Capítulo único.

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Minho estava escorado na porta de seu carro. Um carro que teria seus dias contados se não fosse pelo pai mecânico. Justamente por ser um carro mais antigo, precisava de reparos e manutenção constantemente.

Mas isso não incomodava o Lee de forma alguma. Principalmente porque era apaixonado por coisas antigas, mesmo em tempos modernos.

Agora, na calçada da praia grande e calma, ele esperava uma pessoa importante. E, enquanto esperava, arrumava os óculos escuros no rosto com uma mão enquanto a outra estava segurando o celular dentro do bolso da bermuda larga, porém ajustada na cintura.

Mas o calor que fazia era tanto, que Minho se sentiu na obrigação de retirar a camiseta amarela e joga-la por cima do ombro. E seu tronco suado e definido ficou à mostra, para a felicidade de muitos.

Se sentia levemente incomodado com tantas garotas —e garotos— lhe olhando sem pudor algum. Lhe comendo com os olhos.

E foi observando o mar calmo, sentindo a brisa, sendo aquecido pelo sol forte —que desejava atravessar a camada de protetor solar da pele amorenada— e sendo observado poe várias pessoas, que ele avistou a quem esperava.

— Me atrasei? — O mencionado perguntou, ofegando um pouco pela pouca corrida, sorrindo pequeno assim que seus olhos se encontraram.

— Sungie, você pode se atrasar por meses e eu não vou me importar. — Aproximou-se do outro, o puxando pela cintura e selando levemente os lábios por alguns momentos. O dito cujo apoiou as mãos em seus braços firmes e sorriu novamente.

E ali estava a pessoa dos seus sonhos. Han Jisung.

Um jovem que havia encantado Lee Minho que, apesar de mais velho, se distraía ainda mais fácil pelas coisas bobas da vida, —mesmo que não demonstrasse—.

Foi no sorriso brilhante do mais novo, nas bochechas gordinhas, no humor estranho, nos cabelos dourados (que ficavam misteriosamente sedosos mesmo depois de muitas horas de surf ou mergulhos na água salgada da praia), que Lee Minho se perdeu.

— Vai surfar hoje?

— Eu ia, mas decidi passar o dia nadando com você e aproveitando o clima de hoje! — Jisung respondeu, com um sorriso aberto, e selou a pontinha do nariz do garoto mais velho.

E ele sorriu largo. Completamente bobo.

Minho certificou-se de trancar o carro rebaixado novamente, antes de colocar sua mochila nas costas e ser arrastado pelo —quase— namorado em direção ao mar.

Armaram um guarda-sol por ali e colocaram suas coisas na recém formada sombra.

Han tirou sua camiseta floral e permitiu-se ficar apenas com a bermuda de tecido suave preta. E Minho não pôde evitar de observar atentamente o corpo magro e quase tão definido quanto o seu próprio.

Mas Jisung era pequeno. Jisung sempre caberia em seu bolso.

Tão facilmente quanto coube em seu coração.

— Vamos, hyung! A água está ótima hoje. — O mais baixo puxou o mais velho e foram correndo em direção àquela imensidão azul, fresca e salgada. Minho riu fraco por conta da empolgação do mais novo, feliz por ele estar animado em passar uma tarde consigo.

O loiro parecia ter uma ligação especial com o mar. E isso era notável quando ele surfava.

Não sabem quanto tempo ficaram ali. Jogando água um no outro, mergulhando nas ondas baixas e se abraçando por baixo da água em lugares que não "davam pé".

Jisung também teve que lidar com seus ciúmes, quando algumas garotas criavam coragem o suficiente para encarar Minho e jogar cantadas baratas para ele. Mas o mais velho apenas ignorava, abraçava Jisung por trás e beijava sua nuca com os lábios macios. E o mais novo sorria vitorioso.

Beach ☆ (minsung)Onde histórias criam vida. Descubra agora