Muito mais tempo tinha se passado, eu e Rafael já estavamos há 10 meses namorando, eu agora com meus quase 17 anos, Lena com 2 anos e 3 meses.
Em casa tudo estava ótimo, as férias estavam chegando e com elas meu aniversário, Matteo, seus pais, os meus, Lena e eu vamos viajar pra Costa Amalfitana, aqui na Itália mesmo, só pra descansar um pouco de tudo. Fora isso, tudo continua normal, meus treinamentos, as aulas de dança e a escola.
Rafael era da alta sociedade mais não fazia parte da máfia, e consequentemente não sabe o que eu sou, tinha acabado de chegar na casa dele pra fazermos um trabalho de conclusão do fim do semestre, ele não morava com os pais, já que os mesmos se encontravam em Portugal, cuidando da empresa da família.
Era de noite, e quando entrei em sua casa, por algum motivo, desconhecido por mim, ele estava furioso na sala.
- Rafael, o que ouve? - perguntei preocupada.
- não se faça de sonsa, eu vi você com aquele cara, loiro, mais velho e com tatuagens - diz se aproximando. Conclui que estava falando do Matteo.
- ele é só um amigo, filho de amigos dos meus pais - falo, mais ele continua com raiva, nunca tinha visto ele assim.
- adotivos.
- oie?
- pai adotivos, você é adotada.
- disso todos sabem, porque? É um problema pra você? - falo começando a perder a minha paciência. Coisa que raramente acontecia.
- não me desafie - ele segura meu braço com força.
- me. solte. - falo pausadamente, respirando fundo.
- ah cale a boca - solta uma risada de completo desdém.
- se você... - me joga com força no chão.
- se eu o que? Ham? Vai me bater? Você não passa de uma vadia! Deve ter se oferecido pra qualquer um, por isso tem aquela criança - acerta um tapa forte na minha cara. Minha paciência se esgota de vez, levanto em um solavanco e imobilizo ele, sento sobre os seus braços, que estão nas suas costas, e puxo meu celular enquanto ele se debate, tentando sair de baixo de mim.
- oi filha - meu pai atende.
- marque uma reunião da famiglia urgentemente no galpão 3, pra agora, traga uma rosa junto.
Desligo a chamada e me viro pro meu "namorado", que esta com um olhar mortal no rosto. Peguei a bandana que estava usando e amarrei forte as suas mãos.
- mais que mer...
- calado - me levantei e puxei ele junto, que com um pouco de dificuldade se ajeitou em pé, fui puxando ele até o carro que estava na garagem subterrânea, com Dan sentado no banco do motorista, no celular .
- o que aconteceu Giu? - perguntou preocupado quando me viu. Rafael não parava de resmungar ameaças.
- você vai saber, agora abre esse porta malas - não estava com paciência pra ser educada.
Ele abriu e eu coloquei - vulgo joguei - Rafael nele, fechando o porta malas logo em seguida, entrei no banco do passageiro e falei pra ele seguir pro galpão 3, o caminho foi em silêncio, bom quase, Rafael fazia barulho de vez em quando, Dan sabe quando não quero falar.
Quando chegamos no galpão, uma pequena multidão aguardava la fora, entre eles meus pais, Matteo e seus pais, desci do carro e Dan foi tirar nosso novo prisioneiro, digamos que de passagem.
- vai nos falar o que aconteceu? - pergunta meu pai aflito depois de me abraçar, igual minha mãe.
- com toda a certeza, mais lá dentro, Dan leva ele pra sala de tortura - Dan deu uma coronhada com o cabo da arma na cabeça de Rafael pra ele desmaiar e se dirigiu pra leva-lo pra dentro.
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De Órfã à Mafiosa (Concluída)
Fanfic"- querida, não tem jeito de falar isso de forma boa, então eu acho melhor soltar a bomba de uma vez, não somos, tecnicamente, uma família normal, Marco comanda os negócios da família, um deles é a Belluci's, uma empresa de consultoria que foca na á...