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Kai Parker

A ideia e história desse capítulo foi dada pela leitora MariaLuizaFernande33

Capítulo em comemoração, (tardia, me atrasei), pelos 100k leitores. Muito obrigada a todos que estão acompanhando o livro, sou extremamente grata a vocês, por fazerem os meus dias mais felizes ❤

Halloween é minha época favorita do ano, junta do Natal, é claro, então provavelmente durante todo esse mês, os capítulos que postar terão referência a alguma festa ou comemoração de halloween.

Publicado em 13/10/2021

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Quase Irmãos

Eu fui adotada quando nasci. A última de um poderoso clã de bruxas.

O clã gemini pensou que podiam usar meus poderes, então o líder resolveu agir como se fosse meu pai.

Eu sempre me senti excluída, exceto por uma pessoa, que possuía os mesmos sentimentos que eu: Kai Parker.

Quando eu nasci, ele tinha quatro anos. Nós acabamos ficando muito juntos com o tempo, uma verdadeira amizade.

Eu sempre soube que era adotada. Ninguém escondia isso. Nossos irmãos, por mais que geralmente fossem legais, ainda me tratavam de forma diferente, principalmente quando comecei a andar mais com o Kai.

Falavam para que eu ficasse longe dele, tudo isso por ele ser diferente. Eu não entendia bem, no começo, mas quando cresci, comecei a compreender todo aquele preconceito. E, obviamente, eu odiava aquilo.

Ele não tinha culpa de ter nascido sem magia própria. Jogar aquilo nas costas dele era simplesmente ridículo.

Nós geralmente não nos desgrudávamos, a não ser quando queríamos ficar sozinhos.

Quando ele ficava triste, mesmo que fizesse de tudo para esconder, era eu que estava lá com ele, para abraçá-lo e conversar, por mais que ele não gostasse de falar sobre seus sentimentos.

Depois disso, ele apenas ficava calado. Não agradecia, mas também não me tratava mal. Nessa época ele já estava passando a ser muito grosso com os outros, embora geralmente mascarasse essas atitudes com seu jeito irônico.

Não demorou a odiarem ele até mais do que antes. Ele também não gostava de nenhum deles, eu sabia bem disso.

Tinha dias em que ele me evitava mais do que tudo, e outros em que aparecia no meu quarto para dormir, pois tinha tido um pesadelo. Nessas ocasiões, ele me abraçava apertado e eu me sentia amada, mesmo que ninguém nunca houvesse falado que me amava.

Nunca tinham dito isso a ele, também.

Um dia, porém, ele me evitar acabou me irritando.

Invadi o seu quarto com tudo, o encontrando deitado na cama, comendo um pacote de torresmo.

— Nós precisamos conversar.

— Não sabe bater na porta? — Falou com a boca cheia.

Revirei os olhos e o ignorei, nos trancando lá dentro.