Ramona encarou seu parceiro com um sorriso atrevido nos lábios perfeitamente delineados pelo batom escuro, enquanto dançava na mesa situada á nossa frente. As luzes da boate a deixavam ainda mais radiante, uma vez que ela ficava bonita com todas as variações de cores que passeavam pelo seu rosto.
Estávamos em uma das únicas boates infernais que haviam pela terra firme, e eu tinha que admitir que era tão boa quanto qualquer uma que encontraríamos nas raízes do submundo.
Maxon, ao meu lado, sentado no sofá de couro vermelho, olhava para a parceira como se ela fosse a maior maravilha que já tivesse pisado no mundo. Eu não discordaria disso.
Ele sabia que a súcubo estava sendo desejada por todos que estavam presentes, e isso o fazia olhá-la com ainda mais luxúria. Ele gostava disso.
— Você é um grande sortudo. — comentei, num tom de voz alto o suficiente para que ele pudesse me escutar, mesmo com a música extremamente alta.
— Eu sei. — ele sorriu, com os olhos acompanhando todos os movimentos da morena, hipnotizado. — você também é.
Antes que eu tivesse a oportunidade de perguntar do que diabos Maxon estava falando, Caliban surgiu em minha frente, me oferecendo duas mãos. Uma com um drink de frutas vermelhas, e outra vazia, para que eu a segurasse.
Confesso que quando observei ele se levantando alguns minutos atrás, a última coisa que passou por minha cabeça foi ele ter ido pegar algo para mim.
— Acabei de ver algo bizarro. — ele diz, após eu me levantar e aceitar o drink e sua mão. — o cara estava praticamente pedindo para morrer, e gostando disso.
Levantei as sobrancelhas, dando um gole no conteúdo de meu copo, enquanto o príncipe me puxava, provavelmente para mostrar o que havia presenciado.
— Tem todo tipo de louco aqui. — ri, enquanto tentava não esbarrar em nenhum deles. — Isso te impressiona?
— Isso? — Ele indicou uma porta ao seu lado, que estava praticamente escancarada, aberta para qualquer olhar curioso que passasse por ali.
Quando olhei para dentro da sala, a primeira coisa que vi foi um rapaz com os braços e pernas amarrados por correntes, se contorcendo de prazer. A segunda coisa, foram as mulheres, ou demônios sexuais, para ser mais clara.
Aquilo era familiar, talvez até demais.
Uma súcubo, completamente nua, passou as unhas afiadas na perna do rapaz, provocando-o de forma agressiva.
— Porra... — a palavra pulou para fora de minha boca. — que merda é essa? — a expressão divertida de Caliban me dizia exatamente "eu avisei que era bizarro."
— Não faço a mínima ideia, só não queria ficar traumatizado sozinho. — ele riu, prestes a me puxar de volta para o nosso pequeno espaço de sanidade.
No entanto, uma vampira mordeu o pescoço do rapaz, fazendo-o sangrar ainda mais, e nesse momento, um grito fino chamou a minha atenção. Havia uma jovem devastada ao nosso lado.
Seu grito também chamou atenção do rapaz sadomasoquista, que ordenou que todas as suas companheiras se afastassem Imediatamente, me dando a oportunidade de enxergar seu rosto.
Pelo visto, Nicholas Scratch ainda tinha os mesmos hábitos.
VOCÊ ESTÁ LENDO
𝐇𝐞𝐫𝐝𝐞𝐢𝐫𝐨𝐬 𝐝𝐨 𝐢𝐧𝐟𝐞𝐫𝐧𝐨
FantasíaO vazio achou uma brecha na vida de Sabrina no exato momento em que ela abdicou do "Spellman" em seu nome, no exato momento em que ela deixou de ser dócil e amável, no exato momento em que... Ela se tornou ela mesma. E, cuidar do inferno estava l...