12° Capítulo

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No hospital todos estavam em pânico, sem entender o que estava acontecendo. Depois de alguns minutos Juan decidiu falar:
— Está é minha noiva.
— Noiva? Por que não me contou? — Jack reclamou. Pensei que não tinha esquecido minha mãe.
— Filho, viúvo é quem morre.
— Chega, eu não estou entendendo nada Jack, você não estava morto? — disse Mary.
— Eu? morto?
— Sim, você.
— De onde você tirou isso?
— Me falaram que você estava morto.
— Pode ser um mal entendido. Por que você está aqui?
— Filho... — Juan tentou falar.
— Eu desmaio quando fico nervosa e como não tinha quartos me colocaram aqui — disse Mary interrompendo Juan.
— Pai conversamos depois se não se incomodar.
No corredor do hospital uma médica dizia:
— Querida sinto muito, mas Jack está morto.
— Como assim eu estou morto? Jack gritou.
A médica entrou dentro do quarto e perguntou quem havia gritado. Jack assustado disse:
— Eu gritei, não sei porque você está dizendo que eu morri.
— Não! Eu estou dizendo que Jack morreu.
— Mas eu me chamo Jack.
— O primeiro nome é igual, mas é outra pessoa. O sobrenome do que morreu é Frank.
— Como ligaram para mim dizendo que este Jack estava morto? — Mary perguntou confusa.
— Encontraram o celular dele jogado no chão, ao lado do ônibus e pensaram que era o celular de Jack Frank, pois antes que ele morresse, perguntaram o seu nome e era o mesmo obtido no celular.
— Meu celular não está comigo. Agora me recordo que estava usando o celular antes do acidente. Deixei cair.
— E esta mulher que está chorando? — Mary perguntou curiosa.
— Ela é a esposa do que faleceu. Encontraram o número de uma pessoa no bolso da calça de Jack Frank. Ligaram para ela, mas a pessoa não pôde comparer. Por isso esta pessoa deu o número da esposa de Jack para secretária.
— Deixe-me ver o número para ter certeza de que é isso mesmo.
A médica pegou a carta que por coincidência estava com ela e deu para Mary que começou a ler.
"Voltarei logo para São Paulo, espero te encontrar para continuarmos de onde paramos.
Após o recado estava o número da pessoa.
Mary achou a carta muito estranha. E ficou curiosa para saber o que estava acontecendo.
— Obrigada por me mostrar a carta.
— Por nada querida. Daqui alguns minutos o médico que está cuidando de vocês estará aqui.
— Jack, você não estava dirigindo o ônibus né?
Jack negou com a cabeça e Mary disse:
— Como não pensei antes. Me disseram que Jack estava conduziando o ônibus e morreu. Não tinha motivo para você estar dirigindo um ônibus naquele momento. Fiquei mal por algo que não aconteceu.
— Então é por isso que ficou nervosa? Pensou que eu estava morto?
— Que confusão, não pensei que você vindo para cá como seu pai queria, traria tantos problemas — disse Helena, a noiva de Juan, interrompendo a conversa.
— Também não pensei que quando eu viesse para cá como meu pai queria, iria encontrar alguém como você — respondeu olhando o traje vulgar de Helena.
— Para quem sofreu um acidente se encontra muito bem.
— Amor, por favor pare! — Juan pediu.
— Tudo bem, meu bem, não digo mais nada  — disse com os braços cruzados.
O médico chegou e falou a Mary que ela estava de alta e que poderia ir embora. Também acrescentou que tinha um homem com sua filha, esperando-a.
— Homem? — disse Jack e Mary ao mesmo tempo.
— Sim, ele está te esperando junto de sua filha.
— Jack você ficará mais um dia para observação, por sorte não foi muito grave, mas tem a possibilidade de aparecer algo.
O médico saiu da sala e Mary foi se despedir de Jack que não a cumprimentou muito bem.
— Filho eu também vou embora. Estou com muito trabalho na empresa, está de manhã e passamos a madrugada aqui.
— Empresa? — Jack assustou.
— Sim, agora estou morando em um lugar bem melhor e com uma boa condição financeira. Muitas coisas mudaram.
— Então o dono da sua antiga casa tinha razão.
— No que?
— Que você havia mudado para um lugar nobre.
— Ele é pobre agora, enquanto eu subi, ele desceu.
— Por que está dizendo isso?
— Porque antes ele era rico e me humilhava por ser pobre, quis crescer tanto e ficou sem nada, não estava satisfeito com tudo que tinha e o que restou a ele foi aquela casa que por dó eu lhe dei.
— Ele parece agradecido.
— Espero que realmente esteja. Agora estou indo.
— Tudo bem, venha me visitar em outro momento.
— Não poderá, amanhã ele sairá comigo para almoçar — disse Helena.
— Mas eu sou o filho dele e acabei de sofrer um acidente.
— Filho eu virei, não se preocupe. Juan saiu da sala e Helena disse que ia dar umas palavras com Jack. Juan concordou e Helena foi ao lado de Jack.
— Se pensa que vai ser fácil sua vida aqui em São Paulo, está enganado. Você não tirará seu pai de mim. Vou fazer ele me amar cada vez mais e simplesmente te esquecer. Não só ele lhe esquecerá, a mulher que estava aqui também.
Jack não entendeu o porque de tanto ódio, mas estava disposto a descobrir.

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