1ª - Renascer

375 21 0
                                    

Algumas histórias sempre tem seus finais, trágicos ou felizes, algumas histórias sempre tem um ponto, um personagem marcante, algo a prende você aqui. A noite está fria e iluminada pela lua, algumas horas atrás o cachorro de Gab, o cerberus saiu correndo de onde seu dono foi morto ao lado de seus pais... E agora ele procura pelo seu dono.

-- AQUI É UM BOM LUGAR. - Disse Baltazar colocando a pá no chão.

-- Tem certeza que não quer queimá-lo ou jogá-lo no Rio?

-- Eu disse que AQUI É UM BOM LUGAR, AGORA CAVEM. - Disse ele irritado, entao os soldados começam a cavar para ali ser a sepultura de Gab, diferente dos pais Gab foi mantido "intacto" seu mãe foi morta e cremado até que coubesse um jarro, seu pai for esquartejado e teve suas partes expostas para todos verem como a igreja tratava eresia.

-- Já está pronto senhor. - Disse o Soldado com o corpo de Gab perto do buraco. Baltazar suspirou se aproxima do é se abaixando, ele tirou o pano que cobria o rosto de seu amado vendo sua pele pálida e sem brilho, sua boca era roxa e não mais rosada.

-- Não peço que me dê seu perdão... Pois o que fiz a você não tem isso, doce Gab você foi o melhor de todos nesse anos que ocorreu e foi assim que eu o retribui com a sua morte e seu esquecimento, porém saiba, meu doce anjo que não terá sequer um dia que eu não lembrarei de você... Então aqui está o seu lugar de descanso, a floresta com vista pro mar e pro Horizonte... Eu realmente espero a goste meu amor. - Ele suspirou e deu sinal para que os outros o e terrasse e assim pouco a pouco o lençol dourado foi sendo apagado pelo marron da terra molhada e o túmulo foi selado e sobre o monte duas ores foram colocadas.

-- Já está tudo pronto senhor. - Disse o outro soldado pegando as pás.

-- Esperem aí. - Disse Baltazar olhando para a floresta e vendo olhos os observando. Ele se aproximou lentamente e o animal rosnava feroz até que Baltazar percebeu que era o cachorro de Gab. -- Ahh olá. - Disse ele mais o animal não queria papo e muito menos a companhia dele ali. Cerberus rosnava feroz mostrando os dentes para eles e os fazendo recuar.

— Senhor vamos embora. - Disparou o soldado.

— Cuide dele. - Essas foram as últimas palavras que Baltazar disse antes de subir no cavalo e sair dali, Cerberus como um familiar e cachorro fiel sentou ao lado do túmulo do dono e ficou olhando para o monte de terra, ele começou a chorar sobre o tímido do amigo perdido e cavando com as patas... Cerberus começou a ficar agitado cavando toda a terra e aos poucos reabrindo o túmulo do dono, até que ele achou o corpo. Com toda força ele tentou tirar do buraco mais não deu certo só conseguiu rasga o pano deixando o rosto do dono exposto, o amigo começou a lambê-lo para tentar anima-lo mais nada de resposta então ele pulava sobre o dono na intenção de chamar atenção mais também nada aconteceu... então ele rodou alguns segundos e se deitou ao lado do corpo frio e sem vida de Gab....

A noite era linda a lua iluminava o céu e o chão a água corria para o penhasco e caia direto no mar, ali era um bom lugar de descanso a floresta tinha vida ativa animais passeavam pelo local e pássaros retornavam para seus ninhos cansados se aconchegando assim como Cerberus fez ao lado do dono. Então sobre o horizonte a luz dourada feita pelo fogo quebrava a luas da lua, se misturando entre elas e se aproximando lentamente do recente túmulo fechado e aberto de Gabriel... a luz carregada por alguém se aproximou da beira lentamente olhando para o cachorro alado e para o corpo do jovem ali e então sua mão foi levantada sobre o túmulo e sumiu levando sua luz consigo e deixando a luz da lua reinar.

Mais algo estava diferente... o corpo antes frio agora estava morno, os lábios antes roxos agora estavam ficando rosados, os olhos parados sobre as pálpebras agora se agitavam e então com um susto Gab puxou o fôlego rápido se sentando na força, rasgando o tecido frágil e sendo recebido por Cerberus com lambidas de amor e carinho.

— Hahahaha calma ai Cerberus. - Disse Gaab rindo acariciando o amigo que não ficava quieto. — Ahhh. - então como uma lembrança ruim Gab relembrou do acontecido e deixou a recepção de lado e deu lugar as lágrimas dolorosas e tristes deixando elas molhar o tecido e as vezes o pelo do doce amigo. Cerberus se sentou no chão observando Gab com cuidado e vendo o mesmo cobrir o rosto deixando apenas as lágrimas escaparem pelas mãos, Cerberus se aproximou lambendo sua rosto tentando animar o amigo mais foi abraçado e sentiu seu pelagem molhada pelas lágrimas.

— Ele... Meus pais Cerberus... minha vida... - Gabriel chorava como uma criança que tinha perdido o brinquedo amado, então como uma luz a lua com seus raios brancos sobre a floresta e o vento gélido com a neblina, Ele parou de chorar e olhou para os céus e agradeceu a vista maravilhosa que tinha, a lua, as estrelas, e as árvores imponentes. Mais algo estava diferente sentando no chão sem roupas com frio e com o rosto sujo de terra e água salgada de suas lágrimas... o amor que Gab tinha o preciso e amado amor que tinha em seu peito estava sendo corrompido pela sua dor, a tremenda dor pela perda de tudo. Ele ficou de pé cravejando suas mãos na terra e saindo dali e com um pouco de terra fez uma escada para Cerberus subir e antes do seu primeiro passa sua pernas falharam fazendo ele cair no chão e deixar uma preciosa lágrimas cair. Ele não sabia o que seria de agora em diante, era somente ele é seu cachorro, um mestiço, um órfão, sem dote ou propriedades, sem fortuna ou sem esperança.

Mais diferente dos outros humanos Gab era visto como um ser doce e amável então na neblina escura surge um cavalo selvagem com sua pelagem negra como a noite, uma crina lisa e brilhante como a água do mar refletindo as estrelas.

— Oi. - Gab mesmo com dor e triste ainda tinha amor nele, rindo e chorando a mesmo tempo o cavalo parou perto de Gab e o ajudou a ficar de pé. Então os três caminharam, Gab saiu do seu túmulo e seguiu floresta a dentro lentamente se cobrindo com um pano de seda branco e dourado sujo e rasgado, não era suficiente para seu corpo que mesmo pequeno já tinha suas curvas e beleza. — Aguaaa. - Ele saiu de perto do cavalo e foi andando mancando até a fonte que brotava das raizes das árvores, ele se sentou no chão e bebeu o líquido preciso e por um momento o alívio da água o fez esquecer a dor intensa, ele olhava para a água e o caminho a seguia lavou seu rosto delicadamente esfregando seus olhos e as manchas de terra e então quando sentiu-se pronto ele ficou de pé. Mais agora com um semblante mais calmo e consciente de tudo ele foi até o cavalo acariciando seu pelo e seu corpo e pedindo permissão para subir em suas costas, com o pedido atendido Gab riu subindo em suas costas e rindo e o cavalo voltou a andar sobre a proteção do seu amado e alado cachorro...

Meu Rei: A Vingança de um Traído Onde histórias criam vida. Descubra agora