No final de tudo, o primeiro “eu te amo” que ouviu de Dahyun, foi o último.
No final de tudo, nunca soube como viver livremente sem ser presa a sexo...
Isso foi o que Sana pensou segundos antes de apagar totalmente.
Pior ainda, foi o que a ruiva ouviu antes de desmaiar naquele chão:
“Esse foi o final que você sempre mereceu, vadias assim, só merecem morrer”
Não tinha como sobreviver ao que passou, ela foi brutalmente espancada por aqueles três. Contudo, a preocupação iminente de Dahyun não a deixou ir tão fácil assim.
A Kim entrou em prantos quando encontrou o corpo da mais velha totalmente desacordado naquele chão sujo e nojento. Ela chorou, entrou em desespero e, por fim, respirou fundo. Antes que se precipitasse mais ainda, verificou a pulsação de Sana.
As lágrimas começaram a escorrer quando sentiu um pulso, estava fraco, mas sentiu. Não pensou duas vezes antes de ligar para a emergência.
Não demorou para ouvir o som das sirenes...
Se tinha algo que Dahyun detestava, eram hospitais. Pois quando não era ela que estava mal em uma daquelas camas, era alguém que amava... E ainda tinha que lidar com a ansiedade que dominava seu corpo todo.
Para piorar, ela já estava há uma semana sentindo todo tipo de frustração possível.
Ela sentiu a dor de amar.
A dor de perder alguém especial.
A dor da culpa... Sim, a coreana se culpava a todo instante pelo ocorrido com Sana. Deveria ter contrariado a japonesa, ela sabia que era perigoso e ainda a deixou sair sozinha naquela noite. Falhou no que prometera a Sana, não conseguiu protegê-la...
Mais do que tudo, Dahyun queria vingança, seu interior ardia de ódio por quem fez isso a ruiva, logo ela que nunca fez mal a alguém, era apenas uma mulher que procurava sanar aquele desejo sexual que a dominava por completo. Mas a Kim iria descobrir quem fez isso, ela jurou para si mesma.
Não conseguia comer direito, não quando Sana estava presa aqueles tubos que a mantinham viva, não quando seu peito estava tomado por angústia, não quando sabia que a qualquer minuto uma notícia ruim poderia chegar.
— Dahyun, vem, vamos comer. — Tzuyu a chamou. — Você precisa.
Tzuyu esteve com a coreana o tempo todo, ela sabia que Dahyun precisaria de apoio emocional, sem deixar de falar que também estava mal pelo que ocorreu e gostaria de estar a espera de notícias.
— Eu não quero. — Dahyun nem tinha mais forças para falar, chorou tanto que toda sua energia se foi.
— Você precisa! Sana não iria gostar de saber que você ficou sem comer por causa dela.
— Sana pode não voltar...
Aquilo foi pesado.
— É isso que pensa?
— Ela teve duas paradas cárdicas durante essa semana, o médico falou que se tiver mais uma poderá não suportar, o que você quer que eu pense?
— Eu quero que pense que ela pode acordar... Isso era uma das qualidades que Sana mais admirava em você, seu otimismo.
— É difícil ser otimista quando a realidade está sendo jogada com todas as forças em você.
— Por favor, Dahyun... — Tzuyu suplicou.
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Ninfomaníaca
FanfictionHá alguns que falem que o ato sexual é o próprio paraíso, algo que Sana não discordava, até certo ponto. Pois, imagina quando isso praticamente vira toda sua rotina de ponta-cabeça? Foi exatamente o que aconteceu na vida de Minatozaki Sana. Restando...