Jeon Jeongguk
— Até breve! — Sorri e acenei para os três. Heeji, que estava em meu colo, fazia o mesmo. — Vamos marcar um programa juntos em breve.
— Estaremos aguardando! — Jisub disse animado. — E nos desculpe se incomodamos.
— Está tudo bem — ri fraco na tentativa de disfarçar a minha frustração. Ontem poderia ter sido tudo perfeito se eles não tivessem aparecido. — Vocês são amigos muito próximos, não há problema.
— Bom, agora nós realmente temos que ir embora ou o Doyun se atrasará — Haneul falou e eu ri ao perceber que ela sabia que o seu marido não pararia de falar se alguém não colocasse um ponto final na conversa. — Tchau, Hee — acenou mais uma vez e se foi na companhia dos rapazes.
— Agora somos nós dois contra o tempo apertado — anunciei assim que fechei a porta. Heeji já me encarava com curiosidade. — Promete ajudar o papai? — Ela assentiu. — Temos quinze minutos pra chegar na escola e você, já que não quer que ninguém te ajude, precisa tomar um banho bem rápido, certo?
— Certo.
— Vamos logo.
Corri com a menina no colo até o andar de cima e a sua risada de alegria me instigava a rir também. Heeji se divertia com tão pouco. Era realmente a minha menina. Já no banheiro, presenciei o que (s/n) havia me contado: Hee não aceitava ajuda nem para retirar as roupas e ficava chateada se insistíssemos. A nossa filha estava em uma fase em que deseja fazer tudo sozinha e nós havíamos recebido a orientação do seu médico de deixá-la desvendar suas curiosidades, porém ficar atentos para intervir caso fosse necessário. A menina foi até a área do banho e eu tive que rir quando ela pediu o sabonete e passou a se ensaboar sozinha assim que a entreguei. Como cresceu tão rápido? Até um tempo atrás, Jeon Heeji comia papinha e frutinhas e eu adorava alimentá-la. Ser pai também é sentir vontade de chorar quando essas mudanças no desenvolvimento são percebidas?
— Terminei — Hee disse alto, causando a minha gargalhada. — Liga! — Referia-se ao chuveiro e eu a obedeci sem demora.
— Fica paradinha e de olhos bem fechados, está bem? — Instruí e a menor assentiu. Me aproximei para ajudá-la no momento de lavar o rosto e continuei próximo com o intuito de garantir que ela não iria escorregar por causa da espuma espalhada pelo chão. — Pronto? Acha que tirou tudo?
— Sim.
— Você é bem exigente — ri. — Já estava totalmente livre do sabonete há um tempão.
— Não, não.
— Sim, sim — rebati e Heeji franziu o cenho, olhando-me com a sua típica expressão de irritação. Eu gargalhei. — Fica aí, não se mexe — saí da área para pegar a sua toalha. Em seguida, enrolei o pedaço de tecido ao redor do seu corpo e peguei a menina no colo. — Acho que chegaremos atrasados — suspirei. — Espero que aquela chat... Aquela diretora maravilhosa não venha brigar comigo — entortei a boca. Odiava quando aquela senhora inconveniente me interceptava para falar sobre os horários da Hee. Às vezes nos atrasávamos mesmo, qual é o problema? — Vou te enxugar pra ser mais rápido, está bom? — A minha filha não respondeu, apenas manteve a mesma expressão. — A sua mãe faz exatamente a mesma coisa — bufei. — E pode ir parando porque eu não falei nada grave — coloquei-a de pé já no meu quarto. — Vamos lá... Modo turbo!
Enxuguei a garotinha com pressa, ouvindo o seu riso quando passei a toalha por seu pescoço. Ela sentia cócegas ali. Peguei um dos seus uniformes, que sempre ficava na minha casa, e a auxiliei na hora de vesti-lo, tendo que enfrentar a sua chateação. Como a Hee podia ser tão geniosa? Logo após, concentrei-me em pentear o seu cabelo e busquei ao máximo controlar a força que tinha nas mãos. Não queria errar o rabo de cavalo e muito menos machucá-la. Cerca de cinco minutos depois, Heeji encontrava-se penteada e permitiu que eu colocasse o perfume em seu corpo e também que prendesse a pulseira infantil que havia ganhado de Taehyung. A minha filha não saía sem aquele acessório desde que o ganhou no aniversário de três anos.
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Em nome da vingança | Jeon Jungkook
Fanfic「 𝐅𝐢𝐧𝐚𝐥𝐢𝐳𝐚𝐝𝐚 」 Namorar um tatuador não era fácil. As horas dedicadas aos desenhos nos tiravam bastante tempo juntos e, além disso, tínhamos que lidar com o preconceito. Era sempre a mesma careta direcionada a mim quando descobriam que eu...