!

Eu tinha que segurar muito para não fazer cara de nojo. Alguém teria que me achar logo, antes que o doido do Luan fizesse alguma coisa comigo.

— Você poderia me falar para onde vamos?

— Calma meu amor! Quero te fazer uma surpresa. Tenho certeza que você vai amar.

— Eu também tenho, pode ter certeza. — Disse num tom de sarcasmo.

— Cuidado Aninha, quem fala de mais acaba perdendo a língua.

Entramos no carro e ele começou a dirigir. O trajeto durou duas horas mais ou menos, até que chegamos em uma estrada de chão, bem deserta. Mesmo não querendo tive que admitir, a estrada era linda, de cada lado tinha Campos de flores variadas. Meus olhos se encheram de cor e alegria e me arrisquei até em dar um sorrisinho. Que se fechou, assim que eu ouvi.

— Sabia que você iria gostar Ana. Bem vindo ao seu novo lar!

Mais meia hora de viagem e chegamos em uma casa muito linda. Era no estilo daquelas de filme, cheia de flores crescendo pelas paredes e só de olhar dava para ver que era muito aconchegante. Infelizmente a companhia estragava tudo.

Apaixonada pelo irmão do meu amigo Onde histórias criam vida. Descubra agora