- O Homem Negro -

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CAPÍTULO QUATRO

Tudo a minha volta ficou estranho, eu senti calafrios quando meu próprio irmão disse aquilo.
eu fiquei com medo.

O que eu iria fazer como uma irmã mais velha?, O que eu poderia fazer?.
Não posso defender meu irmão de assombrações, não posso.
Todas essas perguntas e dúvidas vinham na minha mente como um caminhão em alta velocidade em uma pista deserta.

__ espera que eu to indo abrir a porta para você -- digo murmurando

Eu sentei na minha cadeira, e percebi que não podia contar sobre o que era, mesmo eu sabendo que era algo maligno.
Eu devia mentir.

Eu tinha que dizer que ele apenas sonhou, ou o escuro fez ele ver coisas que não existe.
Mas não era verdade.

Fui em direção a porta e consegui ouvir a respiração de Lucas, estava muito alta.

__ vem entra -- Lucas entrou

Dava pra ver nos olhos dele o medo que ele estava sentindo.

__ eu não quero voltar para lá nanda. -- diz Lucas com uma voz triste

__ o que você realmente viu lucas?.

__ eu vi um homem com chifres e olhos vermelhos, ele estava me olhando com um grande sorriso no rosto, o dente dele... O dente dele... Era afiado, e ele tinha garras nas mãos, ele ficava na parte mais escura do quarto, e uma velha tava atrás dele, ela me olhava com os olhos arregalados e seu cabelo branco arrepiados.

Eu ouvi cada palavra que lucas tinha dito, e não queria acreditar.
Se eu não tivesse visto a mesma velha, com certeza eu não acreditaria.

__ vem, eu te deixo dormir no meu quarto, mas primeiro iremos lá, para ter certeza se tem alguma coisa lá.

Lucas olhou para mim com uma cara de assustado.
tava na cara que ele não queria ir.

__ Eu não vou nanda. -- lucas se senta na minha cama -- Eu não quero ir lá nem morto

__ então eu vou e você fica, ta bom?

__ mas porque você vai ir lá?, Não tem motivo -- Lucas tenta me convencer de ir.

__ ir lá e vê que não tem nada vai me convencer que você irá dormir bem, ta ok? -- lucas balança a cabeça positivamente para mim

Eu me virei e fui em direção a porta do meu quarto com um receio tão grande que pensei sentir minhas pernas tremerem.
Mas continuei.

Tinha que passar por um corredor longo e escuro até chegar ao meu destino, dei uma boa olhada, e continuei a arrastar minha velha cadeira até o local.

Primeiro passei pelo quarto de minha mãe que ficava a minha direita, e o quarto de lucas ficava no final.

Ninguém sabia que haveria uma coisa maligna nesta casa, por isso colocamos o lucas no último quarto.

Dava para ver a porta do quarto meio aberta, que na pressa de ir ao meu encontro, Lucas nem se preocupou em fecha-la.

A luz da lua refletia sobre a pequena abertura e então eu a empurrei, e não encontrei nada.

Apenas o canto escuro perto do armário de Lucas, e o resto tudo clareado pela lua onde a luz passa pela janela.
Até que escutei um barulho no armário.

Não queria saber o que era então comecei a andar para trás e puxei a porta.
Até que minha cadeira se bateu em algo atrás de mim.

Me virei rapidamente e vi que era minha mãe, mais uma vez um alívio ecoou pelo meu corpo.

__ o que está fazendo aqui? -- perguntou minha mãe com um voz de sono

__ o... O lucas disse que viu algo no quarto e foi dormir no meu, e eu vim aqui para fechar a porta. -- disse com a voz baixinha

__ porque ele não foi para o meu quarto? -- minha mãe retrucou

__ acho que por causa da sua pequena briga com o papai. ele não queria pertuba-la -- terminei de trancar a porta e me virei para ir pro meu quarto.

__ durmam bem. -- disse minha mãe indo até o seu quarto.

Quando cheguei no meu encontrei lucas no canto do meu quarto me esperando, ele estava abaixado e estava vestindo seu pijama azul.

__ lucas? -- o chamei

__ você demorou -- disse ele com uma voz baixa -- eu fiquei com medo

__ eu encontrei a mamãe no caminho, vem, vamos se deitar na cama. -- o chamei e ele veio até mim coçando seus olhos cansados de sono.

__ antes de irmos dormir... eu tenho que te contar algo... -- lucas se sentou na cama.

__ o que? -- perguntei

__ eu entrei no porão antes de você ter me achado lá junto com o thor.

__ Lucas o que você fez? -- reclamei com ele em um tom baixo para minha mãe não poder nós ouvir -- eu te disse para não entrar lá.

__ é o mesmo que dizer para um coelho não comer uma cenoura, eu estava curioso nanda, eu achei que seria legal entrar la para ver o que tinha. -- disse lucas com a cabeça baixa arrependido -- e eu encontrei apenas um livro e uma faca.

__ merda Lucas, que merda -- retruquei -- você não devia... Merda

__ me desculpa nanda -- Lucas diz triste.

__ amanhã nós conversamos sobre isso, vem vamos dormir.

Nos deitamos na cama para uma longa noite de sono, olhei no meu celular e a hora ja passava das 2h da manhã...

Continua...

DemónioOnde histórias criam vida. Descubra agora